#Afinal, quando devemos começar a usar cosméticos de combate ao envelhecimento?
Podia ser a pergunta para o milhão de euros, ou não daríamos nós tanta importância à idade. Aqui, damos-lhe a resposta sobre quando introduzir na rotina de beleza os cosméticos anti-idade.
*De geração em geração, passam-se conselhos que deviam ficar perdidos algures no tempo. No entanto, muitas ideias preconcebidas sobre beleza e bem-estar teimam em regressar. Para as desconstruirmos, criamos esta rubrica, que é uma espécie de fact-check, em que poderá encontrar respostas às questões que sempre teve.*
Ainda não conseguimos lidar muito bem com o envelhecimento. É estrutural. Por isso, procuramos combate-lo com uma série de produtos desenvolvidos com esse objetivo em mente.
Entre séruns com retinol, cremes para o contorno dos olhos, hidratantes antirrugas, protetores solares com a etiqueta “anti-idade”, existe uma lista quase infinita de cosméticos pensados para o retardamento da aparência da passagem do tempo na pele. Mas quando é que os devemos começar a usar?
Quando começar a usar cosméticos anti-idade?
Luís Uva, médico dermatologista, defende que “não há uma idade determinada em que seja considerado prematuro o uso de cosméticos com foco no combate ao envelhecimento”. E acrescenta: “a necessidade da pele varia consoante vários fatores, entre eles patologias da pele, estilo de vida e genética”.
Também Leonor Girão, dermatologista, em conversa com a Saber Viver, não aponta, inicialmente, um número. Mas explica.
“Os cosméticos pensados para o envelhecimento têm substâncias que ajudam a pele a se reestruturar e regenerar. Portanto, estas substâncias não travam o envelhecimento, mas ajudam a pele a ficar melhor, hidratando-a melhor e contribuindo para que haja mais produção de colagénio. Nenhum destes efeitos é deletério numa idade mais nova”, clarifica.
Assim, é possível “utilizar em qualquer altura, desde que a pele o permita”, termina a médica. Mas o que significa “desde que a pele o permita”?
Fala de “peles intolerantes a cosméticos”, como os casos de “rosácea” ou “pessoas que têm eczema atópico”, no que diz respeito a quem deve evitar estes produtos.
Como prevenção
Embora não avance uma idade em concreto, Luís Uva salienta que “adotar uma rotina direcionada ao combate do envelhecimento numa fase mais jovem pode contribuir para uma prevenção e, por consequência, um retardar do surgimento dos primeiros sinais de envelhecimento”, como “manchas, rugas ou linhas de expressão”.
Contudo, por norma, é quando essas evidências da idade aparecem que nos lembramos de cuidar da pele. “As pessoas começam a preocupar-se sobretudo a partir dos 30, porque é também quando se começam a acumular os efeitos da radiação ultravioleta, stress oxidativo, poluição e ambiente”, nota Leonor Girão.
Mas podem começar mais cedo. “Na realidade, podem ser utilizados a partir da idade que pretendermos, a partir, naturalmente, da idade adulta. Por volta dos 20 anos”, aponta ainda.
Independentemente do momento em que decide adicionar estes produtos, há dois passos que nunca devem ser esquecidos na rotina de beleza: a “hidratação e a proteção solar”, recorda Uva.
Resumindo: #Afinal, não há necessariamente uma idade específica para introduzir produtos de combate ao envelhecimento da pele. No entanto, enquanto prevenção, pode começar a fazê-lo a partir dos 20 anos.