Por vezes, ir ao ginásio fazer uma rotina que já conhecemos não nos dá motivação. Ir para a mesma máquina, subir ligeiramente o tempo de corrida na passadeira, fazer o mesmo set de abdominais. Inevitavelmente, a desmotivação começa a instalar-se.
Esqueça os pilates, o cycling ou qualquer que fosse aula que estava a marcar para a hora seguinte. Apresentamos-lhe uma nova solução: as aulas de boxe.
Dos pequenos aos graúdos, homem ou mulher: o boxe é uma prática desportiva inclusiva com cada vez mais adeptos, que se rege por pilares de disciplina e respeito.
A Saber Viver esteve à conversa com Nuno Silva, instrutor de boxe, para perceber quais os benefícios desta prática, bem como para quem é direcionada.
Aulas de boxe: sim ou não?
A verdade é que a adesão a aulas de boxe tem vindo a sofrer um boom nos últimos anos.
A razão? “Melhora a componente cardiovascular, a coordenação (tanto física, como psicológica), aumenta a autoconfiança e autoestima”, começa por explicar Nuno Silva.
Benefícios dentro (e fora) do ringue
A prática de boxe atinge diretamente uma série de aspetos que vão aliviar o seu dia a dia. “A própria redução de stresse, como são exercícios de alta intensidade. Hoje em dia, a vida anda sempre a mil, e as pessoas nas aulas de boxe conseguem libertar-se, têm um escape”, acrescentou.
Se se estiver a perguntar quais são as áreas do corpo que vai estar a trabalhar nas aulas de boxe, então a resposta é simples: todas. “Desde a ponta dos pés até à cabeça”, afirma o instrutor.
Os objetivos são delineados por cada um, mas quanto aos benefícios que esta prática pode trazer, não existem limites.
Nuno Silva sublinhou que o aumento da autoconfiança é outro dos grandes aspetos a considerar, até porque os participantes acabam por ganhar “algumas ferramentas para defesa pessoal”.
“Nota-se que as pessoas sentem-se muito mais equilibradas, não só por notarem que o volume está a diminuir, mas também porque se sentem muito mais confiantes e com mais energia“, afirmou ainda.
Quem pode calçar as luvas?
Tendemos a associar desportos mais agressivos como práticas sobretudo masculinas. Durante muito tempo, vimos o boxe como um desporto de competição, onde só os mais corajosos se atreviam a entrar no ringue.
Contudo, hoje em dia existem três principais vertentes: a vertente de competição, a amadora e a de fitness, sendo que a última tem ganho cada vez mais relevância.
Nuno Silva garante que é uma prática aconselhada “dos oito aos oitenta, tanto mulheres como homens”, duas a três vezes por semana. Nota-se, contudo, que o boxe tem revelado o seu lado mais feminino, com cada vez mais mulheres a procurarem aderir a aulas de boxe.
“Cresceu bastante até ao nível das mulheres, que se notam que têm uma adesão muito grande nos ginásios à procura deste destino de prática desportiva”, disse ainda.
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Existem, claro, contra indicações que deve ter em atenção: “se tiver inflamação a nível de artrites, algum problema a nível de pulsos” que impeça as pessoas de bater, explica o instrutor. Mesmo dependendo da condicionante que possa ter, é possível criar um “trabalho sem impacto” nas zonas desaconselhadas.
Assim, como não há limites para os benefícios que as aulas de boxe lhe podem trazer, também não existem para quem são indicadas. As cordas levantam para qualquer um que esteja disposto a tentar.
Para os futuros participantes, Nuno Silva aconselha a “arranjar uma boa academia, aproveitar ao máximo e ir de mente aberta. Etapa por etapa até conseguirem estar num nível ótimo no treino.”.
