Como conjugar a excelência e a vida desequilibrada
Gerir os desequilíbrios da vida e sermos capazes de dar sempre o nosso melhor pode, por vezes, ser um desafio. A coach Mafalda Almeida diz-lhe como conjugar estes dois conceitos.
Nas últimas semanas tenho conseguido (finalmente!) mergulhar de novo na aprendizagem de novos conceitos, conteúdos e pontos de vista. A formação deve ser uma constante na vida, e uma atitude de humildade perante o conhecimento também nos levará longe, sempre.
No meio da minha vida felizmente desequilibrada, consegui voltar às leituras e à aprendizagem.
Gostaria então de realçar dois dos conceitos que tenho estudado ultimamente: excelência e desequilíbrio. Opostos? Não. A meu ver, complementam-se lindamente.
Para já, o conceito de excelência varia de pessoa para pessoa. O que significa para si excelência? Partilhe comigo, vou adorar saber!
Excelência, para mim, significa dar o nosso melhor sempre, procurando ultrapassar os nossos limites, de uma forma feliz. De que vale a excelência se a mesma for praticada no seio de um ambiente infeliz e/ou cheio de sacrifícios que nos tragam mais dor do que bons sentimentos? De nada, a meu ver.
Gostava de saber também o que significa ter uma vida “equilibrada” para si? Será que o conceito de worklife balance (equilíbrio entre a vida pessoal e profissional) é mesmo uma realidade que se possa atingir? É, mas por vezes o preço a pagar pode não valer o esforço.
Todas sabemos que a vida é feita de desequilíbrios e cabe-nos a nós saber geri-los. Quando tomamos uma decisão, estamos a desequilibrar um dos lados. E tomamos decisões todos os dias, certo? A vida é mesmo assim.
Correr atrás de uma perfeição associada a um conceito tão utópico pode cansar mais do que simplesmente aceitar que a vida é um bonito desequilíbrio. Concorda?
Por exemplo, quando decidimos tirar uma pós-graduação em horário noturno, estamos a desequilibrar algumas áreas da nossa vida, a favor de outras. É uma questão de prioridades. Será mais vantajoso saber essas prioridades e o seu impacto nas nossas vidas do que propriamente gerir a necessidade de atingir o equilíbrio. Até porque esse equilíbrio passa também pela nossa paz interior (que pode existir no meio de uma vida totalmente desequilibrada).
Como conjugar estes dois conceitos na nossa vida
• Aceitar que a perfeição não existe. O que é perfeito para si pode não ser para mim, e estamos “só” a perder tempo a lutar por um ideal que pode muito bem não ser valorizado pelas outras pessoas da forma como gostaríamos.
A necessidade de perfeição leva-nos a alocar demasiado tempo a algo que nunca vai estar bem. E a vida vai passado, bem como as oportunidades. Mais vale feito do que perfeito!
• Aceitar (também) o conceito de desequilíbrio como algo que faz parte das nossas vidas, numa base diária. O desequilíbrio surge sempre que fazemos opções, e está tudo bem com isso.
A ideia de “vida equilibrada” surge quando conseguimos compensar o lado que ficou em suspenso por algum tempo. Pensar desta forma retira-nos alguma ansiedade das costas, certo?
• Dar sempre o nosso melhor, em todos os contextos e perante todas as opções que fizermos. Só assim se consegue atingir a excelência, mesmo perante uma realidade (assumidamente) desequilibrada.
• Surpreender, sempre! Esta é uma das chaves para o sucesso. Surpreender o nosso “eu”, superando as nossas barreiras (muitas vezes apenas mentais) e surpreender as outras pessoas.
Dar sempre mais do que é esperado é um dos segredos para uma vida de excelência! E, aqui para nós, ajuda bastante no que toda à construção e desenvolvimento da nossa marca pessoal e profissional.
Excelência é saber dançar com a vida, com as experiências, e oferecer sempre ao mundo o nosso melhor. Só assim existirá “equilíbrio”.
Mafalda Almeida é a coach pioneira em Desenvolvimento Feminino, afirmando-se assim no mercado do desenvolvimento pessoal. É a autora do livro Veja em si a Melhor Mulher do Mundo (Marcador, 2018) e pode acompanhá-la através do seu site, Instagram e Facebook.