Book Club: os livros que a redação quer ler em outubro

A história e vida de quem foi forçado a regressar a Portugal, vindo das ex-colónias, após o 25 de abril, deixa-me sempre curiosa. Neste livro, a escritora dá voz a mais de duas dezenas de experiências e relatos de quem retornou a casa, misturando-os com a análise histórica, política e social da época.

Este livro não é novo, mas a notícia de que o autor foi distinguido com o Nobel da Literatura é. Por isso mesmo, um título de Jon Fosse teria de fazer parte da lista de obras a ler este mês. Este, em particular, é descrito como “um romance sobre o maravilhoso sonho que é viver e a aceitação do ciclo natural das coisas”.

Quem me conhece bem, já ouviu esta frase sair da minha boca mais vezes do que gostava de admitir. Portanto, ao lê-la, identifiquei-me imediatamente com o que poderia encontrar entre as páginas, ainda que, depois de ler a sinopse, tenha percebido que é muito diferente da minha vida. Afinal, Maggie, a protagonista, tem 29 anos, acabou de se divorciar (ao fim de 608 dias de casamento), está sozinha pela primeira vez na vida, não consegue pagar a renda da casa e o seu doutoramento está parado há meses.

“Se este não é o romance mais comovente do ano…”: assim é apresentada a história, um “retrato cru do amor”. Autumn e Finn, cujas mães são melhores amigas, vivem perto um do outro e, por isso, tornaram-se, ao longo do tempo, inseparáveis. No entanto, quando chegam ao secundário, esta amizade esmorece, mas a pergunta “se ele estivesse comigo?” mantém-se.

Outubro já chegou e para todos os amantes de crime e terror (eu incluída), esta é a melhor altura do ano. Por isso, não podia deixar de incluir um livro de suspense na minha lista deste mês. Este conta a história de seis amigos que ficam parados no meio do nada depois de uma avaria de automóvel. Um deles guarda um segredo profundo pelo qual um atirador que os persegue está disposto a matar. Apenas uma coisa é certa: nem todos vão sobreviver.

Ainda no tema do terror, esta obra narra uma história repleta de reviravoltas. Em Chelsea, Londres, uma bebé é encontrada num berço, sem fome e bem tratada. No entanto, na cozinha da casa onde se encontra, estão três cadáveres mortos há dias. Mas, então, quem tem cuidado da criança? 25 anos mais tarde, a mesma descobre quem são os seus pais biológicos e que é herdeira de uma mansão abandonada, precisamente em Chelsea. Irá a sua vida mudar drasticamente?

Dá para perceber que adoro histórias japonesas? Este mês, as minhas mãos vão estar ocupadas com este livro que narra as aventuras repletas de enigmas e mistério de duas personagens, Kafta Tamura e Nakata. O primeiro fugiu de casa aos 15 anos; o segundo nunca recuperou de um acidente. A melhor parte? Neste romance, os gatos falam com pessoas, do céu cai peixe e a floresta abriga soldados que não sabem o que é envelhecer desde os dias da Segunda Guerra Mundial.

A pandemia já acabou mas, nesta obra, ainda é bem real. Esta conta uma história que decorre em 1901, quando o navio real Aziziye se aproxima da ilha Mingheria, do Império Otomano em decadência. Uma catástrofe está prestes a acontecer, e muitos dos habitantes não irão sobreviver – no entanto, a culpa não é apenas da peste.