Sim, os nossos pensamentos limitam bastante a nossa entrada em ação. E todo o processo é desafiante, porque a verdade é que, grande parte das vezes, passamos anos seguidos a pensar e a agir da mesma forma.
Isto traz “paz de espírito” e conforto ao que fazemos no nosso dia a dia. No entanto, e como sabemos, não é no conforto que existe a nossa melhor versão.
No conforto, encontramos uma ilusão que nos sabe tão bem: eu faço/penso assim, porque sempre fiz e pensei assim! E sabe o que conseguimos desta forma? Mais do mesmo. E no lugar onde existe “mais do mesmo” não existe na nossa melhor versão.
É aqui que a mentalidade pode marcar a diferença, mas digo-lhe desde já que o treino mental dói.
Dói, porque é desconfortável e porque a sua mente vai lutar até não conseguir mais, contra a sua vontade consciente de sair da zona de conforto. Mas só dói até ser confortável. Irónico, não é?
Pense na sua mente como um músculo, quando vai ao ginásio. Pense nos seus hábitos relativos à sua melhor versão, exatamente da mesma forma. Quanto mais treino intencional lhe damos, mais fortes eles ficam.
Com isto, quero dizer que a nossa mentalidade treina-se para que consigamos ser, fazer e ter mais e melhor. Treina-se de forma consciente e com o foco nas coisas certas:
• No que queremos e não naquilo que estamos a evitar.
• No desenvolvimento de competências e não no conforto.
• No que merecemos de bom e não no “destino” da vida.
• Na nossa melhor versão e não num passado que já não volta.
Posso receber algumas críticas relativamente a esta questão do “passado que já não volta”. Eu sei que precisamos de resolver o nosso passado. Mas não precisamos de permitir constantemente que esse passado limite o nosso presente e os nossos resultados do futuro.
A mentalidade certa faz-se no presente, com foco no que queremos construir e no que precisamos de fazer para lá chegar. E, da mesma forma, faz-se com as aprendizagens do passado. E com uma gigante vontade de entrar em ação. Isto sim, cria o músculo que precisamos.