Sabemos que não é igual procurar emprego tendo 20, 30, 40 ou 50 anos, mas também sabemos que a idade, de acordo com o Código de Trabalho, não pode ser fator discriminatório, embora os trabalhadores mais velhos se queixem disso.
Fundamental, qualquer que seja a idade que tenha, como diz o coach Manuel Ferreira, “é que numa entrevista de emprego se mostre empenhada, apaixonada pelo que faz e pelo que poderá fazer na nova empresa”(saiba, ainda, o que vestir numa entrevista de emprego).
Antes disso, olhe para o seu currículo, “atualize-o e dirija-o ao cargo para o qual está a concorrer, bem como a carta de apresentação. Enviar igual para todas as empresas não é opção”, realça.
Atualmente, o mercado de trabalho está a mudar constantemente, por isso, é importante atualizar os seus conhecimentos e estar atenta todos os dias aos anúncios. E, por falar nestes, a Internet é o maior agregador e deve utilizá-la a seu favor.
Net Emprego, Expresso Emprego, Alerta Emprego, Carga de Trabalho, Turijob são alguns dos sites portugueses que deve visitar caso esteja à procura de emprego.
Muito importante também é o LinkedIn, que já é denominada a maior rede de networking à escala mundial, que contém também vários anúncios. “É lá que trabalhadores e empregadores muitas vezes se encontram”, refere Manuel Ferreira.
Além disso, há ainda as empresas de recrutamento e, claro, os headhunters, que andam sempre à caça de talentos. O coach aconselha que, “uma vez inscrita num site de procura de emprego ou no LinkedIn, que atenta e ative os alertas e concorra nas primeiras 48 horas”.
Veja agora as especificidades para cada década.
Saiba como procurar emprego consoante a sua idade
Aos 20 anos
Os jovens com cursos universitários (licenciatura e mestrados) entram, cada vez mais tarde, no mundo do trabalho e também passam por inúmeros estágios antes de encontrarem um trabalho.
“Além de estarem atentos aos anúncios de trabalho, devem fazer candidaturas espontâneas para empresas nas quais gostariam de trabalhar. As empresas de recrutamento temporário podem ser uma opção para ir criando currículo”, ensina Manuel Ferreira.
Aos 30 anos
“É nesta década que, muitas vezes, se conseguem as melhores oportunidades de trabalho, pois já há uma experiência laboral consistente”, garante o coach. Se quer mudar de área, não hesite, na casa dos 30 é boa altura para o fazer. “Consulte empresas de recrutamento, esteja atenta aos anúncios, aposte no seu LinkedIn e na sua rede de contactos”, acrescenta Manuel Ferreira.
Aos 40 anos
Talvez haja menos oportunidades que na década anterior, mas os conhecimentos e a experiência adquirida destacam-se e os headhunters andam à procura disso, sobretudo se já ocupa um cargo de relevo na empresa onde está.
Esteja também alerta junto da sua rede de contactos e frequente eventos de networking. Se está a pensar mudar de trabalho, procure a mesma área, as mudanças radicais podem não ser tão fáceis como na década anterior. Importante é atualizar a sua formação.
Aos 50 anos
Mesmo que as empresas não o digam abertamente, não é fácil encontrar um trabalho quando se passa dos 50 anos, seja para mudar ou porque ficou desempregada.
“O melhor é recorrer à sua rede de contactos profissionais, a pessoas que a conheçam bem e ir a sessões de networking”, recomenda o coach. Simplifique o seu CV, dê relevância ao que tem feito nos últimos anos e adapte-se às novas gerações e às suas práticas de trabalho. Atualize também as suas competências tecnológicas.
Caso queira criar o seu próprio negócio, estes são os programas de apoio ao empreendedorismo feminino que devia conhecer.