Crónica. Feng Shui na mesa de trabalho aumenta a produtividade

Diz-me como é a tua mesa e dir-te-ei como é o teu trabalho. Este poderia ser outro título para esta crónica, porque o nosso espaço é um espelho da nossa vida.

Por Set. 24. 2019

Trabalhar algumas ou muitas horas por dia sentada a uma secretária tanto pode ser uma experiência bastante monótona de esforço como pode ser uma oportunidade de apoio, segurança, bem-estar e estabilidade, que nos ajuda a ser mais rentáveis, eficientes e eficazes no trabalho.

Onde sentar

A nossa posição de trabalho, na sala ou gabinete, deve ser escolhida de modo a estarmos sentados de frente para a zona de passagem, como um corredor ou uma porta, e nunca de costas.

Preferimos, por isso, estar de costas para uma parede e de frente para o meio da sala. Assim controlamos o movimento e evitamos a frustração e o castigo de estar de frente para uma parede fechada, e a insegurança ou vulnerabilidade de ter movimento nas costas.

A secretária

Dependendo da tarefa ou do tipo de trabalho que fazemos, a mesa não deve ser muito pequena e acanhada, pois isso mostra uma dificuldade em poder evoluir. Tão pouco deve ser grande demais, porque iria promover uma grande dispersão.

Com o material da mesa podemos ter experiências bem agradáveis se for com fibras naturais. O que não invalida a igual qualidade se a mesma tiver uns pés de metal.

Há muitas outras opções como tampos de pedra, melamina, acrílico e vidro, mas nenhuma se compara à madeira ou à cortiça.

A mesa deve ser estável e forte, de modo a criar um suporte estável e seguro. O tampo da mesa representa o chão do nosso trabalho e por isso não devemos ter uma mesa com os pés bambos.

O tipo de trabalho vai também influenciar o que podemos ou devemos utilizar. Por exemplo, um tampo de vidro transparente pode ser muito bonito e esteticamente muito leve, mas é também muito inseguro. Além disso, não fornece a devida sensação de estabilidade para um trabalho de grande responsabilidade e foco como o de um chefe, diretor ou contabilista, por exemplo. Pode, no entanto, ser bastante adequado para um artista plástico que não precisa de estabilidade mas sim de criatividade.

Qualquer espaço deve ter não só quantidade como boa qualidade de luz, para que a pessoa não se sinta em esforço e possa desempenhar as suas tarefas durante o tempo necessário
Alexandre Saldanha da Gama

A mesa deve estar sempre limpa, organizada e apenas com o que necessitamos para desempenhar as nossas tarefas.

Se necessário, podemos ter uma mesa em L. Na lateral fica o material de apoio e até alguma prateleira para processos pendentes, e o meio, ou seja, o centro da mesa, fica livre para a tarefa vigente.

Termos vários assuntos na mesa ao mesmo tempo vai criar também uma confusão ao nível da energia dos diferentes processos ou tarefas e misturar assuntos.

Esta confusão promove perdas ou fugas de informações, confusão mental entre outras faltas de controlo. Contudo, se tivermos a mesa limpa e desimpedida, podemos forcar-nos melhor na tarefa que estamos a desempenhar.

O assento

Também a cadeira ou banco onde nos sentamos vai contribuir para este bem-estar. Por isso mesmo, na maioria dos casos preferimos uma cadeira a um banco, pois as suas costas vão ajudar-nos a sentir mais proteção.

O banco pode ser mais adequado para trabalhos mais volantes e técnicos, em que a pessoa precisa de maior mobilidade.

Uma cadeira de um chefe é também normalmente maior ou mais imponente, pois mostra a posição hierárquica que é superior, e também oferece maior proteção e segurança.

Esta segurança e firmeza vai motivar e incentivar os seus colaboradores. Se houver insegurança, transmite-se aos colaboradores uma necessidade de compensar, tentando controlar a equipa de uma forma forçada e não natural, usando o poder e a arrogância.

A iluminação

A luz é um dos fatores mais importantes num espaço de trabalho. Mesmo com o uso de bons monitores e outras ferramentas de trabalho mais modernas e adequadas às nossas necessidades, nada anula a necessidade de uma mesa bem iluminada.

Qualquer espaço deve ter não só quantidade como boa qualidade de luz, para que a pessoa não se sinta em esforço e possa desempenhar as suas tarefas durante o tempo necessário.

A iluminação bem trabalhada pode também ajudar a criar zonas de foco no trabalho. Por exemplo, numa sala de reuniões poderá bastar uma boa iluminação geral em cima da mesa criando união e foco comum às várias pessoas que estão a reunir.

Já uma sala com várias mesas deve ter várias luzes independentes, cada uma focada numa mesa, para ajudar a que cada pessoa se foque apenas na sua tarefa.

Alexandre Saldanha da Gama é um conceituado consultor de Feng Shui de Portugal e da Europa, e autor do livro ‘Feng Shui @ Lares e Costumes Portugueses’. Estudioso de pessoas e da sua energia, criou a marca Feng Shui Integrativo através da qual orienta seminários, cursos, palestras, e faz consultas de astrologia do ki das 9 estrelas. Desenvolve e acompanha in loco projetos de decoração, dá consultas de Feng Shui e faz limpezas energéticas de espaços.

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