8 em cada 10 profissionais diz ser mais produtivo a trabalhar remotamente
Um novo estudo português mostra que o teletrabalho é agora o método favorito de trabalho de muitos profissionais. A flexibilidade de horário é uma das principais justificações.
O teletrabalho foi, sem dúvida, umas das grandes mudanças de rotina que surgiu com a pandemia na vida de grande parte dos trabalhadores. Embora divida opiniões, trabalhar em casa tornou-se num hábito e, mesmo com a terceira fase de desconfinamento, muitas empresas optaram por permanecer neste método.
Em Portugal, o cenário não foi diferente. E agora, com um estudo intitulado De Regresso do Trabalho, da ManpowerGroup, veio confirmar que uma parte dos profissionais portugueses não só prefere este regime, como diz ser mais produtivo no dia a dia.
Estiveram envolvidos 185 profissionais a nível nacional que revelaram haver uma tendência para o teletrabalho, sendo que 64% diz estar neste momento a trabalhar em casa, 79% admite ser mais produtivo e 98% estão a trabalhar a partir da sua residência habitual – Lisboa (32%), Porto (12%), Faro (16%) e Setúbal (11%) são as cidades onde isto mais acontece.
As habitações pessoais podem ser o local favorito para o teletrabalho, mas há quem o prefira fazer num local à parte, mais que não seja para prolongar as férias.
62% dos inquiridos revelaram querer prolongar a estância no local de férias para teletrabalhar e até se mostraram interessados em pagar o aluguer de uma casa ou uma outra opção de alojamento para trabalhar a partir desse local (não deixe de ver as opções de coworks em Lisboa e no Porto).
Quanto às razões para os portugueses preferirem o teletrabalho, a flexibilidade de horário é o argumento mais utilizado. E como é que as empresas se devem promover para se posicionarem como “o local ideal para trabalhar”? 28% respondeu a flexibilidade de horário e 24% mencionou a disponibilização de opções de teletrabalho.
“Os modelos de trabalho a adotar são, cada vez mais, uma preocupação das organizações e do mercado de trabalho, numa decisão que claramente é condicionada pelo setor em que a organização se insere ou pelo tipo de funções a exercer, mas que tem um impacto crescente na sua capacidade de atração de talento”, explica Rui Teixeira, Chief Operations Officer do ManpowerGroup Portugal.