Beleza

Preenchimento com ácido hialurónico para dizer ‘adeus’ às rugas

As rugas estáticas e profundas são as que mais anos acrescentam ao rosto, não refletindo adequadamente a juventude do espírito da pessoa. A boa notícia é que esse efeito do envelhecimento cronológico pode ser corrigido com preenchimento com ácido hialurónico.

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Preenchimento com ácido hialurónico para dizer ‘adeus’ às rugas
Filipa Basílio da Silva
Escrito por
Set. 24, 2018

À medida que nos aproximamos dos 40 anos, as marcas da idade vão ficando cada vez mais no lugar – mesmo quando já não estamos a falar animadamente, a exibir uma expressividade (outrora) invejável ou a sorrir.

Mais desagradável do que isso só quando a gravidade assume a capitania do nosso rosto e ruma a sul. Então, passamos a ter uma aparência que a sociedade, simpaticamente, associa à sabedoria. Felizmente, a Medicina Estética desenvolveu uns tratamentos chamados fillers, que prometem subtrair anos ao nosso semblante.

Como? Preenchendo as rugas estáticas e profundas e algumas cicatrizes pequenas com produtos que, temporariamente, aumentam o volume das zonas intervencionadas. Apesar de poderem ser usados em várias partes do corpo, a cirurgiã plástica Fátima Baptista Fernandes explica que “os fillers aplicam-se essencialmente no rosto”.

Consistência artificial com preenchimento com ácido hialurónico

Hoje em dia, os profissionais de saúde que executam estes procedimentos estéticos utilizam sobretudo ácido hialurónico para preencher os sinais de idade e imperfeições. Embora esta substância seja naturalmente segregada pelo nosso organismo, a sua produção vai decrescendo com o passar do tempo.

Por isso, pode ser necessário repor os níveis para prolongar a aparência de juventude ao máximo. Contudo, a Especialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética informa que “já não se usa o colagénio extraído da pele bovina nem o ácido hialurónico obtido da crista do galo, porque têm muitas toxinas, podem transmitir doenças e muitas pessoas faziam reações alérgicas brutais”.

A solução encontrada pela comunidade científica foi sintetizar artificialmente o ácido hialurónico, por questões de segurança e para garantir uma boa tolerância. Enquanto esta substância foi esterilizada, a técnica de preenchimento tem vindo a ser refinada nos últimos 20 anos, produzindo resultados mais duradouros.

© Thinkstock

 

Inoculação de vigor

“As seringas que usamos agora têm um mililitro (no máximo, dois), antigamente tinham 20 e 30 mililitros. Podem injetar-se na derme, junto do osso ou na parte muscular. A partir da terceira infiltração, as pessoas aparecem de ano a ano, na primeira aplicação é que a pele está muito ávida de ácido hialurónico e acaba por metabolizá-lo mais depressa”, revela a médica.

Cada intervenção de preenchimento com ácido hialurónico costuma ser rápida, podendo demorar até cerca de 30 minutos se forem tratadas diversas áreas.

Após a sessão, a pessoa deve fazer gelo logo de seguida e durante o resto do dia, deixando-o atuar 15 minutos de cada vez. Além disso, convém dormir com a cabeça alta, colocando duas almofadas debaixo da cabeça. É importante que faça tudo isto para reduzir o inchaço.

De resto, Fátima Baptista Fernandes aconselha a “hidratar a zona intervencionada” e a “evitar uma exposição solar direta, porque favorece a flacidez da pele”. Segundo a especialista, a maioria das pessoas pode fazer preenchimentos com ácido hialurónico “desde que não tenha alergias nem doenças autoimunes”.

A médica procura descansar as leitoras, dizendo que “o ácido hialurónico não deixa fibrose nem provoca nenhuma alteração nos tecidos”.

© Thinkstock

 

Ainda assim, alerta para um risco associado a este tipo de procedimentos, que já é conhecido do público: “Pode haver migrações para locais próximos da infiltração”.

