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Peeling: dê uma segunda vida à sua pele

Peeling: dê uma segunda vida à sua pele

Se há tema que ainda desperta curiosidade e muitas dúvidas às fãs de beleza, é o peeling, um tratamento que promete dar uma nova vida à sua pele.

Por Mar. 20. 2019

Como qualquer ser humano no planeta, somos animais naturalmente curiosos e fazemos perguntas que respondam àquilo que não conhecemos. Porque é que o céu é azul? Porque é que arrancávamos as sobrancelhas como loucas nos anos 90? Porque é que o peeling tem este nome se na verdade não ‘descasca’ o rosto?

Algumas perguntas não são difíceis de responder: o céu é azul por causa da dispersão da luz, também conhecida por dispersão de Rayleigh; o peeling chama-se assim devido à sua origem médica (na sua forma mais potente, faz com que a pele descame) e em relação às sobrancelhas… bem, existem perguntas cuja resposta permanecerá para sempre um mistério.

O que é, afinal, o peeling?

O termo peeling ainda gera muita controvérsia e enquanto, para umas, é sinónimo de uma pele mais bonita, para outras, ainda é um mito que não tem muito interesse em desvendar.

A verdade é que este tratamento pode ajudar numa grande variedade de problemas cutâneos. De manchas a cicatrizes, rugas e textura da pele, o peeling é o elixir milagroso que todas procuramos. Mas tenha atenção, tal como qualquer tratamento, deve ser aconselhado e realizado por um profissional.

Hoje em dia, o peeling facial – especialmente aquele que pode ser feito no conforto da sua casa – é forte na sua ação, mas suave na pele, acabando por apresentar mais vantagens do que desvantagens. De acordo com Dendy Engelman, dermatologista oficial da Elizabeth arden e cirurgiã cosmética e de cancro da pele em Nova Iorque, “os peelings são tratamentos aplicados na pele que esfoliam a sua camada superior, dissolvendo a ‘cola’ que mantém as células da pele unidas. Isto melhora a aparência cutânea, fazendo com que a pele se revele mais suave e com menos rugas”.

Além de seguros e fáceis de aplicar, principalmente para principiantes, não falham em eficácia e, mais importante, mantêm a pele onde esta deve estar: no rosto.

Diferentes tipos de peeling químico

Existem diversos tipos de peelings e estes podem ter apenas um ou vários ingredientes na sua fórmula:

Um contra todos

Ao optar por um tratamento que só utilize um ácido na sua composição, irá atuar diretamente no problema que procura resolver. Quer seja acne, falta de luminosidade ou firmeza, tamanho dos poros, entre outros. As vantagens deste tipo de peelings são o menor risco de irritação, mas também menor probabilidade de reação alérgica.

Os ácidos mais populares, como o salicílico, ajudam a dissolver a acumulação de sebo, enquanto o glicólico é perfeito para aclarar o tom e uniformizar a pele. Já o ácido lático é muito utilizado para combater a acne, linhas finas e diversos tipos de manchas, além de que é o mais suave dos alfa-hidroxiácidos.

O facto de optar por um peeling com apenas um ácido não significa que este seja menos eficaz ou poderoso, apenas apresenta menor risco de irritação. Para a dermatologista, é preciso ter em conta que “num tratamento destes, o pH da fórmula deve ser reduzido, para que os hidroxiácidos sejam eficazes. No entanto, quando se aplica um produto com pH baixo na pele, esta vai naturalmente tentar combatê-lo para manter o nível em 5,5”. Logo, é fundamental que procure fórmulas que a ajudem a controlar o nível de acidez da pele para que os hidroxiácidos presentes na composição façam o seu trabalho de forma eficaz e maximizando  os resultados.

Menos nem sempre é mais

Apesar de poderem ser utilizados sozinhos, os ácidos também podem ser combinados entre si para um poderoso cocktail que atua simultaneamente em diferentes problemas. Porém, não é aconselhável experimentar este tipo de procedimento em casa sem antes consultar um dermatologista.

Segundo Engelman, “o peeling feito em cabine tem resultados fantásticos, mas pode ser agressivo para a pele. Como tal, precisa de ser realizado por profissionais. Já o peeling feito em casa não tem os mesmos benefícios imediatos, estes costumam surgir mais lentamente.

