5 conselhos para ter um negócio de sucesso na era digital
A inteligência artificial começa a ter uma presença cada vez mais ativa nas empresas, mas dois especialistas aconselham as organizações a atualizarem-se sem perderem o foco: o ser humano enquanto criador e consumidor de valor. Siga estes conselhos para adaptar o seu negócio ao mundo digital.
O mundo muda a cada pestanejar de olhos, complicando a vida das organizações, negócios e indivíduos, que, na confusão, podem ter dificuldade em perceber onde e como investir o seu dinheiro, tempo e energia.
As empresas familiares com décadas de existência ou que sigam modelos de negócio tradicionais são as que mais têm sofrido com a transição para o paradigma digital, provocada pela pressão dos avanços tecnológicos.
Muitas não sabem que passos dar para se ajustarem aos novos tempos. Greg Verdino, especialista em transformação digital, defende uma solução mais simples.
Adapte o seu negócio ao mundo digital
1. Baixe a febre tecnológica
É um erro comum as empresas adquirirem novas tecnologias sem alterarem o seu modelo de negócio. “Devem começar por desenvolver uma visão para o futuro. Podem gastar dinheiro em estudos de mercado ou questionar- se acerca do que os seus clientes querem e esperam deles, ou até fazerem um exercício: se tivessem de começar de raiz, o que fariam de forma diferente?”, sugere Greg Verdino.
Em vez de pensarem como podem melhorar o seu funcionamento através da tecnologia (porque, frequentemente, nem sabem explorar nem aproveitar a sua máxima potencialidade), as empresas deveriam pensar em como o seu negócio seria agora que o mundo está mais avançado tecnologicamente.
2. Crie uma cultura de flexibilidade
Um dos maiores entraves à transformação digital é a cultura das organizações. Se os métodos de trabalho forem rígidos e estiverem voltados para uma ótica de execução, isso irá influenciar a massa crítica e pode bem ditar o insucesso do negócio na era digital.
Para evitar que uma mentalidade conservadora – respeitadora da hierarquia, pró-burocracia e contra o risco – se espalhe pela empresa, o especialista em transformação digital recomenda fazer duas coisas:
• dar formação aos empregados e colaboradores na área das tecnologias – análise de dados, design digital, redes sociais para negócios, automação mental (inteligência artificial) e física (robótica);
• contratar a maior diversidade de pessoas possível (em termos de género, idade e formação).
É fundamental que a companhia seja construída para estar em constante mudança. Greg Verdino aconselha ainda as empresas a “procurarem pessoas com capacidade de adaptação, ágeis, criativas, dispostas a questionar as suas próprias ideias e abertas à inovação”.
3. Valorize o talento humano
Verdino defende que qualquer negócio deve ter no quadro alguém que perceba de gestão no geral e na área onde atua em concreto – que saiba desenvolver estratégias para torná-lo rentável. Todos os colaboradores devem possuir um bom nível de literacia tecnológica: saber que ferramentas estão disponíveis, quais as suas aplicações e que utilidade podem ter para a área de negócio em que trabalham.
Não é preciso contratar apenas programadores, criadores de websites, engenheiros de redes e sistemas ou especialistas em inteligência artificial. “Os indivíduos que estudaram Humanidades e Artes são necessários pela sua natureza mais criativa e aptidão para aplicar pensamento crítico a todas as situações.”
Trata-se de encontrar talentos complementares e criar parcerias. Embora cada vez mais sejam os algoritmos que determinam as estratégias comunicativas das empresas, a habilidade de contar histórias e de transmitir emoções nunca foi tão relevante. “Por enquanto, precisamos de seres humanos no contacto com clientes e empregados”, defende.
4. Pegada digital q.b
A presença online da empresa pode ser importante na fidelização de clientes, desde que não seja insuficiente nem excessiva. Não basta ter um website com o nome do negócio e o contacto – como se se tratasse de uma morada digital. Se não for atualizado regularmente e alimentado com conteúdos de qualidade, a audiência migrará para outras organizações que lhes providenciem essa atenção e esclarecimento acerca dos produtos e/ou serviços que disponibilizam.
Por outro lado, caso estejam presentes em todas as redes sociais, podem sobrecarregar os consumidores e o resultado ser semelhante. “A estratégia para escolher os canais digitais deve ser: quais existem, o que é que cada um permite fazer, qual é o meu público, onde é que ele está.”
5- Quebre as barreiras
Estamos a assistir a um fenómeno que pode parecer contraintuitivo: organizações digitais estão a abrir lojas. “O caso da Amazon é um reconhecimento de que somos seres físicos e que gostamos de comprar produtos físicos”, explica Greg Verdino. Uma das grandes dificuldades das empresas tradicionais que transformaram o seu modelo de negócio tem sido integrar a experiência física e a digital.
“As expectativas do cliente são as mesmas em ambos os ambientes, por isso, a infraestrutura da loja deve ser similar à da plataforma online.” Cada vez mais, os consumidores querem interagir com os produtos antes de comprar.
Leitura complementar
Alargue os seus horizontes com estes livros.
Small Data
Martin Lindstrom, Gestão Plus, 14,29€
Futureproof How To Get Your Business Ready For The Next Disruption
Minter Dial e Caleb Storkey, Pearson Press, 16,89€
The end of business as Usual: Rewire the Way You Work to Succeed in the Consumer Revolution
Brian Solis, Wiley, 14,93€
The Business Case Roadmap
Susana Costa e Silva e Vitor Verdelho Vieira, Actual editora, 17,90€
O seu negócio já se adaptou à era digital? Conheça ainda 8 ideias essenciais para ser uma empreendedora de sucesso.