A tecnologia de combate ao envelhecimento para quem tem medo de agulhas

Atualmente, já é possível atrasar o envelhecimento cutâneo recorrendo a tratamentos cada vez menos invasivos que melhoram a qualidade da pele.

Por Jul. 19. 2023

Sempre aceitei que as rugas me iriam acompanhar desde cedo. Isto porque tenho a certeza de que nunca irei recorrer a procedimentos estéticos invasivos, não por ser contra, mas simplesmente porque tenho medo de agulhas.

A ideia de ter qualquer tipo de objeto afiado a perfurar-me a pele dá-me arrepios e faz-me querer fugir a sete pés. Como tal, fui gradualmente habituando-me à ideia de viver com rugas, linhas finas e os tradicionais sinais de envelhecimento.

No entanto, esta ideia mudou recentemente graças a uma tecnologia inovadora não invasiva. Estivemos à conversa com Cátia Reis, especialista em Medicina Estética na My Clinique, para descobrir mais sobre a tecnologia Zaffiro e os seus principais benefícios.

Segurança e eficácia

Para combater os sinais de envelhecimento e manter a pele saudável, existem mil e uma opções disponíveis no mercado.

No entanto, uma abordagem que tem vindo a ganhar cada vez mais popularidade são os tratamentos não invasivos. Apesar de todas sabermos que este tipo de procedimentos oferece uma melhoria global da pele, por vezes os seus resultados não são tão evidentes quanto desejamos.

Contudo, estão a surgir novas tecnologias que utilizam ultrassons ou infravermelhos para atuar nas camadas mais profundas da pele e oferecer inúmeros benefícios aos seus utilizadores, garantindo resultados surpreendentes em pouco tempo.

Uma das suas principais vantagens é a ausência de tempo de recuperação. Ao contrário de técnicas mais invasivas, como um lifting facial ou mesmo os fios tensores, estas tecnologias permitem retomar o dia de forma imediata depois de cada sessão.

Quer tenha uma agenda preenchida ou prefira apenas evitar o inconveniente de uma recuperação prolongada, os tratamentos não invasivos são uma solução atrativa.

Só precisa de 60 minutos

A mais recente inovação dentro deste tipo de tratamentos é a tecnologia Zaffiro, um aparelho que combina hidroesfoliação com lifting térmico para dar firmeza e luminosidade à pele.

Segundo Cátia Reis, “é um procedimento recente e inovador, não se vê muito tecnologia com infravermelhos que combine estas duas técnicas”.

O procedimento começa com a limpeza da pele – um jato de água que usa gotículas microscópicas aceleradas para limpar, nutrir e rejuvenescer o rosto.

“Esta limpeza é o primeiro passo do tratamento, é uma esfoliação não agressiva capaz de se adaptar a todos os tipos de pele, visto que adaptamos também o concentrado utilizado”, começa por esclarecer.

“Em cada procedimento, utilizamos ácido hialurónico para hidratar e potenciar o efeito dos infravermelhos, mas depois podemos usar um composto para acne, manchas, pele sensível, entre outros, de forma a respeitar a mesma”, garante a especialista.

Desta forma, a camada superficial da pele é esfoliada e hidratada simultaneamente, preparando-a para o tratamento com infravermelhos. Apesar de poderem ser utilizados separadamente, Cátia Reis refere que os melhores resultados surgem quando as duas técnicas são combinadas, isto porque uma potencia a outra.

Após a limpeza, segue-se a radiação infravermelha: “esta vai provocar um aquecimento das fibras de colagénio e das camadas mais profundas da pele, ao mesmo tempo que a camada superficial é arrefecida. Isto significa que não há queimaduras; atuamos na pele em profundidade, mas a superfície é arrefecida para garantir a segurança do procedimento”, explica.

“Além disto, o aquecimento estimula os fibroblastos a produzir mais colagénio e elastina, responsáveis por uma pele firme, jovem e elástica“, termina.

Os benefícios

Tratamentos não invasivos como este apresentam imensas vantagens para pessoas que procuram melhorar o aspeto global da pele e prevenir o envelhecimento precoce. Segundo a especialista, “a partir dos 25 anos, produzimos cada vez menos colagénio e elastina e estes tratamentos contrariam essa tendência”.

É recomendado nos casos de perda de densidade e volume da pele, remodelagem do contorno facial, para sinais de envelhecimento como rugas e linhas finas e pode ser utilizado em todo o corpo.

“O protocolo depende do tipo de flacidez e da idade, pode ser um protocolo preventivo ou de tratamento mais intenso e depois passamos para a manutenção. São recomendadas uma a quatro sessões, separadas por um mês, para a produção de colagénio começar. E, depois, uma sessão de manutenção a cada seis meses ou uma vez por ano. Depende sempre do objetivo e do estado da pele”, explica Cátia Reis.

Uma tendência que veio para ficar

A procura de tratamentos não invasivos é cada vez maior, não só pelos benefícios como pelos resultados obtidos. Ao estimularem os mecanismos de cura do organismo e promoverem a produção de elastina e colagénio, estas tecnologias melhoram a aparência da pele sem a alterar.

O resultado final é uma aparência fresca e jovem, que permite manter as características faciais sem conceder ao rosto um aspeto artificial. “São resultados muito naturais. Aliás, a melhor Medicina Estética é aquela que acompanha o envelhecimento natural da pele e os aparelhos ajudam muito”.

No entanto, a especialista alerta que “os melhores resultados se atingem quando combinamos técnicas. Ao utilizar este tipo de tecnologia, como a Zaffiro, com alguns procedimentos injetáveis ou bioestimuladores, obtemos melhores resultados. Porém, existem sempre pacientes que preferem evitar os injetáveis e utilizar apenas as máquinas, porque não gostam de agulhas”.

Resultados evidentes

A convite da My Clinique, experimentei a tecnologia Zaffiro e não poderia estar mais satisfeita com os resultados.

Além de o processo ser completamente indolor, os resultados são visíveis ao fim de apenas uma sessão.

No meu caso, uma pele com os primeiros sinais de envelhecimento, foi-me aconselhado fazer três sessões e uma de manutenção a cada ano. Ao fim de uma hora, já era possível ver maior firmeza na zona da mandíbula e maçãs do rosto, as rugas nasolabiais estão mais preenchidas e a pele está mais luminosa.

Os melhores resultados ainda estão para vir, uma vez que se tornam mais evidentes após quatro meses.

A versão original deste artigo foi publicada na revista Saber Viver nº277, julho de 2023.
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