Anda só ocupada ou realmente focada em atingir resultados?

O que acontece quando percebemos que passamos o dia todo envolvidas em “tarefazinhas” que em nada acrescentam ao que queremos ser/ter/fazer? Frustração, ausência de propósito, falta de foco e de orientação. Pouca ou nenhuma honra o que realmente somos e, aqui para nós, existem bastantes dias assim!

Então, mas de que forma conseguimos reverter isto? Com consciência, avaliando a lista de afazeres que temos, com os chamados “olhos de ver”.

Acima de tudo, ao pensar com estratégia, com visão, e nunca perdendo o foco no que realmente desejamos construir, na pessoa que ambicionamos ser, e no legado que desejamos deixar.

Por acaso já pensou sobre a questão do legado? Aconselho que o faça.

Sei que não é a primeira vez que abordo este tema, mas sei também que ele é de facto importante.

Os dias passam à velocidade da luz e, se for preciso, não conseguimos construir nada de jeito. Falo por mim, sou a primeira pessoa a levantar a mão e a assumir essa ‘fraqueza’ que todas temos, isto se não a conseguirmos trabalhar de forma consciente.

O nosso cérebro é o ‘culpado’ e leva a melhor se assim o permitirmos.

Existe uma grande confusão entre estarmos constantemente ‘ocupadas’ e estarmos de facto a produzir resultados diferenciadores para a nossa vida e na nossa profissão. É simples, mas complicado complicado ao mesmo tempo, pelo menos para a nossa mente primitiva.

Confundimos com frequência esses dois estados de espírito. Pensamos que, por ter uma lista interminável de tarefas num dia, e se as conseguirmos realizar todas, somos coroadas como as pessoas mais produtivas do mundo. Não é assim.

Passar um dia atarefado não significa fazer algo importante. É bom que comecemos a dizer mais vezes “não” a determinadas pessoas, pensamentos, desafios. Dizer “não” salva-nos de facto o dia e os resultados.

Ora, atingir resultados diferenciadores e com impacto não está intimamente conectado com o facto de termos a agenda cheia de tarefas. E, tantas e tantas vezes, optamos pelas tarefas que em nada acrescentam ao que realmente importa.

A minha sugestão é que isso deixe de acontecer. Para bem dos nossos resultados, da nossa autoestima e da nossa estabilidade emocional.

Os dias que passaram não voltam e o que optámos por fazer nesse dia é de enorme importância para a concretização (ou afastamento) do que realmente queremos para nós. É vida. É tempo. É não conseguir voltar a trás. E esta sensação de urgência pode (e deve!) de facto mudar muitas coisas na nossa forma de viver a vida.

Não recomendo que tenhamos mais do que cinco objetivos (tarefas) por dia. E que essas tarefas tenham impacto real no que queremos atingir a médio/ longo prazo.

Igualmente, não recomendo que permitamos que outras pessoas façam a gestão do nosso tempo. Devemos ser nós a colocar limites, a gerir de forma madura as nossas emoções e os nossos medos de maneira a conseguirmos passar uma mensagem de poder e certeza perante uma vida que é nossa, e que por isso ninguém controla.

A verdade é que, muitas vezes, andamos ocupadas com tarefas que não são nossas, só para agradar alguém e não sermos, assim, rejeitadas. Já lhe aconteceu? A mim sim. Isto é igual a frustração.

Que consigamos ter alguns minutos de planeamento, de estratégia de priorização. Que esses minutos nos salvem horas (e até dias!) para que consigamos assim obter melhores resultados na nossa vida.  Ter coragem para isso e ver que os resultados compensam.

Mafalda Almeida é a coach pioneira em Desenvolvimento Feminino, afirmando-se assim no mercado do desenvolvimento pessoal. É a autora do livro Veja em si a Melhor Mulher do Mundo (Marcador, 2018) e pode acompanhá-la através do seu site, Instagram e Facebook.