© Getty Images
Como celebrar a infância de forma minimalista

Como celebrar a infância de forma minimalista

O que têm as crianças e o minimalismo em comum? Eu diria que tudo. E porquê? Já viu seres mais focados no essencial do que as crianças? Ou mais conectadas com o momento presente, com o que está à sua volta e consigo mesmos?

Por Mai. 28. 2020

As crianças são seres minimalistas por natureza, têm mentes e corações minimalistas, conseguem viver o momento verdadeiramente e desfrutar do presente.

Além disso, é preciso muito pouco para as fazer felizes. São criativas, riem-se com facilidade, são brincalhonas, são verdadeiras e sabem o que é essencial nas suas vidas. E não, não são os brinquedos que são o essencial!

Enquanto adultos, nas suas memórias não vão ficar os mais de 1000 brinquedos que tiveram ao longo da infância, vão ficar sim os momentos de conexão com os seus pais, os momentos partilhados com as pessoas que amam, as peripécias da sua infância, as aventuras vividas, as histórias contadas e as emoções sentidas.

As crianças sabem que o essencial são as pessoas que têm na sua vida, que lhes fornecem o amor, a segurança e a certeza que não estão sozinhas. Desfrutam verdadeiramente das experiências, aventuras e momentos que vivem, privilegiando-os em detrimento dos objetos.

E se hoje em dia temos crianças exigentes, focadas nos bens materiais e totalmente desfocadas do seu essencial, a culpa é totalmente dos pais e dos adultos das suas vidas, pois são eles que as “compram” com brinquedos, gadgets, objetos, roupas de marca, presentes, lembranças e afins.

Minimalismo e crianças não são incompatíveis de todo, cabe-nos a nós, pais, ensinar, partilhar e sermos um exemplo
Cláudia Ganhão

Haverá algo que substitua a presença e a conexão com os nossos pais e com as pessoas que amamos? Haverá algo que substitua os afetos, os carinhos, os abraços, os beijos de quem amamos?

Será que os presentes, brinquedos, gadgets e afins com que entupimos as vidas dos nossos filhos irão colmatar verdadeiramente a nossa ausência física e emocional?

E mais, não estaremos também nós desviados do nosso essencial, demasiado focados em amealharmos bens materiais, passando horas a fio agarrados aos smartphones, tablets e portáteis, descurando da ligação com os seres mais importantes das nossas vidas, nós próprios e os nossos filhos?

Reflexão feita, celebremos então a infância de forma mais minimalista, focando a nossa energia no que é verdadeiramente importante e essencial e promovendo relações fortes e indestrutíveis entre pais e filhos.

7 dicas para celebrar a infância de forma minimalista

  • privilegiar as experiências;
  • menos brinquedos;
  • mais tempo offline;
  • mais tempo dedicado em exclusivo aos seus filhos;
  • ser um exemplo para os seus filhos;
  • viver momentos únicos em família;
  • criar tradições familiares.

Revelo-lhe ainda 6 motivos porque menos brinquedos beneficiam as crianças, aqui.

Minimalismo e crianças não são incompatíveis de todo, cabe-nos a nós, pais, ensinar, partilhar e sermos um exemplo, pois os miúdos estão super permeáveis a tudo o que os seus super-heróis, os pais, fazem.

Cláudia Ganhão é autora e produtora de conteúdos nas áreas do minimalismo e sustentabilidade. Depois de quase 14 anos na Indústria Farmacêutica, encontra-se num período dedicado à família e ao seu desenvolvimento pessoal. Aos poucos mudou a sua forma de estar na vida, e adotou um estilo de vida minimalista, mais simples, consciente e sustentável. Pode segui-la no Instagram e Facebook.