A nossa casa tem a função de nos proporcionar proteção, conforto e segurança. Ao mesmo tempo, é onde preparamos e organizamos os espaços também para podermos relaxar, recarregar baterias, assim como trabalhar de forma prática e eficiente.
Sabemos que a casa é o espelho da nossa vida e, como tal, pode ser um lugar individual e personalizado ou, por outro lado, pode também ser um lugar partilhado e de espírito comunitário.
Independentemente de viver sozinho ou em família, a minha zona da casa representa a facilidade que tenho em me individualizar ou de me abrir ao convívio.
Posso viver sozinho e ter a casa preparada para receber visitas, e posso também partilhar a casa com muita gente e ter o espaço condicionado ao conforto de apenas uma ou duas pessoas.
Todos somos diferentes, por isso, todas as casas são diferentes.
Como já disse anteriormente, na nossa sociedade esperamos que a casa promova o descanso, a segurança, a proteção, assim como a funcionalidade para qualquer trabalho que nela tenhamos de executar, seja do fórum profissional ou pessoal, como a simples preparação das refeições.
Esperamos também que uma casa nos ajude a diferenciar o que é a zona comum, onde convivemos e partilhamos o espaço, e o que é a zona mais íntima, onde só entra quem nós permitimos.
Precisamos, então, de um espaço na nossa casa onde possamos desfrutar de momentos de prazer, onde sintamos que vale a pena viver e aproveitar a vida com qualidade, onde consigamos atingir os resultados e colher frutos.
Queremos uma zona de lazer, uma zona de recreio, para brincar, onde nos possamos sentir como as crianças (desfrutar do prazer sem preocupações).
Mesmo um adulto com muitas responsabilidades precisa de uma pausa e de momentos de lazer onde possa sentir a gratidão e o prazer.
Por esta razão, é importante ter sempre em casa pelo menos um espaço onde possamos ter peças de qualidade ou onde colecionamos obras que valorizamos, porque nos trazem referências de prazer.
Cada pessoa terá, com certeza, as suas referências pessoais, até porque aqui conta muito a experiência pessoal de cada um e, no final, acaba por ser o valor emocional que se destaca.
Pode ser um canto para ouvir música ou para ler um livro, pode ser uma zona onde guardamos as nossas recordações ou coleções.
Contudo, há quem tenha uma casa pequena e não possa ter muita coisa, ou então escolheu apenas seguir uma forma de estar mais minimalista. Nesse caso basta usar alguns toques na decoração, ora veja:
- Cores alegres onde associamos os alaranjados do pôr-do-sol, os amarelados e avermelhados;
- Materiais com brilho ou acabamentos metalizados;
- Peças em metal ou qualquer tipo de minério;
- Cristais naturais, metais ricos, pedras preciosas ou semipreciosas;
- Peças com formas arredondadas.
Independentemente de se tratar de um quarto cheio de glamour, de uma sala de estar ou de jantar cheias de requinte, ou de uma cozinha ou escritório sofisticados, o importante é a forma como vivemos estes espaços e neles nos sentimos. Se existem é porque os mereço, então devo desfrutar.
Este é o princípio da criança interior. Focar-me no presente, no agora, estar grato e desfrutar das coisas boas que a vida me proporciona a cada instante.
Alexandre Saldanha da Gama é consultor de Feng Shui e autor do livro ‘Feng Shui @ Lares e Costumes Portugueses’. Estudioso de pessoas e da sua energia, criou a marca Feng Shui Integrativo através da qual orienta seminários, cursos, palestras e faz consultas de astrologia do ki das 9 estrelas. Desenvolve e acompanha in loco projetos de decoração, dá consultas de Feng Shui e faz limpezas energéticas de espaços.