Imagine que está prestes a mudar de emprego, por opção ou não… Encontra-se a ir a entrevistas, e enfrenta assim aqueles momentos mais desafiantes onde nos temos de dar a conhecer e de “vender” as nossas capacidades a um futuro empregador.
Eu sei que os nervos sobem à flor da pele, eu mesma já estive nesse contexto algumas vezes, e tendo eu a minha empresa de recrutamento, tenho a sorte de desenvolver a perspetiva do candidato e da empresa.
Por isso é que esta crónica me diz tanto! É importante, em primeiro lugar, entendermos de uma vez por todas que sublinhar o melhor de nós não significa que somos pouco honestos, nada humildes, e inclusive presunçosos.
Falar sobre as nossas melhores características ajuda-nos a reforçar a nossa confiança. Ajuda também a responsabilizarmo-nos e a que o outro lado da “negociação” entenda melhor quem somos. Na melhor das hipóteses, ajuda a sentir a necessidade de nos contratar ou de fazer negócio connosco, em vez de optar por outra pessoa. Simples.
Sim, o mesmo se passa para quem segue carreira como empreendedor ou empresário. No entanto, ao fugirmos muitas vezes do “trabalho que dá” olharmos para dentro de nós, também perdemos a oportunidade de identificarmos realmente o nosso verdadeiro potencial, os nossos pontos fortes.
Identidade: o que é?
Não podemos esquecer que a nossa impressão digital é o símbolo mais imediato que temos, e que materializa perfeitamente esta “coisa da identidade”, que muitas vezes teimamos em não definir e assumir.
Teimamos em querer a vida e a carreira de alguém, quando nós mesmos podemos construir uma realidade feliz tendo em conta as nossas características, necessidades e o nosso contexto.
Identidade é saber quem realmente somos, o que significa o nosso nome, que história e que marca queremos deixar no mudo. É não duvidar da nossa fibra e das nossas capacidades.
É não ter medo de destacar os nossos pontos fortes e de colocar limites quando tem de ser. Quando a identidade é honrada, é isto que se passa.
Se desejamos construir uma carreira profissional que nos honre como pessoas, que esteja de acordo com o que queremos para nós no futuro, devemos em primeiro lugar reconhecer a nossa fibra, as nossas necessidades e aspirações.
Repare, eu disse AS NOSSAS, e não as dos OUTROS. É aqui que a identidade se perde, e como consequência, a autoestima: quando tentamos corresponder às expectativas dos outros e defraudamos as nossas.
Quando assim é, será mais fácil encontrarmos a empresa ideal, porque as escolhas são mais simples de se tomar quando sabemos quem somos. O mesmo se passa com clientes e parceiros de negócio.
A identidade leva à autenticidade, que por sua vez reforça a autoestima. E isto tudo leva a uma vida e a uma carreira mais feliz. Faz sentido para si?
Conte-me tudo, sabe onde me encontrar!