Saiba que, se nunca ouviu falar da série que conquistou meio mundo (Leonardo DiCaprio incluído), poderá haver algo de errado consigo.
Isto porque, dias após a estreia oficial, multiplicaram-se as imagens no feed de Instagram, em stills cuja cinematografia nos fez suspirar, em retratos onde a maquilhagem nos apaixonou a cada sombra com brilho, cada eyeliner colorido e a cada obra de arte pintada no rosto.
Apesar do mediatismo, a série protagonizada por Zendaya é um must see por várias razões, sendo a principal o retrato cru e verdadeiro sobre a geração Z.
A história retrata a vida de Rue, uma jovem adolescente que, como muitas outras, acaba por se perder nos meandros da droga. Maravilhosamente realizada por Sam Levinson, o plot da série é, contudo, muito mais complexo.
Envolve relações falhadas, primeiros amores e a busca pelo amor-próprio; explora a violência, o sexo, as amizades e inimizades, a luta e a revolta de uma geração perdida na complexidade da adolescência.
Damos-lhe as 5 razões pelas quais andamos viciadas em Euphoria, mas a verdade é que podiam ser muitas mais.
5 razões para ver a série Euphoria, da HBO
1. O elenco extraordinário
Para além da magnifica Zendaya, o elenco é composto por um leque de identidades únicas. Da modelo plus size, Barbie Ferreira, à modelo transsexual Hunter Schafer, são vários os novos talentos da indústria que trazem um olhar fresco e ousado à nova série da HBO.
Sydney Sweeney, Storm Reid, Austin Abrams, Algee Smith, Alexa Demie e Jacob Elordi juntam-se ao team, e dão vida a um grupo de adolescentes problemáticos, cada um à sua maneira.
Excelentes performances que foram elogiadas não só pela crítica como também por outros nomes conhecidos da indústria. Leonardo DiCaprio confessou, num entrevista à Variety: “acabei de ver a série Euphoria, e é incrível“. O realizador Xavier Dolan dedicou-lhe uma publicação no Instagram repleta de elogios. E a cantora Halsey declarou no Twitter: “Nate, da série Euphoria, é o ser humano fictício mais complexamente terrível de todos os tempos.”
2. A representatividade, a nível individual e geracional
Num enredo que dá tempo de antena à singularidade, destacam-se temas fraturantes como a complexidade do universo LGBT+, os perigos associados à repressão da identidade, a normalidade associada à exploração da sexualidade, o papel dos pais na emancipação dos jovens e a essência da liberdade, entre outros.
É uma série despida de preconceitos e estereótipos, sobre uma geração mais consciente, mas também mais perdida. Acima de tudo, Euphoria prima pela naturalidade e autenticidade com que aborda temas delicados e, por vezes, perversos.
3. A maquilhagem. SIM, a maquilhagem!
Acredite, não está mentalmente preparada para o que vai encontrar. Esqueça todas as regras que aprendeu sobre maquilhagem. Esqueça tudo o que sabe, porque em Euphoria, tudo é possível, tudo é válido, tudo é inovador e maravilhoso.
A make up artist Doniella Davy é a mente genial por detrás de cada pincelada, com uma mãozinha da maquilhadora Kirsten Sage Coleman. Sombras líquidas com glitter, eyeliners em cores vibrantes e iluminadores galáticos ganham vida no rosto das personagens, e complementam-nas na perfeição: da poderosa Kat (Barbie Ferreira) à sensual Maddy (Alexa Demie), sem esquecer a irreverente Jules (Hunter Schafer).
Numa composição genial, esta é uma série sem precedentes no que à maquilhagem diz respeito. E o melhor mesmo é ver e tirar as suas próprias conclusões.
4. A banda sonora
Bem sabemos que a música tem uma grande influência na intensidade como percecionamos os momentos no pequeno e grande ecrã. Em Euphoria, cada canção molda-se na perfeição ao cenário, resultando num culminar de emoções inexplicáveis. As músicas afirmam-se como uma extensão das personagens, e são o fio condutor para compreender na íntegra a narrativa.
A banda sonora inclui singles como Hold Up, de Beyoncé: Malamente, de Rosalía; You Should See Me in a Crown, de Billie Eilish; Narcos, de Migos; Tempo, de Lizzo; Champagne Coast, de Blood Orange; A Prince, de Jorja Smith; I’m Not In Love, de Kelsey Lu; e Bubblin, de Anderson Paak, entre muitas outras.
Não fosse Drake o produtor-executivo da série e talvez esta magnifica junção musical nunca tivesse acontecido.
5. O guarda-roupa
Visualmente, Euphoria é uma viagem alucinante pela nostalgia, num enredo que traz ao de cima todas as memórias da juventude. E essa nostalgia transparece também no guarda-roupa, com fortes influências dos anos 90 e 2000.
A irreverência é omnipresente, e a moda, assim como a música, diz muito sobre cada personagem. Dos coordenados extravagantes de Jules aos mais simples e descontraídos da maria-rapaz Rue, a identidade individual é ali materializada.
À medida que Kat, a personagem de Barbie Ferreira, se torna mais confiante, o seu estilo acompanha essa mudança. E os outfits discretos e girly dão lugar a combinações excêntricas e repletas de atitude.
Mas não é a única. Do guarda-roupa de Maddy fazem parte looks ousados e sensuais, repletos de transparências, plumas e veludo, monogramas e os melhores total looks do pequeno ecrã. Lexi tem um estilo mais girly, enquanto Cassie conjuga peças mais atrevidas, com decotes acentuados e silhuetas que definem o corpo feminino.
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