Crónica. Feng Shui no ambiente que a rodeia
Desde a origem dos tempos que o Homem se preocupa com o ambiente, quer em larga escala, quer em pequena (como é o caso da nossa casa). Alexandre Gama explica tudo sobre a influência do Feng Shui no ambiente.
Entendemos que o ambiente criado e vivido em cada lar contribui para a felicidade, equilíbrio e harmonia de quem nele vive ou circula.
A disciplina do Feng Shui, ligada ao lar ou aos espaços, aparece exatamente porque se constata na vida de cada indivíduo o contributo do ambiente que o rodeia.
Ambiente harmonioso
Uma pessoa que desfrute de um ambiente “equilibrado” encontra mais paz de espírito, mais energia para poder reagir e mais harmonia na sua vida.
E nos dias de hoje, muita informação sobre este tema está disponível: como as cores, as formas, os materiais, os acabamentos e as texturas, que contribuem para os diferentes sentimentos que podemos vivenciar em diferentes espaços.
Através do Feng Shui podemos também propor medidas, áreas, orientações solares, mais ou menos adequadas à vida e às necessidades de cada pessoa.
Procuramos e propomos a organização e a distribuição dos diferentes espaços e seu mobiliário de modo a promover o conforto e a segurança, em vez da vulnerabilidade.
Escolhemos quais os ambientes mais adequados para as diferentes funções dos espaços. O ambiente de uma cozinha será naturalmente diferente do ambiente de um quarto ou de um escritório, ou de uma casa de banho. Ambientes muito frios ou muito quentes, com muita humidade ou muito secos, muito escuros ou com luz demasiado intensa, etc…
Estamos atentos e evitamos ambientes desconfortáveis ou agressivos que nos podem provocar stresse.
Feng Shui para uma vida “equilibrada”
Para além de ter cuidado com a poluição eletromagnética, não apenas dos eletrodomésticos de uso doméstico, mas também da proximidade de cabos de alta tensão ou as antenas de telecomunicações perto das nossas casas.
Algumas destas escolhas nem sempre estão ao nosso alcance, mas podemos fugir dos locais mais agressivos e mudar os nossos hábitos pessoais.
De modo a moderar o uso de eletrodomésticos que possam ser mais agressivos em termos de poluição eletromagnética, como os telefones sem fio, os dispositivos de wi-fi, etc., podemos também promover uma vida com mais contacto com a Natureza, com passeios no campo e ou na praia.
Ou então, através da decoração da nossa casa, onde podemos apostar em plantas vivas, dispositivos de água em movimento, materiais orgânicos – o linho, o algodão, a lã, a madeira, a cortiça, a cerâmica, a pedra, o vidro, os cristais naturais – em vez de materiais sintéticos, como é o caso dos plásticos e dos acrílicos ou outros produtos demasiado industrializados que inclusivamente podem ser quimicamente tóxicos.
Ao fazer este tipo de escolhas, estamos também a deixar uma pegada ecológica menor, estamos a promover bem-estar para as pessoas e para o ambiente.
E quando falamos de ambiente devemos lembrar que a origem da palavra ecologia é a mesma da palavra economia, contudo, nos dias de hoje elas são usadas em campos muitas vezes opostos, isto porque temos a ilusão de que algo económico se distancia do ecológico e vice-versa. E chamo ilusão, pois económico é apenas o que pode ser sustentável e, como tal, o que é também ecológico.
Alexandre Saldanha da Gama é consultor de Feng Shui e autor do livro ‘Feng Shui @ Lares e Costumes Portugueses’. Estudioso de pessoas e da sua energia, criou a marca Feng Shui Integrativo através da qual orienta seminários, cursos, palestras e faz consultas de astrologia do ki das 9 estrelas. Desenvolve e acompanha in loco projetos de decoração, dá consultas de Feng Shui e faz limpezas energéticas de espaços.