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As competências sociais são as mais valorizadas na hora de contratar

As competências sociais são as mais valorizadas na hora de contratar

Mais do que as aptidões técnicas, os recrutadores estão a valorizar as competências sociais dos indivíduos. Conversámos com Maria Duarte Bello, coach especialista em executive coaching, para saber porquê.

Por Set. 7. 2020

Numa entrevista ao jornal norte-americano The New York Times, Laszlo Bock, vice-presidente do departamento de recursos humanos da Google, revelou que a multinacional procura colaboradores com humildade intelectual.

Os seus percursos académicos e profissionais são relevantes, claro, mas deixaram de ditar se a pessoa fica empregada naquela que é considerada, pela revista Fortune, a melhor empresa do mundo para se trabalhar.

A coach Maria Duarte Bello explica que “um bom nível de inteligência emocional associado às habilidades que têm impacto nos relacionamentos facilita a sustentação do negócio”.

Talvez por isso os recrutadores comecem a valorizar as soft skills (competências sociais) acima das competências técnicas.

O que são soft skills?

De acordo com Maria Duarte Bello, estas competências estão “relacionadas com aspetos da personalidade e com a inteligência emocional”.

São comportamentos, atitudes e hábitos que nos ajudam a conseguir um emprego, a mantê-lo e a formar laços colaborativos e até de amizade com os nossos colegas de trabalho.

A boa notícia é que podem ser “adquiridos e aperfeiçoados por cada pessoa, ao longo da sua vida”.

Por que são importantes?

Tudo indica que o modelo de recrutamento está a mudar e, segundo a especialista, pode mesmo abrir portas para os indivíduos que desejem mudar de setor de atividade ou indústria.

“As soft skills não só abrem novas possibilidades como passaram a ser indispensáveis em qualquer tipo de trabalho”, informa.

Além disso, estas competências melhoram o ambiente de trabalho, aumentam a produtividade das empresas e criam oportunidades de progressão na carreira.

Dê a conhecer as suas

Caso esteja à procura de um novo desafio profissional, pode e deve destacar as suas soft skills no currículo, exemplificando episódios em que foram instrumentais. “Vale pouco dizer que é proativa ou resiliente se não o conseguir demonstrar”, conclui.

Competências fundamentais

Para Maria Duarte Bello, estas são as soft skills de que o mercado de trabalho mais procura:

  • Empatia entre colaboradores;
  • Olhar otimista em relação ao futuro;
  • Habilidade para comunicar, ou seja, facilidade em se fazer ouvir e vontade de ouvir;
  • Bons relacionamentos interpessoais;
  • Capacidade para trabalhar em equipa;
  • Boa gestão do tempo;
  • Resiliência perante os desafios;
  • Saber contornar situações e conquistar o apoio dos outros;
  • Flexibilidade e capacidade de adaptação;
  • Capacidade de agir sob pressão;
  • Reagir adequadamente a críticas.
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