Apesar disso, são indolores e não envolvem ficar em casa de baixa. São uma excelente forma de manter os resultados do trabalho começado na clínica ou uma opção para quem dá os primeiros passos no universo deste tratamento”.

Um tratamento, três intensidades

Peeling superficial

Um peeling facial atua através da remoção da camada exterior da pele para acelerar o processo de renovação celular. Os alfa-hidroxiácidos e os beta-hidroxiácidos são conhecidos por serem mais suaves. Estes podem ser feitos em casa e são especialmente usados no combate à acne ou pele oleosa.

Atualmente, muitos deles já utilizam enzimas da fruta e ácidos que provêm de fontes naturais como a abóbora ou ananás. “Os poli-hidroxiácidos são uma nova geração de hidroxiácidos com a mesma capacidade de remoção de células que os alfa-hidroxiácidos, mas de um modo ainda mais suave e com menor probabilidade de irritação”, afirma a dermatologista.

Peeling intermédio

Os peelings de intensidade intermédia devem ser realizados por pessoas que precisam de um resultado mais profundo do que as anteriores.

Usa-se frequentemente ácido tricloroacético, 30% a 70% de ácido glicólico e vitamina A para provocar uma descamação mais forte. A pele pode ficar encarnada ou mais escura durante dois a três dias.

Quando se iniciar o processo de descamação, é fundamental não puxar ou arrancar a pele, uma vez que pode provocar cicatrizes irreversíveis.

Peeling profundo

O peeling de fenol é o mais forte dentro do campo das soluções químicas, apresentando resultados duradouros e evidentes na redução de rugas e cicatrizes de acne. Porém, está a tornar-se um procedimento datado e cada vez menos utilizado devido ao tempo de inatividade e pouca previsão de resultados em relação ao tom e uniformidade da pele.

Em casos graves, pode originar queimaduras de segundo grau. Além disso, a sua recuperação é lenta, podendo durar até dois meses.

Passar à ação: quando e onde fazer?

O segredo para uma pele perfeita está nos produtos que aplica e nos cuidados diários. O peeling não é o pesadelo do século XXI, é um procedimento estético seguro (desde que aconselhado por profissionais) e cujos resultados deixam qualquer pessoa satisfeita.

Quando

A renovação celular abranda à medida que envelhecemos. Quando somos mais novas, este processo dá-se mais ou menos a cada 28 dias, porém, quando chegamos aos 40, o processo é bastante mais demorado. Assim, para acelerar o processo de renovação, o peeling pode ser realizado perto dos 30 anos.

Onde

Como este tratamento pode ser realizado em casa, não existem consequências dramáticas. Porém, as novas células podem ser mais suscetíveis a danos causados por agressores ambientais como o sol, a poluição e o fumo, cujas ações aceleram o envelhecimento da pele.

Para protegê-la “deve evitar a exposição prolongada ao sol e usar um solar com fator de proteção 30 ou maior durante pelo menos uma semana após o tratamento. Além disto, deve evitar realizar outros peelings químicos ou tratamentos com laser para não provocar irritação”, afirma a dermatologista, acrescentando que “em casa, o produto funciona melhor à noite, devendo ser aplicado antes de se deitar e depois de lavar o rosto. Para melhores resultados, deve fazer o tratamento quatro vezes por ano”.

Peeling caseiro

Suaves e eficazes, estes tratamentos podem ser usados no conforto do lar.

Ampolas Isdinceutics Night Pell
Isdin, €20,58


Creme Time-Filler Night
Filorga, €69,93


Máscara Peeling Glicólico
Caudalie, €22,71


Máscara Lift Off
Wander Beauty, €37


Tratamento Prevage
Elizabeth Arden, €175


Peeling Facial TimeWise Repair
Mary Kay, €70


Peeling renovador Pureté Sublime

Galénic, €59,70

Sérum Intensive AHA Peel
Institut Esthederm, €68,95


Esfoliante Glyco Extreme Peel
Natura Bissé, €273


Solução Peeling de Noite Intensiva
Dr. Renaud, €47,96

A versão original deste artigo foi publicada na revista Saber Viver nº 225, março de 2019

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