Crónica. Feng Shui e as Viagens

Está a planear a sua próxima viagem? Alexandre Gama, consultor de Feng Shui, dá-lhe alguns conselhos de como pode viajar de forma tranquila. Ora veja.

Por Ago. 2. 2023

A maioria das pessoas gosta de viajar, principalmente em viagens de lazer. Ainda assim, quando fazemos viagens com outro objetivo, como por exemplo trabalho, podemos e devemos aproveitar para conhecer um novo lugar, abrir horizontes e conhecer outras realidades.

Algumas pessoas gostam de viajar sozinhas, outras não seriam capazes de o fazer. Algumas pessoas preparam todo o itinerário ao rigor e obrigam-se a cumprir o mesmo sem qualquer falha, outras pessoas preferem ir ao sabor do vento, como costumamos dizer, sem guião e decidindo a cada dia o novo passo.

Há também quem goste de viajar com o mínimo de sobrevivência, e há quem se recuse a ir se não houver luxo associado à experiência. Há quem se dedique ao prazer e a experiências glamourosas que não se autoriza quando está na sua casa e há quem prefira seguir uma viagem mais simples mas muito rica em Natureza ou em contacto humano.

Saliento também que muito do desconforto que surge numa viagem é espelho de esforço emocional, de mudanças energéticas e de limpeza do próprio corpo ao soltar-se das tensões do dia a dia
Alexandre Gama, consultor de Feng Shui

As viagens e o Feng Shui

Como podemos ver as viagens são um tema muito diverso e colorido.

Se há uns 30 anos se viajava de avião por necessidade e havia poucos que o faziam regularmente para ir ali passar uma semana ao outro lado do mundo, nos dias de hoje é frequente circular com alguma regularidade pelo mundo.

Podemos dizer que houve uma universalização ou uma massificação da indústria das viagens.

O que nos poderá parecer muito bem se olharmos para isso como um símbolo de uma sociedade mais evoluída. Mas podemos estar a vulnerabilizar a nossa saúde sem nos darmos conta.

O impacto na saúde

Segundo o Feng Shui não devemos nunca esquecer que nós Seres Humanos, somos organismos biológicos como todos os outros animais e que, por isso, acima de tudo precisamos de respeitar a nossa natureza, a do nosso corpo e a do planeta.

Como animais que somos fomos criados para viajar a pé. Quero com isto dizer que se o excesso de tráfego, seja ele aéreo seja ele terrestre utilizando veículos motorizados, pode desgastar e desequilibrar o planeta, e também o nosso corpo sofre bastante com isto.

Todos conhecemos as ressacas do jet-lag (não são apenas por causa da diferença horária). Para recuperar demoramos cerca de um dia por cada hora de diferença horária.

Todos corremos riscos de ficar mais vulneráveis ou mesmo doentes durante as viagens. A questão é normalmente mais acentuada quando a energia das pessoas e do local se distanciam das caraterísticas energéticas da nossa casa.

Todos sentimos que precisamos de uns dias até nos sentirmos melhor num lugar muito diferente do que estamos habituados na nossa casa.

Sempre que viajamos ou mudamos de casa demoramos cerca de 21 a 28 dias para nos libertarmos da energia do espaço anterior e depois precisamos de cerca de três a quatro meses para enraizar a energia no novo lugar.

Saliento também que muito do desconforto que surge numa viagem é espelho de esforço emocional, de mudanças energéticas e de limpeza do próprio corpo ao soltar-se das tensões do dia a dia.

Por isso mesmo proponho aqui algumas recomendações para minimizar esta situação:

Prefira sempre viagens em veículos de menor velocidade como carro ou comboio em vez de avião. Desta forma a transição é mais suave;

Se o ambiente do lugar que vai conhecer for muito diferente do que está habituado, deve fazer um bom planeamento, aconselhar-se com alguém que já tenha experiência desse novo ambiente, pode até estudar um pouco sobre os costumes dos habitantes;

Recomendo que cerca de três a quatro semanas antes da viagem retire ao máximo os açúcares e as farinhas refinadas da sua dieta e possa ao mesmo introduzir alimentos usados no local de destino;

Durante a viagem deve estar sempre bem hidratado e evite álcool e lacticínios;

Desta forma vamos preparando o nosso corpo para a nova energia e tudo correrá pelo melhor.

Conclusões

Vejamos então a viagem como uma oportunidade de conhecer e ter contacto com outras formas de estar, com outras realidades. Pode ser também uma forma de aprender algo novo, de abrir horizontes, de socializar e de se divertir.

A viagem permite-nos olhar para a nossa casa e nossa vida a partir de fora e isso pode ser uma ótima oportunidade para tomar algumas decisões sobre a nossa vida.

A viagem pode ser uma experiência tão intensa que no caso de viajarmos acompanhados, podem acontecer duas situações. Ou criamos laços profundos com quem nos acompanhou, e passamos a estar muito mais vezes juntos, ou não queremos repetir mais nenhuma experiência com essa pessoa.

Para terminar deixo uma sugestão: evite trazer um saco cheio de souvenirs. Escolha apenas uma peça simbólica para si ou para a sua casa e utilize o resto do dinheiro em experiências vividas. Uma boa refeição, um passeio, um espetáculo, …

Alexandre Saldanha da Gama é consultor de Feng Shui e autor do livro ‘Feng Shui @ Lares e Costumes Portugueses’. Estudioso de pessoas e da sua energia, criou a marca Feng Shui Integrativo através da qual orienta seminários, cursos, palestras e faz consultas de astrologia do ki das 9 estrelas. Desenvolve e acompanha in loco projetos de decoração, dá consultas de Feng Shui e faz limpezas energéticas de espaços.

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