Muito se tem falado sobre proteção solar e, felizmente, tem valido a pena! Ao contrário do que assistíamos há alguns anos, as portuguesas já não olham para o protetor solar como um produto dispensável e até preferem um filtro elevado (FPS 50) a outros mais baixos, como o FPS 15.
Além disso, também já tomaram consciência de que não basta aplicar o produto uma vez para obter resultados. Em vez disso, usam uma quantidade generosa e reaplicam sempre que saem da água.
Mas estamos a falar apenas de cuidados com a pele. E o cabelo? Estará a população feminina a proteger o cabelo do sol e dos danos que este pode causar às suas madeixas? Se não, deviam. Saiba porquê.
Dois tipos de danos
São duas as formas de dano capilar provocado pela exposição solar e a radiação ultravioleta A e B:
• Danos cutâneos, nomeadamente, no folículo capilar. A fotodegradação dá-se pela fotólise, mecanismo através do qual a cistina, a tirosina, a fenilalanina e o triptofano absorvem radiação UVB, resultando na formação de radicais livres.
Este dano pode ter consequências definitivas e acelerar a queda de cabelo e a miniaturização dos cabelos, levando à alopecia androgenética.
• Danos na haste capilar (cabelo). Ao contrário do dano sobre a pele, o dano sobre o cabelo não é definitivo. Neste caso, a fotodegradação provoca desidratação dos fios, reduz a resistência à tração, altera a textura do cabelo, fragiliza-o e altera a sua cor.
A cada tipo de cabelo, o seu protetor
A sensibilização das consumidoras para as consequências da exposição solar no cabelo tem aumentado e, por isso, as marcas especialistas em fotoproteção têm lançado produtos capilares realmente eficazes.
Nas pessoas com pouco cabelo, a principal preocupação deve ser proteger a pele com protetores solares em creme ou spray. Nas pessoas com uma cabeleira farta, mas que querem prevenir o dano na haste capilar, podem usar champôs, condicionadores ou sprays com fotoproteção.
Quanto ao modo de aplicação, o melhor é seguir as instruções de cada produto e passar um pente largo de seguida para alcançar todos os fios. Reaplique a cada duas horas ou sempre que sair da água.
Em creme
É uma excelente opção para quem tem o cabelo encaracolado e quer manter a definição das ondas. Além de proteger a sua textura densa amacia, nutre e dá definição às madeixas mais indisciplinadas.
O melhor? Pode usar-se tanto durante a exposição solar como depois, como condicionador leave-in. Costuma apresentar-se em bisnaga ou boião e basta aplicar uma noz do meio até às pontas, passar um pente de dentes largos e reaplicar sempre que necessário.
Em óleo
Para os cabelos muito secos e crespos, nada melhor do que um protetor em óleo. Ao contrário do que possa pensar, estes não vão deixar o cabelo oleoso, até porque normalmente têm um acabamento seco, texturas não comedogénicas e são à prova de água.
Se se esquecer do seu óleo capilar ou ainda não lhe apetece investir num produto desta categoria, experimente o óleo protetor que usa no corpo e veja como é que as suas madeixas reagem.
Em bruma
Para os cabelos finos e sem volume, talvez esta seja a melhor escolha. Não só é fácil de aplicar, como protege sem pesar nem deixar o cabelo oleoso. Trata-se de uma proteção solar invisível e não oleosa para os cabelos expostos ao sol, ao mar e à piscina que, graças aos filtros UV, atua como um escudo fotoprotetor. Como não é oleoso, pode ser usado tanto na praia como na cidade.
E depois do sol?
Durante o período de férias, é costume lavar-se o cabelo diariamente.
Como tal, devemos adaptar os nossos cuidados capilares, ou seja, procurar produtos de uso frequente, que não prejudiquem a fibra capilar nem o couro cabeludo.
As fórmulas específicas para os cabelos expostos ao sol removem resíduos de areia, sal e cloro, e ainda nutrem profundamente os fios, além de terem aquele cheiro a verão ao qual ninguém resiste!