Diversos estudos apontam para a existência de uma grande conexão entre o que é comummente considerado como a “beleza” de uma pessoa, com toda a subjetividade que este conceito pode abranger, quer seja ela exterior e/ou interior, e a nossa respiração, o estado da nossa mente e o nosso estilo de vida (alimentação, horas de sono, atividade física e contacto com a Natureza). Uma coisa é certa: a autoconfiança e a beleza estão fortemente associadas, influenciando-se, indubitavelmente, uma à outra.
A nossa pele reflete, frequentemente, o nosso estado emocional mais profundo. O nosso rosto pode mudar de cor quando se verificam desequilíbrios: fica rosado quando envergonhado, branco com o susto, cinza ou verde com a má disposição.
A tez de pele pode parecer mais pálida, seca, envelhecida ou luminosa, consoante a nossa predisposição, nos momentos mais conturbados das nossas vidas. O estado e o aspeto da nossa pele têm um impacto na perceção que temos sobre nós próprios, influenciando, por sua vez, o nosso estado emocional.
Hoje em dia, procura-se avidamente ressaltar a beleza com todo o tipo de artifícios mas, segundo os sábios orientais, o verdeiro “embelezador” está dentro de nós: é a harmonia entre a nossa mente e o nosso corpo. Quando se encontra essa harmonia, tudo em nós fica mais equilibrado.
Muitas celebridades afirmam que não há nada como o yoga e a meditação, quando se trata da promoção do seu bem-estar. O Instagram está cheio de celebridades em posturas de yoga, confirmando publicamente que esta beleza interior é algo que se deve cultivar.
É claro que a beleza exterior pode ser vista como uma dádiva, mas também é tida, muitas vezes, como sendo reflexo da beleza interior, uma vez que se afirma que a verdadeira beleza é um fenómeno de “dentro para fora”.
Nem toda a maquilhagem pode torná-la mais resplandecente se não fizer a sua parte, e tanto o yoga como a meditação podem ser portas de entrada para este “centro de estética” interior.
A beleza interior – este equilíbrio desejável entre a mente e o corpo – não é um facto adquirido, devendo ser desenvolvido e consolidado com o tempo (e não só aparecer nas fotos do Instagram), independentemente da idade, localização geográfica ou condição social.
Sendo o yoga e a meditação ferramentas poderosas e maleáveis, poderão ser incorporadas na sua vida de forma adaptada, conforme as suas especificidades e condicionantes pessoais (personalidade e fisiologia).
Um dos objetivos das práticas de yoga e meditação é ajudá-la a equilibrar a sua personalidade, ao harmonizar o seu lado racional com o seu lado mais emocional: ao fazê-lo, este seu equilíbrio interior poderá, então, ser sentido e/ou visto por fora.
As práticas vão ajudá-la a equilibrar a sua personalidade (como é vista por fora) em consonância com o seu Eu verdadeiro, o seu Eu interior (a pessoa que é, verdadeiramente, por dentro).
Para promover a beleza externa tem de “vestir coisas”; para encontrar a sua verdadeira beleza tem que largar todas estas coisas; para promover a sua beleza externa pode utilizar maquilhagem; para encontrar a sua verdadeira beleza só precisa de perceber que a maquilhagem não altera a pessoa que é por dentro.
O objetivo do yoga não é, claramente, o alcance da beleza física, mas sim o de experienciar a felicidade interior. Esta felicidade irá brilhar através dos seus olhos, das suas expressões, da sua atitude para com os outros: é o que a tornará verdadeiramente atraente.
Uma pessoa infeliz raramente é tão atraente quanto uma pessoa feliz e vibrante. Faça o seu trabalho interior para oferecer ao mundo a sua melhor versão. Seja mais resplandecente e segura de si: pratique yoga e meditação.
Jean-Pierre de Oliveira é professor de yoga, autor e um earth activist. A sua inspiradora abordagem ao yoga adapta esta sabedoria antiga à vida dos ioguis modernos como um estilo de vida além das aulas. É conhecido pelo seu estilo genuíno de ensino e instrução técnica profissional reconhecida que o tem levado a participar em diversos eventos.