Crónica. A importância de dar ouvidos à nossa própria intuição

Começo esta crónica com uma questão: é frequente dar ouvidos à sua intuição? Até rimou… Será que recorremos vezes suficientes a esta ferramenta fantástica para nos ajudar a desbloquear algumas situações na nossa vida? A resposta, infelizmente, é um redondo: não.

São muito mais as vezes em que optamos por não dar ouvidos à nossa preciosa intuição do que aquelas em que recorremos de forma consciente a esta fonte de sabedoria.

A intuição não é nada mais nada menos do que um registo que vamos construindo ao longo da nossa vida, “escrito” conforme as situações que vamos vivendo, os desafios que vamos ultrapassando, as decisões que vamos tomando e os resultados que vamos obtendo.

Esse registo fica guardado em nós, no nosso subconsciente, e raramente recorremos a essa “gaveta” para nos apoiar no nosso dia a dia, o que é uma pena.

Não querendo generalizar, arrisco-me a perguntar: já lhe aconteceu tomar uma decisão, verificar que não foi a melhor opção, e depois afirmar com alguma revolta ou tristeza: “eu sabia que não devia ter dito/ feito isto! Eu sabia!” Pois sabia… mas não quis ouvir o que a sua sabedoria lhe estava a dizer.

O dia a dia, as pessoas que nos rodeiam, a nossa cultura e sociedade, vão de facto moldando a nossa forma de reagir ao que a nossa sabedoria interior nos vai querendo dizer.

É “suposto” agir e pensar de determinada forma, e isso muitas vezes vai contra aquilo que realmente sabemos que é certo para nós. Decidimos seguir de acordo com o que é suposto, com o que é politicamente ou socialmente aceite, e ir contra o que realmente achamos ser certo para nós.

Como podemos então afinar a nossa capacidade para melhor escutar a nossa intuição? Seguem algumas formas de o fazer.

4 dicas para saber ouvir melhor a sua intuição

1. Saiba parar antes de tomar uma decisão

Parar, respirar, fechar os olhos, e perguntar a si mesma: o que é que a minha intuição me diz relativamente a este tema?

2. Dormir sobre o assunto

Isto claro, se tiver oportunidade de o fazer. Sabemos que a “almofada” é uma boa conselheira, e o sono permite abrir mais facilmente a “gaveta” do subconsciente, de forma a conseguir ajudar-nos no dia seguinte, com uma tomada de decisão mais certa ou em maior conformidade com o nosso ser.

3. Tenha cuidado com preconceitos da sociedade

E com a (possivelmente excessiva) valorização do que é “politicamente correto”.

4. Meditar

Não numa perspetiva de visualização e construção de um futuro, mas apenas para escutar o que se passa na sua mente.

Acredito muito na intuição e são bastantes as histórias de líderes influentes e de sucesso que nos falam sobre este “poder” mal aproveitado.

Experimente dar mais ouvidos à sua sabedoria interior! E depois, conte-me tudo.

Mafalda Almeida é a coach pioneira em Desenvolvimento Feminino, afirmando-se assim no mercado do desenvolvimento pessoal. É a autora do livro Veja em si a Melhor Mulher do Mundo (Marcador, 2018) e pode acompanhá-la através do seu site, Instagram e Facebook.