Cultura

Gambito de Dama: a série de sucesso que junta xadrez, feminismo e muito mais

Tem estado no top de séries mais vista do serviço da Netflix e nós fomos perceber o porquê. Gambito de Dama mistura vários temas em apenas sete episódios e o resultado é bonito de se ver.

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Gambito de Dama: a série de sucesso que junta xadrez, feminismo e muito mais Gambito de Dama: a série de sucesso que junta xadrez, feminismo e muito mais
© IMDB
Marta Chaves
Escrito por
Nov. 10, 2020

Se costuma estar a par das séries mais vistas, então já deve ter reparado que o título Gambito de Dama ocupa um dos primeiros lugares do pódio nos últimos tempos. E porquê? Esta é uma série com história, momentos tensos, uma personagem principal difícil de se ficar indiferente e com um tema que, à partida, poderá não parecer aliciante, mas que se torna interessante assim que o primeiro jogo acontece. Falamos de xadrez.

Elizabeth Harmon é apenas uma criança quando perde a mãe num acidente de carro. Vai para um orfanato de raparigas e é na cave que começa a jogar xadrez com Mr. Shaibel, o empregado da instituição.

Rapidamente se percebe que Beth tem um talento fora do comum para este jogo, impulsionado por uns pequenos comprimidos verdes dados pelo próprio orfanato para manter as alunas calmas e bem-comportadas.

Com estes comprimidos tranquilizantes, Beth consegue fazer jogadas mentais de xadrez repetidamente e melhorar o seu desempenho. No entanto, tudo muda, e para melhor, quando a jovem aos 13 anos é adotada por uma família no seu próprio estado, Kentucky.

Ao aperceber-se que a filha adotiva é um prodígio do xadrez, a mãe, Alma Wheatley, começa a acompanhá-la em inúmeros torneios pelos Estados Unidos da América e, em cada um deles, Beth comprova ser uma das promessas do futuro deste jogo.

Sendo que a narrativa tem lugar nos anos 50, a protagonista enfrenta um mundo machista, onde é raro ver mulheres neste tipo de competições, e onde aprende, aos poucos, a jogar com a condescendência por parte dos seus colegas e com o facto de ser constantemente subestimada.

À medida que vai enfrentando os maiores nomes do xadrez nos Estados Unidos (como Harry Beltik e Benny Watts), a jovem vai ganhando reputação e começa a ser chamada para competições internacionais. O objetivo é apenas um: tornar-se campeã mundial desta modalidade.

A história é uma adaptação da obra de Walter Tevis, de 1983, e é fictícia. A atriz Anya Taylor-Joy (participou na série em Peaky Blinders, em 2013, no filme Fragmentado, em 2016, e em Os Novos Mutantes, em 2020) dá vida a Beth Harmon, a menina-mulher introvertida, insegura em relação à sua aparência, que lida com um passado traumático, mas que se sente a dona do mundo quando tem um tabuleiro de xadrez à frente.

Desde o fabuloso guarda-roupa, à fotografia, passando pelos momentos de ansiedade das competição, Gambito de Dama consegue pôr qualquer pessoa agarrada ao ecrã, mesmo que perceba absolutamente nada de xadrez.

A série pontuada com 8.8 no IMDB deve ser acrescentada à sua lista o quanto antes.

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