Liderar equipas não é uma tarefa fácil. Primeiro, porque implica uma enorme capacidade de gestão não só funcional, mas também emocional.
Para atingir este equilíbrio, os maiores líderes do mundo seguem o modelo de liderança positiva, que tem como base a psicologia positiva, e cujo objetivo é o foco nas qualidades de um indivíduo, em vez de se debruçar nas suas fraquezas.
O autor e orador de psicologia positiva israelita Tal Ben-Shahar esteve em Portugal, na Happy Conference, para apresentar o modelo de liderança SHARP (Strength (Pontos fortes), Health (Saúde), Absorption (Foco), Relationships (Relações), e Purpose (Propósito)).
Este modelo mostra como os dirigentes de equipas e de organizações que são felizes têm mais sucesso na carreira. Ora veja.
Saiba como se tornar numa líder através do modelo de liderança SHARP
1. Pontos Fortes
As líderes conseguem melhores resultados porque reconhecem o potencial e as valências dos seus colaboradores e fazem por aperfeiçoá-las. Não se focam tanto nas fraquezas das pessoas que trabalham consigo, mas, antes, gerem-nas de forma a não travarem ou prejudicarem o desempenho de todos.
Acima de tudo, não receiam falhar, porque aprendem com os erros.
2. Saúde
Sabem lidar com o stresse, não o veem como inimigo. Têm noção que levam uma vida agitada e alocam tempo de recuperação para se fortalecerem e energizarem.
Por exemplo, a cada duas horas de trabalho, fazem um intervalo de 15 minutos; tomam as refeições com o smartphone em silêncio; vão ao ginásio pelo menos três vezes por semana; dormem bem e o suficiente para as suas necessidades; tiram um dia de folga por semana e, no mínimo, fazem 15 dias de férias seguidas por ano.
3. Foco
Vivem no presente, praticam uma escuta ativa e meditam, pelo menos, 15 minutos por semana.
Podem parecer pormenores, mas aumentam a sua ligação às pessoas e aos espaços que os rodeiam.
4. Relações
Priorizam as relações, pessoais e profissionais, porque reconhecem que é o fator que mais influencia a sua felicidade. Tal Ben-Shahar diz que os relacionamentos são o principal preditor de saúde – precisamos de ter pessoas com quem partilhar momentos de diversão e de tristeza.
Talvez por isso, na Dinamarca, o segundo país do mundo com o índice de felicidade mais elevado, mais de 90% da população seja ativa em clubes sociais (associados a desportos, a jogos de tabuleiro, a interesses culturais, à religião, etc.).
5. Propósito
Veem o seu trabalho como uma vocação, o que faz com que se liguem à sua atividade laboral de uma forma mais intensa.
Ao percecionarem o seu contributo de um modo positivo, extraem mais significado e gratificação da sua ocupação profissional.
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