Tudo indica que as vantagens parecem estar a suplantar as potenciais desvantagens dos tratamentos de preenchimento com ácido hialurónico, dada a crescente procura – inclusivamente pelo público “cada mais jovem, com cerca de 18 anos, a querer aumentar os lábios”.

Tipos de ácido hialurónico: qual o objetivo?

“Aplicam-se três tipos  de ácido hialurónico, com objetivos diferentes, sendo que o que varia é o reticulado da molécula”, informa a cirurgiã plástica Fátima Baptista Fernandes.

1. Rejuvenescer

Para quem: Beneficiam especialmente as pessoas com mais de 45 anos.

Zonas a preencher: As rugas entre as sobrancelhas, os “pés de galinha”, as pálpebras inferiores, os sulcos nasolabiais – local onde é mais colocado –, as comissuras dos lábios (tenta-se horizontalizá-las), as “linhas de marioneta”, que vão da comissura do lábio ao queixo, e ainda nas regiões temporais.

2. Definir e realçar

Para quem: Existe procura a partir dos 25 anos, mas são as mulheres entre os 35 e 45 anos que mais querem harmonizar o rosto.
Zonas a preencher: O nariz, para torná-lo mais retilíneo caso seja torto ou disfarçar uma ponta exuberante; os lábios – “aparecem raparigas cada vez mais novas a quererem aumentá-los”; definir o contorno do maxilar, no caso de pessoas com pele descaída; definir e realçar os malares ou maçãs do rosto; realçar o queixo para pessoas que o têm mais retraído.

3. Iluminar e uniformizar

Para quem: Pode fazer-se em qualquer idade (desde que a pessoa seja adulta), antes da época de festas e de casamentos. No entanto, os melhores resultados verificam-se quando a pele começa  a ficar baça, pelos 45 anos.
Zonas a preencher: A cara é toda picada com um dispositivo semelhante ao que é usado na mesoterapia, que contém a ampola de ácido hialurónico. Também pode ser aplicado no pescoço (revitaliza-o), no decote (melhora o aspeto das rugas verticais) e nas mãos (rejuvenesce-as). Suaviza  a textura da pele, iluminando-a e corrigindo pequenas imperfeições (marcas de acne, cicatrizes) imediatamente. A manutenção deve ser feita de três em três meses.

Onde fazer?

Estas são algumas das clínicas, de norte a sul do país, que oferecem tratamentos de preenchimento com ácido hialurónico.

Ana Gonçalves, cirurgiã plástica

Moradas: Clínica Baía de Cascais, Largo Cidade de Vitória 27, 2.º piso, Cascais; Clínica Fernando Póvoas, Av. Fernão de Magalhães, Porto.
Contactos: 219 236 382/225 573 130.
Custo: Preço sob consulta.

Clínica Baptista Fernandes

Morada: Avenida dos Combatentes 43, 3.º piso, Lisboa.
Contactos: 918 074 871
Custo: Desde 250€ por ampola.

Clínica Ibérico Nogueira

Morada: Av. Torre de Belém 20, Lisboa; Av. do Mar 571, Vale do Lobo.
Contactos: 213 932 810/289 394 838
Custo: Desde 400€ por ampola.

Ginalto Clínica de Ginecologia e Cirurgia Plástica

Morada: Rua Agostinho Neto 37B, Lisboa.
Contactos: 217 540 773/965 132 318
Custo: Desde 370€.

Júlio Matias, cirurgião plástico

Morada: Hospital St. Louis, R. Luz Soriano 182, Lisboa; Clínica Campo Grande,  Campo Grande 54A, Lisboa.
Contacto: 912 371 391
Custo: Desde 350€ por ampola.

Luísa Magalhães Ramos, cirurgiã plástica

Morada: Av. Miguel Bombarda 37B, 1.º piso, Lisboa.
Contacto: 210 999 138/910 780 779
Custo: Desde 325€.


Já pensou em fazer preenchimento com ácido hialurónico? Descubra ainda qual o seu tipo de pele e como deve tratá-la.

A versão original deste artigo foi publicada na revista Saber Viver nº setembro, 219 de 2018

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