Caminhos desconhecidos são sempre assustadores. No que toca à nossa casa, espaço onde passamos grande parte do tempo, sabemos que é importante encontrar o estilo perfeito, aquele com que mais nos identificamos e que nos faz sentir bem.
Adquirir algumas peças únicas pode ser a chave para dar uma nova vida a qualquer divisão e encher uma casa de caráter e personalidade. Mas como?
A Saber Viver pediu a Mafalda Galamas, decoradora no Atelier Decoralista e embaixadora da Intercasa, evento de decoração que se realiza de 9 a 13 de outubro, na FIL, para partilhar os conselhos para comprar mobiliário e acessórios vintage de forma segura e com confiança.
Como escolher mobiliário vintage?
Primeiro, é necessário saber diferenciar o mobiliário dos acessórios de decoração. De acordo com a decoradora, a compra de mobiliário vintage deve ser feita de forma consciente, com a certeza de que o espaço que estamos a pensar preencher tem as medidas necessárias para receber o artigo. Por exemplo, se se apaixonar por um sofá único e incrível, mas ele não couber na sua sala, o melhor é mesmo não arriscar.
Mafalda adverte ainda para a importância de questionar a previsão de durabilidade dos artigos que pensa adquirir, de modo a estabelecer “uma relação direta com o investimento que está a fazer”.
Para além disso, “para ser vintage, o mobiliário deverá apresentar sinais de desgaste“, pelo que, se estiver “como novo”, é caso para desconfiar.
Que cuidados ter na escolha de acessórios decorativos?
Em relação aos acessórios de decoração, “a margem de erro será menor, já que as suas formas e cores facilmente remetem para uma época passada”. Mas Mafalda explica que ainda assim, tem de haver o cuidado de analisar a peça e estar atenta a qualquer mancha, nódoa (no caso dos têxteis) ou fissura (no caso de porcelanas e outras louças).
Pode ainda “perguntar se os artigos estão sujeitos a trocas ou devoluções e tentar perceber se está a pagar o IVA”, já que, em alguns casos, os artigos em segunda mão estão isentos desta taxa.
Como introduzir peças vintage na decoração que já temos em casa?
“A forma mais fácil, seja do ponto de vista do enquadramento com o mobiliário já existente, seja do ponto de vista económico, é iniciar-se neste desafio com os acessórios“, explica a decoradora.
Peças como “baús que foram malas de viagem e hoje dão belíssimas mesas de centro, discos de vinil que decoram paredes, escadas que passaram a estantes de livros, rádios, televisões ou telefones”, todas se destacam como acessório decorativo.
A tendência de misturar o vintage com o contemporâneo
O que para muitos pode parecer estranho é, na verdade, uma tendência. De acordo com Mafalda Galamas, a leveza dos ambientes contemporâneos permite conjugar artigos mais densos e cheios de história. O segredo está no equilíbrio.
“Uma mesinha de apoio com um candeeiro vintage, uma torradeira retro encarnada numa bancada de cozinha de linhas direitas e tons claros. Ou, para os mais ousados, uma mesa de máquina de costura que passou a móvel de tv.”