8 bibliotecas de Lisboa para devorar livros e conhecimento
São sempre sinónimos de livros sem fim e com a vantagem de terem exemplares de todos os estilos literários, ou seja, para todos os gostos e idades. As bibliotecas de Lisboa são espaços culturais privilegiados que vale a pena visitar e usar.
Para quem gosta de ler e é ávido de conhecimento, as bibliotecas são um autêntico paraíso. No meio das suas coleções, é fácil encontrar obras que procuramos, ou aquelas que nos agarram quando lemos as contracapas ou os lemos as primeiras páginas, mas são também espaço privilegiado para estudar e investigar. E, por mais que a Internet nos traga tudo através de um ecrã, o prazer de folhear um livro e de sentir o seu cheiro é insubstituível.
Além disso, muitas delas abrem portas a outras vertentes da cultura, isto é, são espaços vivos que nos dão mundo.
Conheça oito das que existem em Lisboa.
Bibliotecas de Lisboa a visitar
Biblioteca de Alcântara
É a mais recente biblioteca de Lisboa. Desde outubro de 2020, dá vida ao antigo Palacete dos Condes de Burnay construído em finais do séc. XIX, que também já foi a Escola Comercial Ferreira Borges.
A Biblioteca de Alcântara tem salas de leitura, uma sala multiusos, um espaço para o público infantojuvenil, uma cafetaria, uma galeria e um jardim. Além da leitura e da consulta de livros e acesso à Internet, nesta biblioteca é possível assistir a espetáculos, sessões de cinema, workshops e debates. É casa do Teatro Comunitário e do Coro Infantil/Juvenil.
Até 26 de junho, é possível ver a exposição Babel, que reúne trabalhos inéditos de artistas como Diogo Henrique, Hugo Bernardo, Madalena Anjos, João Motta Guedes, Madalena Caramelo, José Sottomayor e Joana Aparício Tejo.
Onde: R. José Dias Coelho, 27-29, Lisboa.
Quando: De terça a sexta-feira, das 10h às 13h e das 14h às 18h; ao sábado está aberta nos dias 12 e 26 de junho e 10 de julho e às segundas, dias 14 e 28 de junho e 12 de julho.
Biblioteca de Belém
Localizada no Palácio do Marquês de Angeja desde 1965, um edifício do séc. XVIII, a Biblioteca de Belém tem salas de leitura com vista para o Tejo. Além disso, é casa do CCC, Café da Associação Corações com Coroa, fundada pela apresentadora Catarina Furtado.
A coleção especializada Ana de Castro Osório, com mais de 1700 títulos dedicados aos movimentos feministas e a questões de género é um dos seus chamarizes. Tem ainda a particularidade de permitir a entrada de cães e, no dia 11 de junho, vai comemorar o 56.º aniversário com um dia cheio de iniciativas, entre as quais visitas guiadas.
Onde: R. da Junqueira, 295/7, Lisboa.
Quando: De terça a sexta-feira, das 10h às 13h e das 14h às 16h; Nos dias 5 e 19 de junho e 3 de julho, estará aberta ao sábado, e nos, dias 7 e 21 de junho e 5 e 12 de julho, o mesmo acontece à segunda-feira.
Biblioteca Espaço Cultural Cinema Europa
Depois de ter estado fechado durante um período longo, o edifício do antigo Cinema Europa, que está ligado à sétima arte desde a sua criação, foi reconvertido, em 2017, numa biblioteca que é também um centro cultural.
Tem a particularidade de ser a primeira biblioteca pública Europe Direct Center em Lisboa, com um programa de informação e atividades sobre a União Europeia. Tem uma sala de leitura, uma sala infantil, um auditório e um espaço de exposições.
Onde: Rua Francisco Metrass, 28 D, Lisboa.
Quando: segunda, quarta e sexta-feira, das 14h às 18h: terça, quinta e sábado, das 10h às 14h
Hemeroteca Municipal de Lisboa
Palavra de origem grega, hemeroteca significa uma coleção de publicações do dia, ou seja, de publicações periódicas. Posto isto, não é de estranhar que a Hemeroteca Municipal seja um arquivo relevante da história quotidiana de Portugal dos últimos três séculos.
Disponibiliza mais de 20 mil jornais e revistas, ou seja, é o paraíso para quem gosta de meios de comunicação em papel. O seu jornal mais antigo é um número da Gazeta de Lisboa, de agosto de 1715. Há 15 anos foi lançada a Hemeroteca Digital.
Onde: R. Lúcio de Azevedo, 21 B, Lisboa.
Quando: De segunda a sexta-feira, das 10h às 12h30 e das 13h30 às 16h. Estará aberta ao sábado, nos dias 19 de junho e 3 de julho.
Biblioteca – Quiosque do Jardim da Estrela
É a biblioteca mais pequena de Lisboa e remete-nos para outros tempos, nos quais os jardins da capital portuguesa eram palco privilegiado de bibliotecas. Está localizada num dos jardins mais bonitos da cidade, o da Estrela, que é um espaço que convida à leitura em qualquer altura do ano.
Onde: Jardim da Estrela, Lisboa
Quando: De segunda a sexta-feira, das 14h às 18h.
Biblioteca Palácio Galveias
A sua casa é um palácio do século VXII e só isso já lhe dá uma atmosfera especial. O Palácio Galveias foi escolhido pela Câmara Municipal de Lisboa para instalar o Arquivo, Biblioteca e Museu Municipais em 1931 e desde aí nunca mais deixou de estar associada aos livros. Foi aqui que José Saramago, o nosso único Prémio Nobel da Literatura, desenvolveu o gosto pela leitura.
Até 30 de setembro, é também palco da exposição O dia em que a casa foi abaixo, que, como o nome indica, é sobre as consequências do terramoto de 1755.
Onde: Campo Pequeno, Lisboa.
Quando: De segunda a sexta-feira, das 10h às 13h30 e das 15h às 19h.
Biblioteca Municipal de São Lázaro
Tendo sido criada em 1883, ostenta o título de biblioteca mais antiga da cidade e o seu Salão Nobre é um testemunho dessa sua longevidade com as suas estantes de madeiras nobres, a escada em caracol de bambu, e um candelabro central.
Os seus cursos de iniciação à língua portuguesa também são conhecidos, até porque a Biblioteca de São Lázaro está inserida na freguesia de Arroios, uma das mais multiculturais de Lisboa.
Onde: R. do Saco, 1, Lisboa.
Quando: De segunda a sábado, das 11h às 13h e das 14h às 19h.
Biblioteca Nacional
Situada num imponente edifício do arquiteto Porfírio Pardal Monteiro, em pleno Campo Grande, tem o maior acervo bibliográfico de Portugal e é a maior biblioteca do país. Além dos muitos livros e outros documentos, a Biblioteca Nacional recebe muitas iniciativas culturais.
Atualmente, é possível visitar a exposição Velocidade de Cruzeiro, que estará patente até 27 de agosto e reúne 144 obras de Cruzeiro Seixas, o nome grande do surrealismo português.
Onde: Campo Grande, 83, Lisboa.
Quando: De segunda a sexta-feira, das 9h30 às 19h30; sábado, das 9h30 às 17h30.