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Tiger King: 5 razões para ver esta série bizarra da Netflix

Tiger King: 5 razões para ver esta série bizarra da Netflix

Prepare-se para entrar num novo mundo selvagem, e não é só de animais que falamos. Tiger King está disponível na Netflix e dizemos-lhe por que deve vê-la o quanto antes.

Por Abr. 17. 2020

Quem gosta verdadeiramente de animais é possível que tenha alguma dificuldade em ver a série Tiger King. Ainda que não se vejam maus tratos, os animais estão presos diariamente em jaulas, num cenário que não lhes é natural, e em que muitas vezes é questionado como é que há quem pague para vê-los naquelas condições.

Tiger King é o novo sucesso do serviço de streaming por variadíssimas razões, mas principalmente pela história surreal que apresenta. Muito sucintamente, a série acompanha o zoo de Joseph Maldonado-Passage, também conhecido como Joe Exotic ou Tiger King, que desde sempre teve tigres como animais de estimação.

Em 1999, criou o Greater Wynnewood Exotic Animal Park, onde juntou não só tigres, mas também ursos, chimpanzés, leões e crocodilos. Já na Florida, Carole Baskin, auto-intitulada de defensora de animais, tem um parque sem fins lucrativos, também ele com felinos, chamado de Big Cat Rescue. É ela a grande inimiga de Joe Exotic.

Parece, por si só, já estranho? E é. Se lhe dissermos que Joe está preso por tentativa de homicídio a Carole Baskin, fica ainda mais complexo. No entanto, existem muitas mais nuances nesta história.

Sem revelar demasiado, damos-lhe algumas razões para ver esta série de sete episódios (com cerca de 45 minutos cada um).

5 razões para ver Tiger King

1. A realidade dos animais em cativeiro nos E.U.A.

Um dado a reter: neste momento, existem mais tigres em cativeiro nos Estados Unidos da América do que na selva. É um dado preocupante que nos leva a questionar as leis e regras que neste momento não existem sobre ter um animal selvagem em casa, como se este se tratasse de um doméstico, semelhante a um cão ou gato.

Como nos mostra a série, é normal os habitantes do estado de Oklahoma terem animais selvagens nos quintais, mantendo-os aprisionados. Além disto, parece que os zoos se tornaram locais comuns de visita para turistas que procuram também estes animais (há mesmo quem vá todos os fins de semanas), onde lhes é facilitado o acesso a fotos, a festas e a convívios – sob um preço estipulado, claro.

A PETA, inclusivamente, tentou fechar alguns destes locais e viu Joe Exotic – o proprietário e a estrela da série – como um dos inimigos principais. Por outro lado, a organização mostrou estar do lado de Carole Baskin, também ela proprietária de um parque com animais enjaulados, o que faz com que esta seja uma das maiores incongruências da história.

2. A personagem principal é de ver para crer

Joe Exotic descreve-se, em inglês, como “redneck, gun-toting, mullet-sporting, tiger-tackling, gay polygamist”. Em português, será algo como “um homem branco de classe baixa, portador de armas, com um corte de cabelo mullet, adorador de tigres e homossexual polígamo”. A descrição é longa, mas todos estes aspetos estão bem presentes na série.

Diz ainda que os tigres são a sua vida, que os ama, mas no decorrer da série a realidade é muito distante do que transmite para a câmara. O melhor é que, ainda quando Joe Exotic era o dono Greater Wynnewood Exotic Animal Park, e quando travava a sua eterna luta contra Carole Baskin, tinha um canal na Internet onde publicava videoclips com músicas de sua autoria (mas não com a sua verdadeira voz) e vídeos no próprio zoo onde ameaçava Baskin constantemente.

O amadorismo é evidente, mas digno de ser visto.

3. A série tem a receita perfeita para o sucesso

Crime, animais, poligamia, difamação e traição. Parece estranho todos estes temas estarem presentes numa série de apenas sete episódios, mas estão. Tiger King junta uma panóplia de temas que são atrativos para o espetador e que tornam a série viciante, nem que mais não seja para perceber a que caminho vai dar.

Percebemos que Joe Exotic está preso, mas a menos que façamos uma pesquisa no Google, só perto do fim é que sabemos que o extravagante proprietário foi condenado a 22 anos de prisão. A razão é insólita, mas não surpreendente.

4. O guarda-roupa é de louvar

E o melhor é que é real. Não falamos de um guarda-roupa preparado para uma série fictícia. Falamos antes das opções que tanto Joe Exotic como Carole Baskin têm para mostrar o seu amor por felinos.

Na verdade, Carole Baskin faz uma tour pelo seu closet e mostra centenas de camisas e calças em padrão leopardo que usa diariamente, e com orgulho. Já Joe Exotic aposta principalmente em camisas abertas de cetim, chapéus e botas cowboy para gerir o seu património no dia a dia.

5. No episódio extra, descobrem-se informações chocantes sobre Joe Exotic

A Netflix disponibilizou um oitavo episódio intitulado de The Tiger King and I, apresentado por Joel McHale, que consiste numa entrevista com sete dos participantes da série – incluindo os trabalhadores do zoo, o atual dono e um produtor de televisão que em tempos quis fazer um reality show com Joe Exotic.

As revelações são chocantes. Não só cada um dá a sua opinião pessoal sobre Joe Exotic e sobre a sua sentença, como ainda denunciam algumas ações que o ex-proprietário teve ainda quando estava em liberdade e geria o Animal Park.

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