Se não gosta de sair à rua sem base, blush ou sombra, mas está naqueles dias em que não lhe apetece ter grande trabalho, a solução está no iluminador.
Em conversa com o maquilhador Miguel Stapleton, tirámos todas as dúvidas que este item de maquilhagem pode causar e esclarecemo-las aqui. Comece a tirar notas!
Bola disco vs. luz natural
Apesar do seu poder transformador, nos últimos anos tem-se assistido a um uso exagerado deste produto – tanto na vida real como nas redes sociais.
O iluminador reflete a luz na pele e, quando é usado na quantidade certa, pode compensar as horas de sono perdidas, mas quando abusamos da sua textura podemos ficar parecidas com o homem de lata de O Feiticeiro de Oz.
“Sempre que usamos produtos com brilho, temos de nos lembrar que este revela a textura da pele. Quanto mais textura tiver a pele (borbulhas, pontos negros, cicatrizes…), mais comedidos e específicos temos de ser em relação à quantidade e local em que utilizamos o iluminador”, afirma Miguel Stapleton.
“Normalmente, aplica-se nos pontos altos, onde a luz incide primeiro – isto cria um reflexo que sugere uma pele firme e polida e também pode dar a ilusão de uma superfície hidratada, mesmo sem o estar”, explica.
Quanto às zonas onde deve aplicar, o maquilhador recomenda: “Gosto de iluminar os ossos zigomáticos, a área do nariz entre os olhos, o arco do cupido e por cima da zona externa da sobrancelha. O osso imediatamente por baixo da sobrancelha também pode ser iluminado”.
Creme, líquido ou em pó?
As texturas também têm um peso na escolha do iluminador e deve ter em conta o seu tipo de pele.
Segundo Miguel Stapleton, “as texturas que utilizamos refletem o nosso tipo de pele, estilo e ainda a técnica de maquilhagem”.
• Líquidos: são compatíveis com pele mais seca. As fórmulas líquidas podem ser aplicadas antes do processo de maquilhagem, como uma pré-base, ou pode misturar um pouco de iluminador diretamente na base para que esta fique mais luminosa.
• Em creme: stick incluído, também são ideais para a pele seca. As fórmulas cremosas ou em stick são aplicadas no final da maquilhagem com ligeiros toques, depois de aquecer o produto nas costas da mão para melhor maleabilidade.
Podem ser aplicadas com um pincel sintético ou natural, desde que as cerdas sejam firmes e volumosas. É preciso ter em conta que esta técnica pode comprometer o trabalho de cobertura aplicada por baixo, não é aconselhado quando existe muita cobertura.
• Em pó: funcionam melhor em pele com tendência a oleosa. Estes devem ser usados no final do processo com um pincel não muito grande e com cerdas suaves, para não remover a maquilhagem que está por baixo.
Palavra de especialista
Para Miguel Stapleton, “o iluminador clássico deve ser do tom da pele, porém existem opções com uma cor específica que dão uma leitura diferente ao visual. Tons rosa sugerem um ar saudável e romântico, enquanto o amarelo ou dourado podem dar um brilho sofisticado e sensual à pele. Os brilhos violeta ou verde dão um aspeto holográfico e fantasioso ao rosto”, esclarece.
“Se aplicar com um pincel, use apenas as pontas das cerdas e não se esqueça de esbater o produto. Antes de sair de casa, pegue num espelho e vire o rosto para a luz, de forma a perceber se estão percetíveis o início e o fim do iluminador. Se perceber, é porque precisa de apaziguar um pouco a estrela dentro de si”, conclui o maquilhador.