Qual é a primeira coisa que lhe vem à cabeça quando pensa sobre sucesso? Subir de posição no seu emprego? Passar mais tempo de qualidade com a sua família? Afinal, o que significa ser uma mulher bem-sucedida?
Para além das exigências do mercado, sabemos que ser mulher com a ambição de atingir uma posição de topo não é uma tarefa fácil, principalmente num mundo em que essas posições são, maioritariamente, ocupadas por homens.
Salários baixos, abandono precoce do trabalho, principalmente depois de terem filhos, ainda são algumas das realidades da mulher moderna. Um estudo publicado recentemente sobre a “Igualdade de Género ao Longo da Vida”, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, mostra que as mulheres com idades entre os 30 e os 49 anos, ganham menos 12,9% do que os homens com a mesma idade.
A que se devem estes valores? Haverá uma fórmula específica para encurtar esta e outras diferenças? Para desmistificar algumas destas questões, reunimos um conjunto de TED Talks em que as protagonistas são mulheres de sucesso, que têm algo a dizer sobre como encontraram o seu “lugar ao sol”.
Lições de empoderamento feminino que nos querem levar ao sucesso
1. Seja confiante. “As mulheres subestimam sistematicamente as suas capacidades.”
A diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, questiona sobre o facto de existirem tão poucas mulheres líderes, abordando conceitos básicos de personalidade, como a confiança e a empatia.
Sandberg desmistifica também algumas crenças que afirma contribuírem bastante para a diferença de géneros, como por exemplo, o facto do sucesso e da empatia estarem positivamente correlacionados nos homens e negativamente nas mulheres.
É um facto que, em comparação com os homens, as mulheres duvidam muito mais das suas capacidades e negoceiam muito menos o seu salário. Mas porquê? Veja o vídeo para descobrir as três dicas de sucesso de Sherly Sandberg.
2. Siga a sua intuição. “O vosso problema não são as ideias. O problema é que não agem quando as têm.”
Nesta TED Talk, Mel Robbins faz um género de um guião para superar medos e atingir objetivos. O primeiro passo é pensar no que realmente deseja para si e, de seguida, procurar uma forma para atingir esse fim.
Por exemplo, se está descontente com o seu emprego, saiba que o primeiro facto a enfrentar é que nunca vai parecer o momento adequado para mudar. Para sair da nossa zona de conforto, a oradora diz-nos que temos de ter uma reação imediata aos nossos impulsos, comprometimento e, acima de tudo, “forçar-nos a sentir desconfortáveis”.
Mel Robbins é comentadora do canal CNN, apresentadora de televisão, coach e autora do livro A Regra dos 5 Segundos (Lua de Papel, 2018), que inspirou esta palestra.
3. Encontre um propósito maior do que si própria. “Adorava a escrita mais do que odiava falhar.”
Elizabeth Gilbert conta-nos como foi todo o processo de desenvolvimento do bestseller Comer, Orar e Amar (Bertrand, 2016), – o antes e o depois. “Quando era jovem, enviava as minhas más histórias ao The New Yorker, com a esperança que me descobrissem. Tentava, a todo o custo, ser publicada, mas falhava. Durante seis anos, não consegui publicar nada”.
Depois do lançamento do livro, Elizabeth Gilbert deparou-se com o medo de falhar e de não voltar a escrever um livro que correspondesse às espetativas dos leitores, comparando a pessoa bem-sucedida que se tornou à pessoa que tentava, todos os dias, ser publicada.
A autora diz-nos que o sucesso não é assim tão diferente do fracasso, o que importa é encontrar um propósito maior do que nós próprios, a nossa casa. “A vossa casa é aquilo a que podem dedicar as vossas energias, com tanta devoção, que o resultado final não tem importância”.
4. Não aceite crenças que não são suas. “Têm de ser as mulheres a quebrar as suas próprias barreiras.”
“O meu pai sempre foi muito machista, achava que eu e a minha irmã devíamos ficar em casa a lavar pratos e a limpar a casa, e que o homem é que deveria trabalhar e arranjar dinheiro.” Mariana Moura Santos conta-nos como superou todos os seus desafios, depois de ter saído de Portugal com o objetivo de se tornar independente e descobrir o mundo.
Trabalhou como designer de interação e animação no jornal The Guardian e, nessa altura, deparou-se com o facto de ser a única mulher a desempenhar as suas funções. Hoje é a fundadora da organização Chicas Poderosas, que promove o empoderamento das mulheres através dos meios digitais.
5. Defina o que é realmente importante. “O não é revolucionário.”
A brasileira Nathalia Arcuri destaca a importância do ‘não’ para que possamos atingir os nossos objetivos. Desde muito jovem começou a poupar dinheiro, após os pais lhe terem dito que ela não tinha nenhuma conta poupança. Aos 24 anos, a jornalista já tinha arrecadado dinheiro suficiente para comprar um apartamento a pronto.
Além de trabalhar como repórter na Rede Record, Nathalia era uma autodidata de investimentos financeiros, que lhe permitiram multiplicar o seu dinheiro sem que tivesse de abdicar de alguns prazeres da vida. Depois de ouvir o seu segundo ‘não’ relativamente a uma ideia para o canal de televisão, cria o blogue de finanças pessoais Me poupe, que utiliza o entretenimento e o humor para aumentar a literacia financeira dos seus leitores.
O principal motivo que incentivou a criação deste projeto foi um dado estatístico que veio a revelar que 70% das mulheres brasileiras se sujeitam a relacionamentos violentos por não terem independência financeira.
6. Encontre o seu ponto de equilíbrio. “É necessário aplicar as competências profissionais na nossa vida pessoal.”
“Mãe, porque é que, aqui onde vivemos” e no Líbano, onde vive a avó e o avô, “nunca vemos fotografias de mulheres poderosas nas paredes? As mulheres não são importantes?”, questionou a filha de Leila Hoteit, engenheira, advogada e mãe em Abu Dhabi.
A partir desta questão, Leila Hoteit explica como é ser uma mulher com fortes ambições profissionais, na Arábia Saudita, revelando as dificuldades que teve de superar, principalmente depois de ter tido as suas duas filhas.
A oradora fala sobre a importância de construir um lar baseado em equilíbrio, referindo que a maioria das mulheres árabes continuam a ser responsáveis pela totalidade das tarefas domésticas, sem qualquer apoio por parte do parceiro.
Já viu alguma destas TED Talks? Saiba ainda como ser uma empreendedora de sucesso.