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Fototerapia: a aliada para uma pele saudável

Fototerapia: a aliada para uma pele saudável

Os dispositivos de fototerapia para usar em casa estão a ganhar cada vez mais adeptas, mas será que são realmente eficazes?

Por Mai. 4. 2021

Antes confinados às quatro paredes das clínicas de estética ou gabinetes de dermatologia, os tratamentos com fototerapia estão a tornar-se cada vez mais comuns e várias marcas começam a desenvolver este tipo de dispositivos para utilizarmos em casa.

Ideais para combater o envelhecimento, acne e até algumas marcas de cicatrizes, este género de tratamentos tem vindo a ganhar popularidade entre a maioria das celebridades. Porém, o seu preço elevado torna mais difícil o acesso e suscita algumas dúvidas no resto da população.

Para esclarecer as suas dúvidas, estivemos à conversa com Rita Travassos, dermatologista no Hospital CUF Descobertas e deixamos-lhe todas as respostas aqui.

Fonte de luz

Para perceber como funcionam estes dispositivos, é fundamental compreender que a fototerapia “engloba fontes de luz com diferentes comprimentos de onda, desde o uso de radiação ultravioleta (UVB e UVA) – usado frequentemente no tratamento dermatológico de doenças como psoríase, eczema, ou vitiligo –, mas também o uso mais recente de fontes de luz visível. Como fonte de luz podem ser usados LEDs – que emitem comprimentos de onda diferentes do ultravioleta –, luz visível e infravermelho próximo”, refere a especialista.

Este tipo de tecnologia já existe há algumas décadas; no fundo, são usados comprimentos de onda específicos para diferentes condições cutâneas com o objetivo de criar alterações nas células da pele, modular processos de inflamação e promover a regeneração celular.

Estudo da cor

Para tratar cada condição cutânea, devem ser usadas luzes e comprimentos diferentes.

  • No caso da acne, os dispositivos podem ser de luz vermelha, azul ou ambas. A vermelha penetra profundamente na pele e reduz a inflamação, enquanto a azul, menos penetrante, destrói a bactéria da acne;
  • No caso de prevenção do envelhecimento, é usado LED de luz vermelha e infravermelho próximo;
  • Quanto à luz azul, demonstrou-se in vitro a sua capacidade de gerar stresse oxidativo, o que pode ser útil na prevenção de cicatrizes hipertróficas.

Os dispositivos de fototerapia caseiros combatem diferentes doenças ou condições de pele

Potência extrema?

Se, por um lado, nos questionamos sobre a segurança destes aparelhos para usar em casa, por outro, pomos em causa a sua eficácia.

A realidade é que devido aos baixos custos de produção e à facilidade com que se tem acesso aos materiais necessários, as máscaras de fototerapia tiveram um crescimento notável nos últimos anos. Porém, será a sua eficácia semelhante à dos tratamentos numa clínica de estética ou consultório de dermatologia? Talvez não.

Para Rita Travassos, “existem várias condicionantes no uso dos dispositivos caseiros, que podem comprometer a obtenção de resultados equivalentes aos obtidos em clínica. Para garantir a sua segurança, estes são menos potentes, logo, para obter resultados equivalentes, a exposição cumulativa terá de ser maior.”

“Além disso, quando realizados por um médico, estes tratamentos podem ser combinados. Os LED podem ser usados para o rejuvenescimento em conjunto com procedimentos com lasers, IPL ou radiofrequência, para melhores resultados e para reduzir a inflamação provocada pelos primeiros. Para a acne, quando o tratamento LED é realizado em consultório, este pode ser combinado com uso de fotossensibilizadores, com resultados mais evidentes”, esclarece.

Apesar de seguros, o uso destes dispositivos continua a gerar algum debate entre especialistas. Até agora, os estudos mais consistentes são os relativos aos dispositivos LED para o tratamento da acne, estes podem ser uma alternativa para os pacientes que têm contraindicação para outros tratamentos, como isotretinoína e antibióticos. Já no caso do uso destes dispositivos como estratégia de rejuvenescimento, os resultados dos estudos são pouco consistentes.

Cuidados a ter…

  • Evite a exposição solar nas 48 horas seguintes.
  • Aplique fotoprotetor após a utilização.
  • Leia atentamente as instruções, uma vez que existem dispositivos que exigem proteção ocular durante a utilização.
  • Evite estes dispositivos se tem epilepsia, enxaquecas ou patologias oculares.

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A versão original deste artigo foi publicada na revista Saber Viver nº 250, abril de 2021.
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