Na área da gestão de recursos humanos temos chegado à conclusão (através de vários estudos realizados no âmbito da “felicidade no trabalho”) que os colaboradores nas empresas têm maior probabilidade de se sentirem felizes quando os resultados e as relações se encontram em igual estado de maturidade.
Se os resultados crescem, então espera-se que as relações entre todos também acompanhem esse “crescimento” no que diz respeito à qualidade das interações entre colegas e vice-versa, quando as relações entre todos são saudáveis, espera-se que os resultados sejam favoráveis.
Gostava de me focar nas relações entre todos, no âmbito profissional. Com alguma frequência ouvimos dizer que as pessoas não se despedem das empresas, mas sim dos seus “líderes” (ou chefes). Arrisco-me a dizer que não é só dos líderes que se despedem, mas também de grande parte dos seus colegas.
A verdade é que trabalhamos muito pouco a nossa empatia e a nossa capacidade para comunicar. Na escola não nos ensinam a lidar com pessoas, a passarmos bem a nossa mensagem e muito menos nos ensinam a “calçar os sapatos” dos outros. Se nascemos com maior apetência para isso, melhor para nós. Se não, mais dificuldades vamos ter no que diz respeito à nossa vida social e profissional (se esta exigir interação com pessoas).
Existem, portanto, muitas vantagens no desenvolvimento de relações saudáveis entre os colaboradores de uma empresa. A mais óbvia é a melhoria dos resultados da empresa, seguida pela sensação de bem-estar entre todos. Assemelha-se a uma bola de neve (positiva), concorda?
Como podemos então investir mais no desenvolvimento da nossa capacidade para criar empatia no local de trabalho (ou até online)? Seguem algumas dicas que poderão resultar.
5 dicas para aumentar a empatia no local de trabalho
1. Na sua comunicação, seja KISS: keep it short and simple. Comunique de forma simples, evite andar com rodeios para entregar ou mascarar uma mensagem. Isso nota-se e pode quebrar a empatia.
2. Tenha em atenção a linguagem não verbal, porque esta tem muito mais significado do que a linguagem verbal. Os gestos, as expressões faciais, a posição dos braços, das pernas e até o tom de voz podem “desdizer” tudo aquilo que acabou de dizer. E depois? Parece estranho e perde-se a empatia.
3. Faça elogios verdadeiros. Esta técnica tem um enorme impacto positivo no que diz respeito à melhoria / desenvolvimento da empatia. Ao longo da nossa vida cada vez são menos as oportunidades de nos sentirmos elogiadas. As pessoas que nos rodeiam criticam mais facilmente (mesmo que seja com boa intenção), recorrendo muito raramente ao poder do elogio. Experimente, vai ficar muito feliz com as consequências.
4. Regra dos 80-20: 80% do tempo a escutar e 20% do tempo a falar. Nascemos com dois ouvidos e uma boca, e devemos respeitar a nossa fisionomia. As pessoas adoram falar sobre si mesmas, as suas vidas, os seus problemas, interesses e conquistas. Ao escutarmos, estamos com certeza a desenvolver a empatia com quem está a comunicar connosco.
5. O poder do sorriso verdadeiro, como ferramenta que nos ajudará a melhorar e a desenvolver a empatia com colegas. Sorria mais, seja gentil. Todas temos a tendência de espelhar o sorriso verdadeiro que vemos nas outras pessoas e isso cria logo uma conexão muito verdadeira que pode e deve ser desenvolvida.
Temos sempre espaço para melhorar tudo na nossa vida, e isso também se aplica à nossa capacidade de criar empatia e de comunicar melhor.
Faça estas “experiências” positivas!
Mafalda Almeida é a coach pioneira em Desenvolvimento Feminino, afirmando-se assim no mercado do desenvolvimento pessoal. É a autora do livro Veja em si a Melhor Mulher do Mundo (Marcador, 2018) e pode acompanhá-la através do seu site, Instagram e Facebook.