Tudo o que sempre quis saber sobre botox

Para obter uma aparência mais jovem, para prevenir o envelhecimento e até para corrigir o bruxismo. O botox pode ser utilizado em inúmeros procedimentos estéticos, mas será que sabe tudo sobre ele? Um especialista responde às questões mais comuns.

O botox, ou toxina botulínica, é um dos tratamentos antienvelhecimento mais procurados dos últimos anos. A sua eficácia não passa despercebida e são cada vez mais as mulheres (e homens) que procuram este procedimento para obter uma aparência jovem e radiante.

Este pode ser utilizado para vários fins, porém, é fundamental que seja aplicado apenas por um médico especializado, depois de uma consulta, para obter os resultados esperados sem correr riscos desnecessários.

Se está a pensar recorrer ao botox, ou simplesmente quer saber mais sobre o tema, está no sítio certo.

A Saber Viver conversou com Duarte Salema Garção, médico cirurgião plástico e diretor clínico da My Clinique, em Lisboa, para saber tudo sobre botox.

O que é o botox?

Na verdade, a designação botox não é o nome científico da toxina usada nos procedimentos estéticos, mas sim de uma marca (tal como Gillette é uma empresa e não as lâminas depilatórias e de barbear em si, por exemplo).

Duarte Salema Garção explica que este é, então, “uma das marcas comerciais mais conhecidas de toxina botulínica, um complexo proteico purificado, sintetizado por uma bactéria que bloqueia os sinais das fibras musculares”.

Como funciona e idade para começar

Quando injetada em pequenas quantidades, “no plano subcutâneo ou muscular, a toxina botulínica tem a capacidade de bloquear os impulsos nervosos que contraem os músculos da face, evitando o enrugamento da pele“, afirma o especialista.

Justamente ao impedir o movimento muscular, esta intervenção estética suaviza a pele e atrasa o envelhecimento do rosto, daí algumas pessoas já optarem por “fazer os primeiros tratamentos de forma preventiva”.

O cirurgião plástico aconselha ainda a iniciar a utilização de botox “em doses baixas e profiláticas na terceira década de vida, ou seja, entre os 20 e os 30 anos de idade“.

Em que zonas posso aplicar botox?

Existem três zonas comuns onde o botox pode ser aplicado.

• Região frontal da testa;
• Zona lateral dos olhos, ou “pés de galinha”;
• Base do nariz.

No entanto, a toxina botulínica pode também ser utilizada em diversas indicações terapêuticas.

• Casos de bruxismo;
• Enxaquecas;
• Espasmos musculares;
• Estrabismo;
• Sudorese das axilas, mãos ou pés;
• Correção de sorriso gengival;
• Pescoço, para as bandas musculares cervicais.

Resultados, durabilidade e dor

Se decidir ir em frente com a aplicação de botox, deve saber que este tratamento não é propriamente doloroso. Visto que a toxina é injetada, existe algum incómodo, “mas com pouca dor”, confirma o especialista.

O cirurgião plástico destaca também que é necessário saber que o botox é totalmente reversível e que cerca de 48 horas após a aplicação, já é possível visualizar os resultados.

Salienta ainda que, para quem quiser continuar com o tratamento, a aplicação deve ser feita dentro de 6 a 12 meses.

Botox vs. preenchimento

O botox pode ser um dos tratamentos estéticos mais procurados, mas o preenchimento não fica atrás. Mas qual a diferença entre estes dois procedimentos?

De acordo com o diretor clínico, “a toxina botulínica trata, ou previne, o enrugamento da pele ao impedir o movimento do músculo sob a mesma” enquanto “o preenchimento trata a ruga no sentido de lhe dar volume e corrigir a flacidez“.

Cuidados pós-tratamento

Visto que é um tratamento minimamente invasivo e injetável, existem também alguns cuidados fundamentais a ter depois da aplicação. “Evitar fazer desporto, baixar a cabeça e apanhar sol” são alguns dos conselhos do especialista.

Por fim, é importante não esquecer que é crucial contactar um profissional estético e um médico para a aplicação de botox ou outro tratamento invasivo, de forma a conseguir os resultados esperados com segurança.

Quem não deve usar botox

Não é aconselhado o uso da toxina botulínica em menores de idade, mulheres grávidas ou lactantes e em “pacientes com doença neuromuscular grave”, afirma Duarte Salema Garção.