11 filmes brasileiros que não pode perder

Quando se fala de cinema brasileiro, Cidade de Deus é um dos filmes incontornáveis. Nele, observamos a violência instituída na favela carioca com o nome da película pelo olhar de Buscapé, um jovem sensível que por ali mora e que tem assente na sua cabeça que não quer ser bandido.

Para fugir ao seu destino e para realizar o seu sonho de ser fotógrafo, Buscapé começa a fotografar a guerra que se instalou na favela. Os atores forma escolhidos pelo próprio Fernando Meirelles entre os habitantes da Cidade de Deus. Foi nomeado para cinco Óscares.

Eurídice e Guida são irmãs e inseparáveis, embora tenham uma personalidade muito diferente. Filhas de pais portugueses muito tradicionais, vivem sob o autoritarismo paterno, o que leva a extrovertida Guida a fugir com um namorado para a Europa.

Quando essa relação termina, ela tenta regressar a casa, mas o pai não deixa. Tanto ela como a irmã sonham com um reencontro e pensam sobre o que cada uma fez da sua vida. A Vida Invisível foi realizado por Karim Aïnouz e venceu o prémio Un Certain Regard, em Cannes.

Um grupo de amigos encontram-se numa casa de campo e resolvem escrever cartas dirigidas aos próprios e enterrá-las para as lerem 10 anos depois. Mas o dia feliz acaba por ser marcado pela trágica morte de um deles num acidente.

Uma década depois, voltam a encontrar-se para ler as cartas e Rafa, o amigo morto, será um dos protagonistas apesar da ausência física. Esse reencontro vai fazer com que tenham saudades do que já foram, que paixões se reavivem e que mentiras sejam ou não desvendadas… Entre Nós é um filme de Paulo e Pedro Morelli.

Dois filmes de José Padilha, que nos transportam para o seio de um batalhão da polícia do Rio de Janeiro que atua no Morro do Turano e vive envolto em corrupção.

No primeiro, Nascimento, capitão da Tropa de Elite, tenta encontrar um substituto para o seu posto. O filme ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim, em 2008. No segundo, Nascimento é promovido a comandante-geral do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e subsecretário dos Serviços Secretos do Brasil e luta contra o narcotráfico.

Tendo como cenário os subúrbios de Recife, Amarelo Manga é um filme cru que nos dá a conhecer várias histórias das quais sobressaem personagens ímpares: um cortador de carne que é casado com uma mulher muito religiosa e tem uma amante; um necrófilo que adora dar tiros em cadáveres e se apaixona pela dona de um bar, que passa os dias a ansiar pela noite para conseguir suportar os dias no bar; e um empregado de um hotel que faz tudo e se apaixona pelo cortador de carnes.

No Festival de Brasília, este filme ganhou o de Melhor Filme.

Aos 38 anos, Rosa perde o emprego, mantém um casamento pouco satisfatório, tem que lidar com a pré-adolescência da filha e com a mãe com quem tem uma relação conflituosa. Como os Nossos Pais, de Laís Bodanzky, é um retrato de muitas famílias, não só brasileiras mas do mundo.

O filme de Anna Muylaert mostra perfeitamente a diferença de classes no Brasil e recebeu o Prémio do Júri no Festival de Cinema de Sundance. Que Horas Ela Volta? conta-nos a história de Val, pernambucana que há 13 anos é empregada doméstica numa casa em São Paulo, onde cuida de Fabinho, o filho dos patrões.

Enquanto isso, a sua filha cresce com os avós, mas quando chega a altura de ir para a Universidade vai para São Paulo e é recebida de braços abertos pelos patrões da mãe, mas as coisas não correm como o esperado.

O filme de Kleber Mendonça Filho com Sónia Braga como protagonista, dá-nos a conhecer Clara, ex-jornalista e viúva que vive no edifício Aquarius, em Recife. Ameaçada pela empresa construtora para vender o seu apartamento para que ali possa nascer um prédio mais moderno, resolve retaliar, porque, acima de tudo, é naquele lugar que estão todas as suas memórias.

Um pai autoritário faz com que um dos filhos, André, saia de casa. A mãe que não consegue ultrapassar essa perda, pede ao filho mais velho, Pedro, que o convença a voltar e isso acontece alguns anos mais tarde. André volta, mas apaixona-se pela irmã, Ana. Lavoura Arcaica foi realizado por Luiz Fernando Carvalho, que adaptou o livro com o mesmo nome de Raduan Nassar

Entre a ficção e o documentário, Eduardo Coutinho realizou Jogo de Cena e juntou Fernanda Torres, Marília Pêra, Andréa Beltrão para contarem as histórias de mulheres anónimas que foram selecionadas, depois de terem respondido a um anúncio do jornal e que também surgem no filme. Nunca se percebe bem onde começa a ficção e acaba a realidade.