Zoa, Charly, Aldo, Africa e Ibón têm uma coisa em comum: um passado difícil. Todos criados num seio familiar disfuncional, procuram desesperadamente por um escape da realidade em que vivem.
Numa certa noite, Zoa é a primeira a receber a mensagem: “És feliz?”. Do outro lado não se sabe quem procura a resposta. Contudo, um simples “não sei” é suficiente para receber um convite para uma festa secreta.
Usando como pretexto uma campanha de marketing para promover a bebida Eden Blue, diversos jovens foram chamados para estarem presentes no lançamento da bebida.
Com vontade de fugir aos problemas, nem que fosse só por uma noite, Zoa aceita o desafio e assina um contrato, em que promete não trazer acompanhantes consigo. No entanto, Judith (a melhor amiga de Zoa) consegue persuadi-la a levá-la consigo, e então ambas partem para uma nova aventura: uma festa numa ilha remota.
A chegada ao paraíso demora e é estritamente controlada, sem possibilidade de comunicar com alguém de fora. Como seria de esperar, a ilha esconde segredos e, numa tentativa de procurar a amiga, Judith dá de caras com um acontecimento estranho: um dos empregados do bar a ser sufocado num barril de água.
Para além de um passado e presente difíceis, os cinco protagonistas apresentam algo mais em comum: todos foram escolhidos a dedo por Astrid para serem os únicos a experimentar a nova bebida, que se encontrava alterada apenas para eles.
Na manhã seguinte, a noite é relembrada por entre memórias fragmentadas. Confusos e perdidos, os cinco protagonistas vão ser guiados até Astrid, que os irá convidar a permanecer em Éden por umas noites.
O que podemos esperar?
Bem-vindos ao Éden é a nova aposta espanhola da Netflix. Diferente das últimas séries que nos têm trazido, trata-se de uma espécie de thriller psicológico com uma pitada de ficção científica que explora a vida no mundo atual e a necessidade de escapar a um dia a dia marcado por consumismo e tragédias.
“Para eles, vocês são apenas peões sem rosto e sem voz. Eles morrerão ricos, e tu herdarás um planeta destruído pela sua ganância”, ouve-se Astrid dizer, a personagem interpretada pela atriz Amaia Salamanca. Numa analogia com o mundo real, a série procura mostrar a importância de olharmos cada vez mais para o meio ambiente que nos rodeia e de percebermos o que o capitalismo está a fazer ao planeta e à sociedade.
Ao longo dos episódios, irá notar que a série se trata também de um jogo de emoções. Muitas personagens acabam por se sentirem tentadas a ficar na ilha pelo simples facto de encontrarem alguém com quem começam a construir uma relação amorosa, outras personagens começam a questionar o seu futuro.
No fundo, qual será o verdadeiro significado de paraíso? Aquele lugar que sempre imaginámos ou um novo ao qual podemos chamar de casa? Uma nova família, talvez.
Bem-vindos ao Éden vai faze-la sentir diversas emoções, mas conforto não será uma delas. Com ação e mistério, e também uma dose de crítica social a adicionar à mistura, é possível que fique agarrada ao ecrã, sempre na ânsia de compreender como a falta de atenção e de amor podem mudar o rumo de uma pessoa.
Os oito episódios, com cerca de 40 minutos cada, já estão disponíveis na Netflix. Sabe-se ainda que terá uma segunda temporada, confirmada pela plataforma de streaming.