Será que usa o protetor solar mais indicado para a sua pele e o aplica corretamente?

A importância de protetor solar é inegável, contudo pode não estar a aplicá-lo da forma correta. Falámos com o dermatologista Diogo Forjaz para nos esclarecer algumas dúvidas.

Aplicar o protetor solar não é uma questão de sim ou não, mas uma certeza absoluta, pois é um passo que não deve saltar na sua rotina diária.

No entanto, há perguntas adjacentes que são importantes: Será que está a utilizar um protetor solar adequado à sua pele? E a colocá-lo da forma correta? E o fator de proteção solar (FPS), será o mais indicado para si?

Em conversa com o dermatologista Diogo Forjaz compreendemos a obrigatoriedade de aplicar protetor solar e aprendemos ainda a importância de adequar o tipo de textura à nossa pele.

Combater mitos e aplicar regras

A primeira regra a memorizar é que o protetor solar deve ser aplicado após a sua rotina diária normal, em que inclui a fase de limpeza e hidratação.

“Se colocarmos o protetor solar antes da aplicação dos nossos cremes diários estamos a fazer com que o protetor solar perca as suas funções”, explica o dermatologista.

A dualidade das funções do protetor solar, a de barreira e de absorção, garantem que a nossa pele absorve apenas a quantidade de radiações benéficas.

O calor que sentimos na pele no verão sabe bem e é necessário. Contudo, “fases prolongadas exposição solar dão origem a problemas de pele muito graves”, avisa Diogo Forjaz. “Além de hiperpigmentações, melasmas, rosáceas secundárias e rugas, a textura e aparência da pele podem mudar”, acrescenta.

Já raios solares que atuam numa camada mais profunda da pele, como os UVA, podem mesmo dar origem a cancro de pele.

Para evitar problemas graves, deve aplicar o protetor solar em zonas expostas ao sol, como a face, o decote, as mãos e o pescoço. Quantas vezes? Isso depende da altura do ano e do nível de exposição solar.

“Se essa exposição solar for muito intensa, principalmente das 11h até às 16h, então devemos aplicar o protetor solar de duas em duas horas”, afirma o dermatologista.

Além disso, se estiver a aproveitar o bom tempo na praia ou na piscina, é importante reaplicar protetor sempre que dá um mergulho na água, uma vez acabamos por perder a maior parte do mesmo.

No que toca a peles bronzeadas ou morenas, o cuidado a ter não deve ser descartado. “Se a pessoa estiver bronzeada, se calhar podemos não aplicar com tanta regularidade, mas temos sempre de o fazer”, afirma Diogo Forjaz.

Não deve, no entanto, negligenciar a aplicação de protetor durante o inverno. “No inverno também temos as radiações UVA e UVB e também as luzes azuis, que vêm dos computadores, das nossas das luzes candeeiros. Também é preciso ter cuidado”, explica o dermatologista.

O protetor deve ser aplicado 365 dias ao ano, sem exceção. Mesmo escondido, o sol não deixa de nos surpreender.

Match perfeito entre pele e protetor

O dermatologista Diogo Forjaz relembra a importância de aplicar protetor com FPS 50+, uma vez que o “fator 50+ nunca é mais forte do que o 30”, simplesmente tem uma maior duração no corpo.

“Como dermatologista, eu aconselho 50, seja de facial ou corporal. Se a pessoa insistir que não quer aplicar um cinquenta, então sugiro sempre um 50 na face e no corpo pode usar um 30″, afirma Diogo Forjaz.

“O fator 50 poderá ser utilizado com menos frequência do que um fator 30, por exemplo, porque a durabilidade do próprio protetor é menor”, acrescenta.

O especialista refere ainda a importância de escolher um protetor solar adequado a cada tipo de pele.

Entre pele oleosa, mista e seca, os problemas variam, bem como a atenção que se deve dar. Pense na aplicação de protetor como a de um creme hidrante ou de noite: deve adequar as suas funções ao seu tipo de pele.

“Nós temos de adequar a nossa escolha de proteção, e a textura da proteção solar, a cada tipo de pele”, explica. “Em peles mais oleosas devemos encontrar protetores solares com uma textura mais fluida. Numa pele mais seca, por exemplo, devemos tentar procurar texturas de protetores solares mais cremosas”, esclarece o dermatologista.

O próprio protetor acaba por ter características não só de proteção, como de hidratação. Por isso, se numa pele oleosa, por exemplo, aplicarmos uma textura cremosa, isto pode levar a algumas patologias, como a acne.

Seja qual for a estação ou a hora do dia, não se esqueça de aplicar protetor solar continuamente. Não dá trabalho e vem acompanhado de um cheiro inconfundível a verão.

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