7 clássicos incontornáveis da literatura portuguesa

O poema épico escrito por Luís Vaz de Camões transporta-nos para a viagem de Vasco da Gama para a Índia, mas também para grande parte da história de Portugal e dos seus mitos. O livro Os Lusíadas está dividido em cantos e celebra a pátria, mas também a critica como até então não tinha sido feito.

Nesta grande obra de Fernando Pessoa, podemos sentir Lisboa e o próprio autor, aqui pelas palavras de Bernardo Soares, a quem o próprio Pessoa chamava semi-heterónimo.

O Livro do Desassossego foi publicado quase meio-século depois da morte do escritor e os vários textos que o compõem variam entre a prosa poética, a narrativa e até a intimidade de um diário. A genialidade de Fernando Pessoa está bem espelhada neste livro.

É uma das grandes obras de Eça de Queiroz, o nome mais marcante do realismo literário português, e nela encontramos três gerações da família Maia, embora o enredo se centre na última e no amor incestuoso entre Carlos da Maia e Maria Eduarda, em finais do século XIX.

Mas n’Os Maias, há também bem explicita uma crítica ao estado do País e ao seu atraso face a outros países, quer a nível político quer cultural.

É considerado o primeiro livro de literatura de viagens português. Foi escrito no século XVI e Fernão Mendes Pinto mistura a realidade com a ficção e leva-nos até ao Oriente, por onde o próprio andou durante 21 anos.

Em Peregrinação, tudo gira em volta da presença dos portugueses em países como a Índia, Japão, China, Tailândia, entre outros, e aos usos e costumes que ali encontraram. Mas o escritor não se coíbe também de criticar alguns episódios menos dos descobrimentos.

Uma viagem entre Lisboa e Santarém descrita pelas palavras de Almeida Garret não poderia ser uma simples viagem, tinha de ser muito mais do que isso num País em plena guerra civil, daí que neste livro tenhamos, por vezes, uma linguagem jornalística e, noutras, uma narrativa dramática polvilhada com personagens interessantes.

Em Viagens na Minha Terra, encontramos Joaninha, a menina dos rouxinóis que simboliza a pureza, Carlos, o primo que é uma espécie de herói romântico e o seu amor, a sofredora avó Francisca e Frei Dinis, que vive entre o bem e o mal. Almeida Garret fez nestas páginas uma reflexão sobre o País e o livro, publicado em 1846, é um exemplo claro do romantismo da nossa literatura.

É uma das histórias de amor marcantes da nossa literatura, Camilo Castelo Branco, que também viveu um amor impossível com uma mulher casada, escreveu-a quando esteve preso por adultério.

Amor de Perdição tem como protagonistas Simão e Teresa, filhos de famílias inimigas de Viseu que se apaixonam, sendo, por esse motivo, impedidos de viver o seu trágico e condenado amor. Há uma crítica social muito forte nesta obra.

Publicado em 1887, este livro é um retrato da vida rural portuguesa da altura, que até então pouco tinha sido contada pelos escritores.

Júlio Dinis inspirou-se no que ouvia quando passou a viver em Ovar e tudo gira em volta de um drama de amor entre Margarida, Clara, Pedro e Daniel. Elas são duas irmãs órfãs adotada pelo reitor e eles os filhos do lavrador José das Dornas. As Pupilas do Senhor Reitor são também uma crítica ao moralismo e hipocrisia vigente naquele período.