6 dicas simples a ter em conta para decorar qualquer espaço
Decorar a casa sem um profissional é algo aparentemente simples, até se deparar com questões como: como conjugar materiais e cores? Ou como aproveitar aqueles espaços difíceis? Rita Salgueiro, designer de interiores, revela o devemos ter em conta na hora de (re)decorar um espaço.
Depois de passarmos por algumas desilusões e percebermos que o nosso bom gosto pode não ser suficiente, ainda acabamos no final por pagar uma fatura mais elevada do que tínhamos inicialmente previsto. Decorar a casa não é assim tão simples…
Para que isso não aconteça, eis seis dicas que podem ser bastante úteis para planear a decoração de qualquer divisão (e mantenha-se longe destes erros).
6 passos para (re)decorar a casa
1. A arquitetura importa
É preciso ter em conta as características arquitetónicas do próprio espaço para definir se vamos decorar consoante o estilo arquitetónico, se vamos trabalhar por oposição ou se não existe algum estilo e temos de ser nós próprias a definir um tema.
2. Apostar em bons revestimentos e mobiliário base
Os materiais ficam para a vida, por isso, se vamos alterar algum que já exista no espaço, o ideal é escolher um produto de boa qualidade e tons neutros.
Ninguém muda de pavimento, colchão ou sofá de dois em dois anos, a menos que seja necessário. Por isso, é preferível investir mais nestas peças inicialmente para não termos de nos preocupar com elas nos próximos 20 anos.
Mais tarde, se quisermos alterar a decoração, basta alterar apontamentos como almofadas, mantas, candeeiros e peças decorativas.
3. Lápis e régua na mão
Medir o espaço e saber ao certo o seu tamanho real é essencial para comprar peças para o seu interior. Parece óbvio mas é dos erros mais comuns.
Na loja, a peça parece pequena, quando chega à nossa sala, torna-se gigante. Veja as medidas, simule no próprio espaço com caixas de cartão e só quando souber as medidas corretas é que deve comprar a peça que precisa.
4. Trabalhe por layers
Apesar de serem pensadas como um todo, as casas não se fazem de uma só vez.
Primeiro definimos os revestimentos base, depois o mobiliário base e os seus acabamentos/revestimentos, e só no fim trabalhamos os quadros e pormenores decorativos.
5. A importância do espetro de cores
As cores das tintas, papéis de parede e revestimentos em geral têm um impacto muito forte no espaço.
A menos que a sua cor preferida seja branco ou cinzento, é preciso ter em atenção que esta pode não ser a mais indicada para determinados espaços. As cores alteram conforme a incidência de luz e, em dimensões maiores, podem tornar-se incómodas.
Outro aspeto a ter em atenção é que as cores têm influência ao nível do nosso subconsciente. Por exemplo, o lavanda é uma cor relaxante, que nos deixa mais tranquilos, e é por isso indicada para usar num quarto.
Contudo, se for usada para decorar um escritório e o objetivo for aumentar a produtividade, não estranhe se adormecer a meio do relatório que tem de entregar no dia seguinte!
6. O desafio da iluminação
A iluminação dos espaços continua a ser um dos maiores desafios na decoração.
É necessário saber a intensidade correta, a temperatura adequada aos espaços, a altura a que devem ser colocadas as lâmpadas, como fazer jogos de luzes para criar ambientes diferentes e, muito importante, como não magoar a vista, quer por falta quer por excesso de luz.
Rita Salgueiro, licenciada em design de interiores, lançou a sua primeira loja de decoração (em parceria com outros designers) em 2003, e abriu o seu primeiro atelier em 2007.