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Crónica. Feng Shui e os altares

Se tem ou gostava de ter um altar em casa, Alexandre Gama, consultor de Feng Shui, pode ajudá-la a escolher a melhor divisão e zona. Ora veja.
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Crónica. Feng Shui e os altares Crónica. Feng Shui e os altares
© Pexels
Alexandre Gama, cronista
Escrito por
Mar. 04, 2024

Independentemente da religião ou cultura, todos temos hábitos que se podem refletir na existência de um altar na nossa casa ou espaço de trabalho. Pode ser um móvel construído para esse efeito, uma mesa ou uma cómoda onde guardamos roupa, mas usamos o tampo como base para o altar.

Este pode ser grande e ter uma mão cheia de Santos ou referências espirituais ou pode ser apenas uma pequena prateleira onde está uma simples planta viva e um cristal ou um queimador de incenso.

Infelizmente, conhecemos e observamos muitas vezes uma espiritualidade que é vivida e imposta de fora para dentro e que se resume a um conjunto de regras que devem ser cumpridas e impostas a nós e aos outros, como acontece na maioria das religiões – os valores, o certo e o errado.

Mas a verdadeira espiritualidade vem de dentro do indivíduo e, como tal, deve ser fluida, sem forma, verdadeira e individual. Precisa de ser adaptada a cada situação. É algo que se transmite pelo exemplo e não se comunica.

Por isso mesmo, cada pessoa deve preparar e viver o seu altar como lhe fizer mais sentido. Não deve haver uma regra nem uma obrigação.

Dito isto, este texto tem o objetivo de ser uma orientação, uma partilha e nunca uma imposição do que está certo ou do que é errado.

O espaço e o altar

Escolhemos normalmente um lugar calmo e tranquilo, onde nos sentimos confortáveis e podemos recolher para pensar na nossa vida, organizar as ideias, fazer as nossas orações e meditações ou simplesmente estar ali somente a sentir a respiração e sem pensar em nada.

Queremos que este seja amplo e arejado para que nunca seja um espaço de energia estagnada.

© Unsplash

Onde colocar um altar

Não o queremos numa zona social e, por isso, na nossa casa, pode estar num pequeno escritório ou numa sala de televisão, mas não na sala onde recebemos as visitas ou onde vivemos as festas sociais.

Queremos que seja um espaço mais pessoal, pelo que pode estar no corredor de acesso aos quartos ou numa zona de entrada (desde que esteja num canto protegido), para poder proteger e abençoar toda a energia que entra na nossa casa.

Poderá também estar num canto de um quarto, numa sala de apoio ou na marquise do mesmo, que foi transformada em cantinho de meditação, mas nunca na zona da cama.

No quarto, na zona onde dormimos, precisamos de uma energia simples e limpa adequada ao nosso precioso descanso. Ao carregar a nossa mesa de cabeceira com referências religiosas ou espirituais estamos a carregar essa energia e a torná-la mais ativa e vigorosa ao contrário da calma e sossego que precisamos.

Segundo as orientações do Feng Shui, as melhores orientações da casa para este espaço são: Norte que trabalha com a energia da cura, Nordeste que fomenta o recolhimento e o crescimento interior, Noroeste que nos liga à energia do céu e Sudeste que ajuda a comunicação e a sincronicidade.

Para terminar, o altar pode ter tudo o que nos fizer sentido. Posso ter um vaso com plantas vivas ou uma jarra com flores, velas, cristais, incenso, pau santo, sinos de vento, taça tibetana ou sino ou um pequeno gongo, fotografias ou imagens de quem nos inspira, mandalas, imagens religiosas, recordações, fotografias de familiares e amigos que gostamos de lembrar quando rezamos ou meditamos.

Nunca esquecer que nenhum destes exemplos devem ser obrigatórios ou proibidos.

Alexandre Saldanha da Gama é consultor de Feng Shui e autor do livro ‘Feng Shui @ Lares e Costumes Portugueses’. Estudioso de pessoas e da sua energia, criou a marca Feng Shui Integrativo através da qual orienta seminários, cursos, palestras e faz consultas de astrologia do ki das 9 estrelas. Desenvolve e acompanha in loco projetos de decoração, dá consultas de Feng Shui e faz limpezas energéticas de espaços.

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