Às vezes, a atitude mais profissional (e produtiva) que podemos ter é desligar. “Zerar”, descansar, ganhar perspetiva. Quando voltamos, voltamos mais criativas, mais motivadas, mais otimistas, de melhor com a vida e com o trabalho. Tomamos melhores decisões.
Um dos aspetos mais importantes da alta performance é gerir a energia: decidir quando a gastamos e quando a renovamos. É impossível estar em pico de performance permanente; não é humano.
A fase de renovação associa duas variáveis: uma energia física menor, por um lado e, por outro, emoções positivas como a serenidade, a contemplação, a gratidão, o relaxamento.
Esta fase de recarregamento de baterias é fundamental para depois conseguirmos voltar ao desejado estado mais energético de desempenho.
O descanso não é, pois, sinónimo de preguiça; é sinónimo de estratégia. Não é um desperdício; é um investimento.
Estar sempre on, sempre contactável, sem desconectar, seja do que for, não é bom nem para a saúde mental e física, nem para a saúde dos negócios. Já há empresas que limitam o acesso aos emails nas férias e nos fins de semana.
Então e se for uma coisa urgente? Claro que temos de estar disponíveis para a equipa. As chamadas ou SMS servem para isso mesmo. Não os emails, nem as mensagens de WhatsApp, que implicam que estejamos sempre a olhar para o telemóvel.
Para quem vai ou está de férias
• Largue os e-mails e o telemóvel. Por muito que custe, o mundo continua a girar quando não estamos presentes;
• Resista a aceder a backoffices, ERPs ou aplicações de trabalho em equipa. Custa contrariar rotinas, mas tem de ser;
• Confie em quem ficou no escritório. Confie que decidirão da melhor forma. Se for mesmo urgente, alguém a contactará.
Para quem ficou no escritório:
• Não pressuponha que quem foi de férias está a ver e-mails, WhatsApps, Slack ou afins;
• Ligar para alguém que está a desconetar, só se alguma coisa estiver a arder. Mas, primeiro, chamam-se os bombeiros.
Boas férias!
Sara Midões estudou Comunicação, Marketing e, mais recentemente, Psicologia Positiva e Human Experience Design. Num mundo rápido e tecnológico, a sua missão é ajudar organizações e líderes a implementarem uma cultura de empatia e a desenharem experiências humanas positivas. Colaboradores, clientes, parceiros… todos somos pessoas. Criou a Community, um espaço de partilha que pode seguir no Instagram.