Carreira

Crónica. Feng Shui e o trabalho

Se já se questionou como o Feng Shui se relaciona com o trabalho, o consultor Alexandre Gama explica tudo nesta crónica. Ora veja.

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Crónica. Feng Shui e o trabalho Crónica. Feng Shui e o trabalho
© pexels
Alexandre Gama, cronista
Escrito por
Out. 03, 2023

O trabalho sempre fez parte das nossas vidas, quer de uma forma institucionalizada onde despendemos tempo e energia em troca de dinheiro ou outras compensações como acontece na escola, ou num emprego, quer de uma forma de contributo como acontece quando tratamos de algo nosso ou ajudamos outra pessoa.

Como sabemos, nesta vida tudo é energia que está materializada ao nosso redor, seja a matéria que me acompanha, como a casa, carro e outros bens, seja a matéria que dela desfruto, como o dinheiro, os momentos de prazer ou os momentos de esforço que podemos vivenciar.

O trabalho faz parte de toda esta orgânica das nossas vidas e contribui positivamente para o nosso equilíbrio.

Todos já nos queixámos de um ou outro trabalho ou tarefa que precisamos de desempenhar e com os quais não nos identificamos ou fazemos em esforço, mas esquecemos de lembrar e de estar gratos à vida, pois, através do trabalho, crescemos, chegamos mais longe, desenvolvemos as nossas capacidades, motivamo-nos, sentimos que somos úteis e uma mais valia e tudo isto contribui para a nossa autoestima, equilíbrio e bem-estar.

E neste mundo onde tudo começa pela energia que se vai manifestando no tipo de vida que temos, vamos recebendo sinais sobre o nosso alinhamento com o nosso propósito.

Devemos dedicar e investir tempo e energia num trabalho, mas nunca estar em esforço
Alexandre Gama, consultor de Feng Shui Alexandre Gama, consultor de Feng Shui

O tempo, a motivação e o trabalho

Se me sinto motivado, em crescimento, em expansão e com estabilidade, onde me sinto uma mais-valia e que para além de tudo ainda sou bem recompensado, monetariamente ou não, pelo tempo e energia que dedico a este trabalho, quer dizer que estou no sítio certo, com as pessoas certas e no tempo certo.

Se pelo contrário me desmotivo, me sinto mal pago, me sinto estagnado ou a atrofiar e para além disso é uma situação insegura e que contribui para o meu desgaste, então quer dizer que não estou a fazer o que devia, nem com as pessoas certas, nem no tempo certo.

Muitos dos meus clientes pedem orientações sobre que tipo de profissão poderiam seguir porque têm encontrado alguns entraves no seu caminho, ou porque estão no início e gostavam de se sentir mais seguros nas suas escolhas.

E eu respondo sempre que, em primeiro lugar, somos todos diferentes, que não há pessoas melhores ou piores, há sim pessoas em lugares errados, e que todos nós somos muito bons a fazer uma ou duas coisas. Ninguém pode ser bom a fazer tudo.

Para além disso para ter resultados não podemos estar em esforço. Devemos dedicar e investir tempo e energia num trabalho, mas nunca estar em esforço.

Então, precisamos todos de pensar e sentir onde me sinto realizado, onde gostaria de trabalhar mesmo que fosse de graça, ou melhor, onde a motivação não possa estar dependente da retribuição monetária.

Os afortunados e quase sempre ricos são aqueles que não distinguem o trabalho dos seus hobbies. Só quando trabalho por prazer consigo obter o resultado de qualidade que se pretende.

Sempre que faço algo por obrigação, posso até ser muito perfeito tecnicamente e não conseguir detetar nenhum erro, mas a energia vai ser sempre diferente e todos vão sentir um resultado sem alma.

Crónica. Feng Shui e o trabalho

© unsplash

O Feng Shui no trabalho

No Feng Shui e com a ajuda da astrologia do ki das nove estrelas aprendemos que em função da nossa data de nascimento estamos ligados a um arquétipo que nos evidencia caraterísticas ou condicionamentos que nos acompanham ao longo da nossa vida.

Estes condicionamentos fazem com que seja mais fácil ser criativo, ou ser gestor, ou ser técnico, ou ser teórico ou filósofo.

Existem tantas possibilidades e a maioria das pessoas até se identificam com as caraterísticas que apresentamos para o seu arquétipo, no entanto, não devemos nunca escolher uma profissão por causa do nosso arquétipo, mas sim entender que apesar de eu poder escolher a profissão onde me sinto mais realizado, a grande chave é a forma como eu desempenho essa profissão.

Assim, não me interessa o rotulo da profissão, mas antes o que eu sinto neste trabalho ou profissão.

  • Há espaço para ser mais criativo ou tenho de seguir protocolos?
  • É uma carreira segura e com estabilidade ou é um caminho mais acidentado?
  • É orientado para um crescimento mais individual ou tem um sentido de contributo e ligação ao próximo?
  • É um caminho solitário ou que envolve um meio social ativo?
  • É um trabalho que exige um grande foco e concentração ou que permite a dispersão?
  • É um trabalho que exige os meus dotes de comunicação ou que assiste o meu lado mais tímido e reservado?
  • É um trabalho orientado para resultados ou para a pesquisa e experimentação?

Ou seja, mais importante do que ser cozinheiro, médico ou professor, o que realmente faz diferença é onde eu posso colocar em prática os meus dotes, as minhas ferramentas pessoais, as minhas qualidades produtivas. Onde e como me sinto a contribuir.

Alexandre Saldanha da Gama é consultor de Feng Shui e autor do livro ‘Feng Shui @ Lares e Costumes Portugueses’. Estudioso de pessoas e da sua energia, criou a marca Feng Shui Integrativo através da qual orienta seminários, cursos, palestras e faz consultas de astrologia do ki das 9 estrelas. Desenvolve e acompanha in loco projetos de decoração, dá consultas de Feng Shui e faz limpezas energéticas de espaços.

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