BB Glow: o tratamento que promete uniformizar o tom do rosto
O universo de beleza está em constante mudança, porém, isso nem sempre é positivo. A mais recente inovação a gerar controvérsia é o BB Glow, uma espécie de base de maquilhagem que pode durar até um ano. Mas será seguro?
Acordar com uma pele uniforme, luminosa e sem falhas é a promessa do tratamento BB Glow e, quando vemos os resultados do ‘antes’ e ‘depois’, é impossível não identificar as diferenças. Porém, esta garantia de fonte de juventude eterna não chega sem alguns riscos e, para muitas mulheres, os benefícios a curto-prazo não justificam os possíveis danos na pele.
Criado na Coreia do Sul há alguns anos, o BB Glow é um tratamento intensivo que começou a ganhar popularidade recentemente.
Através do microneedling, este procedimento penetra nas camadas mais profundas da pele e deposita uma espécie de pigmentos de BB cream, tatuando-os de forma semipermanente.
A promessa do procedimento inclui melhorar o aspeto geral da pele, suavizar linhas finas e rugas, uniformizar o tom do rosto e minimizar a hiperpigmentação e manchas de envelhecimento. No fundo, é como se acordasse já maquilhada.
O BB Glow é um procedimento de risco, ainda sem estudos sobre os seus efeitos a longo-prazo
Regressar no tempo
É comum dizer-se que temos de sofrer em nome da beleza mas até que ponto? Estaremos dispostas a arriscar desenvolver um problema cutâneo apenas para acordarmos com uma pele uniforme?
Como tudo na vida, este tratamento não surge sem alguns riscos e, ao injetar uma tinta com ingredientes que não são conhecidos pelo organismo, vai certamente destabilizar os componentes da pele.
No que respeita aos danos, alguns dos efeitos colaterais podem incluir reações alérgicas, inflamação, dermatite e, a longo-prazo, pode danificar as células cutâneas, podendo nos casos mais graves originar cancro.
Isto acontece porque a grande diferença para outros tratamentos de pigmentação é a extensão da área da pele. Enquanto técnicas semelhantes são usadas para pigmentar as sobrancelhas, lábios ou até olheiras, este tratamento é usado em todo o rosto, elevando o risco de infeção e aumentando a probabilidade de danificar a pele, principalmente em pessoas com tons de pele mais claros, que acabam por ser o público-alvo do BB Glow.
Pisar a linha
Depois de realizado, é praticamente impossível reverter os efeitos do tratamento.
Na pele, a tinta começará a desvanecer ao fim de seis meses, podendo durar até um ano. Porém, o pigmento depositado ficará para sempre no organismo, visto que este não é capaz de o absorver e destruir naturalmente.
Uma das grandes desvantagens do BB Glow é o facto de ainda não existirem pesquisas científicas ou estudos sobre o mesmo e os seus danos a longo-prazo são desconhecidos. Logo, se está a pensar realizar o tratamento, aconselhe-se antes com o seu dermatologista e talvez procure algo que lhe dê resultados semelhantes.
Os procedimentos a laser, por exemplo, estimulam a produção natural de colagénio, já os peelings removem a camada superior da pele e aceleram o processo de renovação celular ou pode ainda experimentar tratamentos com luzes LED que apresentam inúmeros benefícios consoante a cor utilizada.
Felizmente, hoje em dia já não vale tudo em nome da beleza.
