A série inspirada no filme de Michael Crichton, de 1973, está de regresso para nos mostrar uma revolução. E não é uma revolução qualquer!
Os trailers revelam que este regresso será pautado pelo sabor a vingança, num ajuste de contas entre inteligência artificial e os humanos. A melhor parte? É uma revolução levada a cabo por mulheres!
Em Portugal, Westworld estreia na madrugada de segunda-feira, 23 de abril, na TV Series, às 02h.
Para quem ainda não sabe do que estamos a falar, Westworld é uma série sobre um parque temático inspirado no universo do Velho Oeste dos EUA. Os anfitriões do parque são personagens com (mais do que) uma especial particularidade. São robots humanóides (robot com aparência humano), criados para servir as fantasias mais obscuras dos visitantes – homens, na sua maioria.
E aqui começam as questões que Lisa Joy, co-criadora da série, levanta muito subtilmente. O facto de a série ter sido escrita por uma mulher veio sublinhar o papel feminino não só na narrativa, como na vida real. E ao assistirmos a cada episódio, esta linha que separa a ficção da verdade é assustadoramente ténue. Isto porque nos apercebemos de que uma metáfora já esteve mais longe de acontecer.
A série surge numa altura em que se desvendaram escândalos sexuais em Hollywood. Também num momento em que a luta pela igualdade racial volta a fazer sentido. E num tempo em que os direitos humanos são um conceito confuso.
E é aqui que, quando nos colocamos na pele das mulheres da série, não conseguimos deixar de nos relacionar de certa maneira. São mulheres de armas (literalmente!), a lutar por aquilo que as torna humanas (mesmo não sendo de carne e osso) – a sua dignidade.
As protagonistas femininas com mais power:
Dolores, a indomável
É interpretada por Evan Rachel Wood. Dolores é a típica miúda do campo, que cresce na mentira que a rodeia sem deixar de se questionar sobre a realidade. É o que a distingue dos restantes robots. O seu crescimento, a consciência de si e no, final da primeira temporada, a determinação e a força para desafiar o inquestionável.
Maeve Millay, a revolucionária
É Thandie Newton que lhe veste a pele. E se Dolores foi a fagulha inicial na grand finale da primeira temporada de Westworld, Maeve foi a executante. Podia ser apenas mais uma entre tantos robots do parque mas Maeve foi-lhe atribuído o papel de prostituta. Isto faz dela vítima de desejos doentios dos visitantes, o que vai despoletar a revolta interna que a levará a liderar uma das maiores revoluções desta história.
Estas duas personagens são apenas dois dos inúmeros bons motivos para embarcar na segunda temporada de Westworld. Ou não estivesse a série repleta de um enredo alucinante que nos transporta para bem longe da realidade, mas, ao mesmo tempo, para tão perto de nós próprias.
Já é fã de Westworld? Fique também a conhecer a série espanhola que está a dar que falar.