Li 100 livros num ano e estes são alguns dos meus preferidos

Este romance tem lugar em 1974 no Chipre e traz-nos a história multigeracional de um grego cristão apaixonado por uma turca muçulmana em território de conflitos e divisões. Num cenário de violência política e social, a história de amor destes dois personagens desenrola-se até aos dias de hoje, contada pela maestria de Elif Shafak, uma das mais imaginativas e interessantes escritoras da sua geração.

Da mesma autora: A Bastarda de Istambul.

Se ainda não assistiu à série televisiva da Netflix, talvez seja boa ideia começar pelo primeiro volume da saga. Originalmente uma trilogia, seguida de uma duologia no mesmo universo, a série Grisha conta-nos a história de Alina Starkov, uma orfã que descobre ter super poderes, num mundo dividido em Ordens, luz e escuridão numa eterna luta do bem contra o mal.

A segunda temporada estará disponível na Netflix no próximo ano.

Nos últimos anos, muitos têm sido os livros publicados com reinterpretações de histórias mitológicas. Um exemplo (e recomendação) são também os livros de Stephen Fry – A Grande História dos Mitos Gregos, A Grande História de Tróia e A Grande História dos Heróis Gregos. Mas Madeline Miller tem algo diferente a oferecer. Em Circe não encontramos apenas uma reescrita da mitologia, mas também uma homenagem a uma figura feminina exilada, que explora os seus poderes e que se encontra ao longo do tempo com outras figuras conhecidas, como Ulisses, Medeia e Dédalo. O liricismo e a beleza de escrita de Madeline Miller fazem deste livro uma leitura especial.

Da mesma autora: O Canto de Aquiles.

Este coleção de três volumes parte de uma simples premissa: o que faria se pudesse voltar atrás no tempo? Em Tóquio há um café com mais de cem anos, onde com uma chávena de café é possível voltar ao passado. Mas as regras são complexas e devem ser respeitadas; e o passado não pode ser alterado. Esta é uma história sobre segundas oportunidades, tempo perdido, romance e esperança.

Da mesma coleção: Antes que o café arrefeça: de regresso a Tóquio.

Um dos livros mais originais dos últimos anos, e vencedor do Women’s Prize for Fiction em 2021, Piranesi traz-nos um universo de labirintos, salões, maravilhas, corredores e estátuas. Neste lugar nada é o que parece e o leitor, juntamente com Piranesi, embarca numa viagem repleta de voltas e contravoltas em busca da verdade.

Margaret Atwood é considerada um ícone cultural e uma das mais importantes escritoras contemporâneas. Nesta coleção de cinquenta ensaios, a autora de A História de Uma Serva escreve acerca de temas variados como as alterações  climáticas, o poder político, liberdades individuais, mas também temas leves e divertidos numa tentativa de dar resposta aos assuntos mais escaldantes da sociedade.

O mundo é feito à semelhança dos homens e para os homens – mas não para as mulheres. Neste incrível estudo sociológico, com centenas de referências científicas, Caroline Criado Perez expõe como o mundo que nos rodeia não tem em conta as mulheres no que refere a tecnologia, condições de trabalho, medicina, etc. Mulheres invisíveis mostra-nos como sistematicamente metade da população é ignorada e descriminada e as graves consequência que um mundo feito apenas para homens pode ter.