Crónica. Feng Shui e a energia de 2024

O novo ano já começou e temos a certeza que está ansiosa para o que aí vem. Preparada? Alexandre Gama, consultor de Feng Shui, diz-lhe o que esperar de 2024.

No Feng Shui trabalhamos com os ambientes, com a decoração e preparação dos espaços para que neles possamos viver com o máximo de harmonia, mas trabalhamos também com o tempo, que nos permite entender porque numa fase da nossa vida tudo flui e noutras tudo pode ficar tenso ou bloqueado.

Por isso, escrevo-vos sobre a energia que vamos viver neste ano de 2024, utilizando o método de astrologia do ki das nove estrelas.

Feng Shui e a energia de 2024

2024 vai ser um ano de energia rápida, ligada à inovação, criatividade e ao pioneirismo. Neste ano, vamos sentir alguma falta de paciência e alguma impulsividade e vamo-nos confrontar com assuntos antigos ou que dizem respeito aos nossos ascendentes.

Esta energia promove a confiança, a amabilidade e a concretização ou a materialização de projetos.

Em janeiro ainda estamos sob a energia de 2023, onde sentimos uma grande motivação para fazer trabalho interior e para separar o supérfluo do que realmente interessa.

Já em fevereiro seguimos o trabalho interior de tomada de consciência, mas de uma forma muito direcionada, responsável e com disciplina. Podemos sentir alguma falta de flexibilidade e demasiada exigência connosco próprios.

É muito bom para quebrar com antigos padrões familiares e pode haver menos facilidade para lidar com a energia feminina.

Em março estamos a curar a relação com os nossos antepassados e estamos também a descobrir novos caminhos e realidades segundo o nosso ritmo. A liberdade é a expressão deste mês, onde queremos abrir horizontes e sonhar mais alto.

Ainda assim, podemos ter pouco espaço para colher frutos, ou sentimos que há menos oportunidades para desfrutar dos prazeres da vida e tudo parece ser mais austero e com demasiadas responsabilidades a pesar.

Em abril sentimos facilidade para a ligação e para a empatia com os outros, com os grupos, com a coletividade. Ao mesmo tempo podemos sentir algum receio ou desconforto por falta de liberdade individual. Tudo é mais rápido e o nosso ritmo pode ser ativo e impulsivo.

Há pouco espaço ou energia para assumir compromissos. No trabalho procuramos mais liberdade e abertura de horizontes. Pode ainda, neste mês, acontecer alguma tensão ou conflito com a energia feminina.

Maio tem a energia que ajuda a enraizar e procurar mais segurança e conforto na nossa vida. Ainda assim, procuramos a independência mesmo estando em grupo e queremos ser inovadores e fazer a nossa experiência, o que dificulta seguir a orientação dos outros. Pode surgir algum conflito ou tensão com os mais velhos.

Em junho somos convidados a vibrar mais alto e a viver com mais alegria e paixão, onde o prazer e o glamour estão presentes. É uma fase individual onde procuramos fazer novas experiências.

Pode haver alguma tensão com questões de imagem e, quando em grupo, podemos ser naturalmente indisciplinados e espontâneos. Podemos sentir que há trabalho a fazer ou algo preso na relação com os nossos ascendentes mas tudo melhora se formos fiéis ao nosso sentido de direção e aos nossos princípios.

Em julho tudo indica que a energia da paixão e da festa está presente nas relações a dois, mas pode também haver maior exposição e podem surgir algumas tensões ligadas à imagem.

Devemos procurar estudar novos assuntos e ter cuidado para não sermos demasiado detalhistas e exigentes no que toca a colher frutos e desfrutar dos prazeres da vida.

Se por um lado estamos mais abertos à ligação ao próximo, podemos também ficar demasiado exigentes e inflexíveis nas relações.

Em agosto somos motivados por desafios e é uma boa fase para fazer trabalho interior. As tensões nos relacionamentos ou com o feminino podem estar presentes, mas podem também surgir conflitos ou mal-entendidos com o masculino ou até com o mundo do trabalho.

Pode haver necessidade de reconhecimento por parte dos chefes e pode também haver alguma exigência por parte dos nossos ascendentes.

Em setembro orientamo-nos para colher frutos e para desfrutar de alguns prazeres mas sempre ao nosso gosto e sabor. Precisamos, aqui, de sentir que somos nós que escolhemos e que decidimos. Se assim for, desfrutamos com muita alegria e paixão.

Podem surgir tensões ou braços de ferro com os nossos antepassados. No entanto, neste mês, somos abençoados com foco e motivação por questões ligadas ao trabalho.

Outubro é um mês para sonhar, idealizar e abrir horizontes com as questões do trabalho. Precisamos confiar mais e controlar menos.

Podemos estar mais exigentes e menos flexíveis connosco, mas conseguimos aproveitar essa energia para nos orientarmos para os resultados.

Nesta fase, sabe-nos bem sentir que estamos acompanhados e é um ótimo momento para trazer para cima da mesa toda e qualquer informação que estivesse escondida ou omissa.

Em novembro temos oportunidade de voltar ao que ficou por acabar em fevereiro, mas já com outras prioridades. Quebrar padrões antigos, ser direcionados e exigentes no trabalho, libertarmo-nos dos grupos e procurar andar mais ao nosso próprio ritmo.

Por fim, em dezembro, o foco é o desafio e a motivação pelo caminho mais atribulado.

Precisamos deixar fluir e deixar acontecer. Podemo-nos sentir mais fechados ou tímidos, mas sentimos uma grande luz e paixão quando nos focamos na nossa caminhada pessoal. Podemos aproveitar esta fase para ser mais criativos e inovadores.

Alexandre Saldanha da Gama é consultor de Feng Shui e autor do livro ‘Feng Shui @ Lares e Costumes Portugueses’. Estudioso de pessoas e da sua energia, criou a marca Feng Shui Integrativo através da qual orienta seminários, cursos, palestras e faz consultas de astrologia do ki das 9 estrelas. Desenvolve e acompanha in loco projetos de decoração, dá consultas de Feng Shui e faz limpezas energéticas de espaços.