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Onde ficou a sua criatividade? Descubra 10 formas de a recuperar

Onde ficou a sua criatividade? Descubra 10 formas de a recuperar

Recorda-se daquela altura da sua vida em que se sentiu extremamente criativa? Lembra-se de sentir que a sua mente estava livre de ser, fazer ou ter o que lhe apetecesse? Mas afinal, onde está a sua criatividade?

Por Jan. 14. 2020

Quando foi a última vez que se sentiu 100% criativa? Provavelmente em criança, ou quanto muito na pré-adolescência.

A verdade é que todos nós nascemos com uma enorme capacidade criativa. Em criança, falamos com amigos invisíveis e os nossos brinquedos ganham vida. Queremos ser astronautas ou cientistas.

Esta fase da nossa vida poderá ser de facto a fase mais criativa, onde ainda não conhecemos impedimentos de qualquer espécie.

A sociedade, a escola, as circunstâncias, vão fazendo com que todo este cenário criativo comece a ser colocado à prova. Já não podemos sair à rua vestidas de princesas ou super-heróis porque “parece mal” ou porque “vão achar que somos malucas”.

E é preciso perceber que esta castração da criatividade dita muitas vezes o insucesso de cada um de nós em contexto pessoal e profissional. É preciso perceber que as empresas, as famílias, os nossos amigos e nós mesmas precisamos de manter a nossa criatividade viva e com saúde.

A rotina familiar e profissional mata, de facto, a nossa criatividade
Mafalda Almeida

Os desafios são cada vez maiores em todas as áreas da nossa vida. As empresas precisam de fatores de diferenciação nos seus produtos e serviços. Os profissionais precisam de encontrar soluções para faturar mais, para colocarem no mercado novidades.

Como é que conseguimos fazer tudo isso se simplesmente não existe lugar para a criatividade?

Em casa, os desafios também não são menores. Há que ser criativa no sentido de manter uma relação saudável. Há que apelar à criatividade de mãe no que toca à educação dos filhos. A rotina familiar e profissional mata, de facto, a nossa criatividade.

A grande questão que se prende com este tema é o conceito de falhanço. Associamos a criatividade à enorme possibilidade de falhar. Para se ser criativa temos sim de arriscar, de testar ideias. E isso pressupõe que algumas dessas ideias não terão o resultado esperado.

A atitude perante o falhanço é que marcará a diferença no sucesso ou não das suas ideias
Mafalda Almeida

Mas, isso não é obrigatoriamente falhar. Há que começar a trabalhar no sentido de ressignificar este conceito.

Se desejamos obter melhores resultados na nossa vida, teremos de sair da zona de conforto, devemos fazer “as coisas de forma diferente”. E isso implica apelar à nossa criatividade. Implica aceitar que nem tudo vai correr como o esperado.

A atitude perante o falhanço é que marcará a diferença no sucesso ou não das suas ideias. Recorda-se de quantas vezes Thomas Edison “falhou” até conseguir que a lâmpada de luz funcionasse? Ele não interpretou os resultados como falhas, mas sim como formas de atingir o seu objetivo.

O facto é que, quando queremos muito ser, ter ou fazer alguma coisa, quando temos um objetivo bem definido, apelar à nossa capacidade criativa marcará com certeza a diferença no sucesso desse objetivo.

Há que pensar em vários cenários para resolução de temas/problemas. E, para isso, é preciso libertar a mente, não ter medo de “falhar”, nem dar ouvidos a outros possíveis medos, como por exemplo: “o que vão pensar de mim? Será que as outras pessoas vão pensar que esta ideia é ridícula?”

10 formas de recuperar a sua criatividade

Deixo-lhe então dez formas de recuperar a sua criatividade. Ela sempre esteve consigo, apenas neste momento poderá estar adormecida, dados todos os contextos e desafios que todas nós enfrentamos no nosso dia a dia.

1. Aprenda a não pensar. Deixe a mente vaguear por 15 minutos. Sente-se, feche os olhos, e deixe que a sua mente caminhe por onde ela quiser.

Vai verificar que esta prática é desafiante nos primeiros tempos (confesso que ainda hoje, eu própria encontro aqui um enorme desafio). Possivelmente vai ficar surpreendida com as ideias e soluções que possam resultar destes 15 minutos.

2. Fuja da rotina. Prove a si mesma que consegue fazer as coisas de forma diferente. Um exemplo: lave os dentes com a escova na outra mão.

3. Interprete a “falha” como feedback e não como algo negativo.

4. Estimule a mente através da leitura de livros. Alimente-a com conteúdos que realmente importam (aqui, não consideramos o tempo excessivo que passamos nas redes sociais).

5. Não tenha medo de sonhar acordada.

6. Descanse. Tenha sono de qualidade. Isto é fundamental para que a sua mente se sinta livre. Aproveite as primeiras três horas da manhã, pois muito provavelmente este é o período de tempo em que a sua mente se vai sentir mais criativa.

7. Abandone o conceito de perfecionismo. Mais vale feito do que perfeito. Entre em ação mais vezes.

8. Coloque-se na cabeça de algum génio da criatividade, como por exemplo Walt Disney, e pergunte-se “nesta situação, o que é que Walt Disney faria?”

9. Caminhe. Está provado que caminhar favorece o pensamento criativo.

10. Tenha o seu grupo de influência (peer group), composto por pessoas que estimulem a sua criatividade, que gostem de trocar ideias consigo e que não julguem as suas ideias.

O ano iniciou, e tem aqui uma excelente desculpa para começar a fazer as coisas de forma diferente, e para provar a si mesma que a sua criatividade não desapareceu. O que perde se tentar?

Mafalda Almeida é a coach pioneira em Desenvolvimento Feminino, afirmando-se assim no mercado do desenvolvimento pessoal. É a autora do livro Veja em si a Melhor Mulher do Mundo (Marcador, 2018) e pode acompanhá-la através do seu siteInstagram e Facebook.

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