#Afinal, com que frequência devemos esfoliar a pele?
Recordam-nos, várias vezes, que devemos fazer uma esfoliação de vez em quando. Mas o que significa “de vez em quando”?
*De geração em geração, passam-se conselhos que deviam ficar perdidos algures no tempo. No entanto, muitas ideias preconcebidas sobre beleza e bem-estar teimam em regressar. Para as desconstruirmos, criamos esta rubrica, que é uma espécie de fact-check, em que poderá encontrar respostas às questões que sempre teve.*
Todas já ouvimos, pelo menos uma vez na vida, que devemos fazer uma esfoliação à pele de vez em quando. Mas o que é “de vez em quando”? Duas vezes por semana? Uma por mês?
A pergunta teima em ouvir-se, sonoramente. Por isso, perguntámos qual a resposta correta a duas especialistas: Joana Marto, professora auxiliar da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, e Ana Cristina Matos, training manager do Laboratório EDOL, Produtos Farmacêuticos S.A.
Com que frequência devemos esfoliar a pele?
Para começar, as profissionais sublinham que é necessário esclarecer que, além de sermos todos diferentes, “cada tipo de esfoliante tem as suas próprias características e efeitos na pele”. Assim, a frequência de utilização pode ser variável.
Também é necessário ter outra questão em causa: devemos distinguir os esfoliantes físicos dos químicos.
Enquanto os primeiros “são formulados com partículas sólidas que ajudam a remover as células mortas da superfície da pele”, os outros “utilizam ingredientes como alfa-hidroxiácidos (AHA; exemplos: ácido glicólico, ácido lático) ou beta-hidroxiácidos (BHA; ex: ácido salicílico)”.
Esfoliantes físicos
Curiosamente, as partículas utilizadas nos esfoliantes físicos podem ter várias origens, “como sementes, casca do sobreiro, grânulos de açúcar, microesferas de bioplástico ou mesmo minerais” e cada uma “tem características distintas, como a forma, tamanho e dureza, o que pode afetar a sua eficácia e tolerância quando aplicadas na pele”.
Deste modo, as partículas mais suaves, como açúcar ou cortiça, “podem ser adequadas para peles mais sensíveis”. Por outro lado, as mais duras, como partículas de caroço de azeitona, “podem ser mais eficazes na remoção de células mortas, mas podem ser muito agressivas em peles sensíveis”.
Por causa da abrasão, as especialistas recomendam utilizar estes produtos uma a duas vezes por semana, “dependendo da sensibilidade da pele”, uma vez que, fazê-lo com muita frequência, pode “causar irritação, vermelhidão e até mesmo danos à barreira cutânea”.
Com ação química
Já os esfoliantes químicos são, por norma, mais suaves. Exatamente por essa razão, alguns deles podem ser “utilizados diariamente, enquanto outros são recomendados apenas duas a três vezes por semana”.
Isto está relacionado com “a concentração do ácido e do tipo de pele” de cada pessoa, clarificam.
No fundo, o segredo está em “ler as instruções de utilização do produto”, avisam.
Resumindo: #Afinal, consoante o tipo de pele e o produto escolhido, a frequência de utilização varia entre uma vez por dia e uma por semana.