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10 livros para celebrar a língua Portuguesa

10 livros para celebrar a língua Portuguesa

Na semana em que se celebrou pela primeira vez o Dia Mundial da Língua Portuguesa, sugerimos alguns livros que nos mostram a riqueza da nossa língua. São dez, mas podiam ser muitos mais, dos mesmos e de outros autores.

Por Mai. 7. 2020

Uma língua, várias latitudes. É desta forma que podemos caracterizar a língua portuguesa, cujo primeiro dia mundial se celebrou no dia 5 de maio, e à riqueza geográfica juntam-se vários sotaques que a tornam tão variada e dão origem à lusofonia.

O português é a quinta língua mais falado do mundo e a primeira no hemisfério sul, e esta é só mais uma razão para ser celebrada.

Sugerimos-lhe dez livros que poderiam ser muitos mais, destes e de outros escritores. Boas leituras!

10 livros que celebram a língua Portuguesa

  • A Desumanização, Valter Hugo Mãe

    A Desumanização, Valter Hugo Mãe

    Porto Editora

    16,60

    A Desumanização transporta-nos para a Islândia e tão intensa é a paisagem que nos ‘mostra’ como a história que conta. Pela voz de uma menina, cuja mãe a culpa da morte da irmã gémea e o pai lhe ensina o que é a poesia, se vai tornando adulta por força das circunstâncias. Halldora, assim se chama a narradora, vai navegando na existência humana e num desejo profundo de fugir de raízes demasiado pesadas. Um livre sublime e poderoso como Valter Hugo Mãe tão bem sabe fazer.

    1 / 10
  • O Vale da Paixão, Lídia Jorge

    O Vale da Paixão, Lídia Jorge

    Dom Quixote

    15,90€

    Amor e ressentimento andam de mãos dadas neste livro que começa pelo fim. Lídia Jorge, a autora de O Vale da Paixão, faz-nos viajar até uma aldeia do barrocal algarvio para conhecermos a família Dias, no seio da qual sobressai Wlater Dias. Este jovem rebelde engravida uma rapariga e vai para a tropa na Índia, enquanto que aquela casa com o seu irmão mais velho. Depois de alguns regressos, desaparece, e a filha, que é conhecida como sobrinha, começa a procurá-lo.

    2 / 10
  • A Grande Arte, Rubem Fonseca

    A Grande Arte, Rubem Fonseca

    Sextante Editora

    16,60€

    Duas prostitutas são assassinadas no Rio de Janeiro e o que parece ser obra de um predador sexual, revela-se algo ainda mais complexo. Rubem Fonseca, que morreu recentemente e é um dos grandes nomes da literatura brasileira, relata uma história na qual a cocaína, o sexo e o crime estão sempre presentes e leva o leitor até boîtes, bares, mansões e até um comboio que vai percorrendo o Brasil.

    3 / 10
  • O Ano da Morte de Ricardo Reis, José Saramago

    O Ano da Morte de Ricardo Reis, José Saramago

    Porto Editora

    17,70€

    Neste livro, o único Prémio Nobel português, José Saramago, faz regressar o heterónimo de Fernando Pessoa, o intelectual Ricardo Reis, a Lisboa, pouco depois da morte do próprio criador. Numa altura em que o fascismo se estava a consolidar no nosso País, Ricardo Reis move-se por uma cidade cinzenta sempre com a sombra de Pessoa ali ao lado.

    4 / 10
  • Jerusalém, Mia Couto

    Jerusalém, Mia Couto

    Caminho

    15,90€

    Silvestre Vitalício ou Mateus Ventura perde a mulher e refugia-se com os filhos numa coutada de caça abandonada que batiza de Jerusalém. É nessa espécie de reino que espera pelo regresso de Deus, como sabemos pela voz do narrador, um dos filhos. Jerusalém é um livro na prosa poética à qual o escritor moçambicano Mia Couto nos habituou desde sempre.

    5 / 10
  • Nenhum Olhar, José Luís Peixoto

    Nenhum Olhar, José Luís Peixoto

    Quetzal Editores

    17,70€

    Uma aldeia alentejana habitada por personagens fortes de vidas difíceis é o cenário para um magnifico livro de José Luís Peixoto. Nela vivem, instalados numa profunda pobreza, o conselheiro Gabriel, os gémeos siameses Elias e Moisés, cuja relação se degrada quando um deles se apaixona, o pastor que é enganado pela mulher e, por fim, mas não menos importante, o Diabo, que está sempre à espreita em Nenhum Olhar.

    6 / 10
  • Budapeste, Chico Buarque

    Budapeste, Chico Buarque

    Companhia das Letras

    15,50€

    José Costa, um ghost-writer, é obrigado a fazer escala em Budapeste depois de um congresso de escritores anónimos como ele. Fica enfeitiçado pela cidade que imaginava cinzenta, mas que afinal lhe parece amarela, mas também pela língua húngara, que consegue aprender com alguma facilidade. Nela começa uma vida nova, sem deixar a que tinha no Rio de Janeiro, e é entre estas cidades que se vai cozinhando este romance imprevisível. Chico Buarque é mais conhecido pela música, mas com este livro mostra porque venceu o Prémio Camões 2019, entre muitos outros prémios.

    7 / 10
  • As Três Vidas, João Tordo

    As Três Vidas, João Tordo

    Companhia das Letras

    18,80€

    Foi com este livro que João Tordo ganhou o Prémio Literário José Saramago e nele relata a história de uma família, que tem muito de misteriosa, e do narrador, que se vê aglutinado por aquela após se tornar arquivista do patriarca António Augusto Millhouse Pascal. A paixão pela neta do patrão, que sonha ser funambulista e desaparece, coloca este homem também ele numa corda bamba tal que parte a sua vida em três.

    8 / 10
  • A Teoria Geral Do Esquecimento, José Eduardo Agualusa

    A Teoria Geral Do Esquecimento, José Eduardo Agualusa

    Quetzal Editores

    16,60€

    Por altura da independência de Angola, uma mulher portuguesa isola-se no seu apartamento cheio de livros. É lá que vive durante 30 anos, vendo ao longe o crescimento e o sofrimento de Luanda e de um país em guerra. Durante esse tempo escreve um diário sobre esse período e desenha a carvão nas paredes do apartamento. Com este livro, o escritor angolano José Eduardo Agualusa foi nomeado para o Booker International, em 2016.

    9 / 10
  • Princípio de Karenina, Afonso Cruz

    Princípio de Karenina, Afonso Cruz

    Companhia das Letras

    15,50€

    Este livro é uma carta de um pai a uma filha que não conhece. De forma sublime, em Princípio de Karenina Afonso Cruz dá-nos, assim, a conhecer a vida do narrador desde a infância. Uma existência que começou com o medo do estranho devido ao eco das palavras do pai, que lhe dizia que nunca deveria sair do país, nem mesmo de casa, só se fosse estritamente necessário. Esta aversão ao desconhecido marco-o profundamente, embora a chegada de uma empregada da longínqua Cochinchina, que viria a ser a mãe da sua filha, tivesse abanado tais crenças e o fizesse descobrir ilegitimamente o amor e a felicidade.

     

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