Book Club: os livros que a redação quer ler em julho

Não resisto a um romance, por mais cliché que seja. E, ultimamente, é o tipo de livros que me tem feito passar horas e horas e horas no sofá, a virar páginas sem fim, a apaixonar-me pelas personagens e as suas histórias. Neste título de Rainbow Rowell, os protagonistas são Shiloh e Cary, dois amigos que sempre acreditaram ser apenas isso: amigos. Porém, a vida leva-os por caminhos diferentes e apenas mais tarde percebem que, afinal, sempre gostaram um do outro.

Quando a escrita faz parte do dia a dia, é fácil cair na rotina e deixar que determinadas expressões ou estruturas frásicas se apoderem de nós, mesmo sem nos apercebermos disso. Ler – livros, reportagens, cartas, os folhetos informativos dos medicamentos ou qualquer outro texto – é uma boa arma para lutar contra essa realidade. Mas nem sempre é suficiente. Sabendo-o, Miguel Esteves Cardoso construiu um guia para quem se dedica (ou quer dedicar) a esta arte, revelando técnicas e conselhos para melhorar as suas capacidades.

Há quem se atire de aviões para sentir a adrenalina a correr nas veias, mas eu prefiro fazê-lo com um bom thriller – super radical, bem sei. Like Mother, Like Daughter é uma procura por respostas e a constatação de que nem sempre conhecemos verdadeiramente as pessoas de quem gostamos.

Há muitos motivos para ler Mario Vargas Llosa, mas sabendo que este é derradeiro romance, como o próprio anunciou, a vontade é ainda maior. A isto acrescenta-se o facto de Dedico-lhe o Meu Silêncio ser sobre o poder redentor da música e da sua beleza e o sonho de unir um país pela música. Nas livrarias a 4 de julho.

Ryūnosuke Akutagawa é considerado o pai do conto japonês, isso por si só já é uma boa desculpa para ler Rashōmon e Outras Histórias, que mostra o espírito de mudança no Japão do início do século passado. Contos satíricos, inventivos, grotescos e majestosos que mergulham nas profundezas da natureza humana é assim que o livro é apresentado. Nas livrarias a 8 de julho.

Tema tão atual e a precisar de uma discussão mais efetiva, a igualdade de género ainda está longe de acontecer e este livro prova isso mesmo. Claudia Goldin, Prémio Nobel da Economia em 2023 mostra como evoluiu o longo combate das mulheres pela redução da diferença salarial com base no género e lança novas luzes para a luta pela equidade, Até porque como a autora Carreira e Família – A Longa Caminhada das Mulheres para a Equidade diz as respostas até agora apresentadas para a disparidade salarial não são suficientes. O livro é publicado a 4 de julho.

O que é que acontece quando tudo o que conseguimos alcançar na vida cai por terra? Foi isso que aconteceu a Grace Adams, a protagonista desta obra, que sente que a sua vida estagnou. Com um casamento falhado e uma má relação com a filha adolescente, será que Grace Adams conseguirá recuperar a vida com que sempre sonhou?

Adoro séries policiais e cheias de mistério, mas nunca me senti tentada a ler este género literário… até agora. N’O Mordomo, acompanhamos a história de Hector Harrow, o mordomo do Hotel Cavengreen que foi acusado de homicídio, enquanto este tenta provar a sua inocência e encontrar o verdadeiro criminoso. Dá-me vibes de Agatha Christie, o que para mim é razão suficiente (porque não seria?) para lhe dar uma chance.