Já ouviu muitas vezes dizer que o exercício faz bem ao corpo e à cabeça. Ajuda a lidar com o stresse, a desanuviar, entre muitos outros benefícios. Mas e lhe disséssemos que também ajuda a melhorar as suas capacidades cognitivas? É verdade. O psicólogo e neurocientista Arthur Kramer, da Universidade do Illinois, fala do “efeito cascata”. Ou seja, sempre que um músculo se contrai e relaxa, envia proteínas para a corrente sanguínea que estimulam uma outra proteína (Factor Neurotrófico Derivado do Cérebro). Isto irá ajudar no nascimento e crescimento das células nervosas, facilitando ainda a ligação entre os neurónios existentes e criando novas ligações. Pronta para exercitar a sua mente? Então dê corda às sapatilhas!
As melhores atividades para ter a mente em forma
1. Run, baby run!
Desportos aeróbios como correr, caminhar ou andar de bicicleta são dos melhores exercícios para o cérebro. Aceleram a respiração e o consumo de oxigénio, ajudando o coração a bombear mais sangue, permitindo uma melhor oxigenação dos neurónios. Um estudo da Universidade do Arizona, publicado no jornal científico Frontiers In Human Neuroscience, revelou que quando fazemos exercício físico de repetição, como uma corrida de longa distância estimulamos áreas do cérebro como o córtex frontal. Esta é a zona responsável por funções cognitivas como planeamento, tomada de decisão e capacidade de mudança de atenção entre tarefas. Vai uma corridinha?
2. Liberte a bailarina que há em si!
Fazer movimentos artísticos pode aumentar a capacidade de improvisar soluções para os problemas do dia a dia e prevenir doenças neurológicas, de acordo com um estudo do New England Journal of Medicine. Este estudo foi desenvolvido ao longo de 21 anos e concluiu que a dança, além de exercitar o corpo, aumenta significativamente a agilidade mental. Pode ainda reduzir o risco de doenças como o Alzheimer, em 76%! Por isso, já sabe, dance… pela sua saúde!
3. Suba pelas paredes
Atividades mais dinâmicas, como a escalada, exigem a tomada de consciência corporal. Isto permite trabalhar a memória a curto prazo e a capacidade de processamento de informação, refere uma pesquisa do Journal Perceptual and Motor Skills.
4. Com peso e medida
Pratique treinos de força, pelo menos, duas vezes por semana e diminua o risco de desenvolver Alzheimer. De acordo com a University of British Columbia, no Canadá, o treino de força ativa zonas de cérebro (lobos frontais e temporais), responsáveis pelas funções de pensamento complexo, multitasking e raciocínio.
5. Uma questão de equilíbrio
A atividade física provoca mudanças na plasticidade sináptica do cérebro. Isto significa que aumenta a capacidade de resposta e adaptação dos neurónios ao meio ambiente. Os exercícios no Pilates proporcionam um desafio intelectual constante. Por dois motivos. Primeiro, porque exige a realização de diversas tarefas ao mesmo tempo – respiração, postura, equilíbrio e contracção de vários grupos musculares em simultâneo. Depois, porque puxa pela memória durante toda a sessão, estimulando assim uma zona do cérebro chamada de hipocampo. É desta que nunca mais se esquece do telemóvel em casa.
6. Tenha jogo de cintura
Um estudo publicado pela Universidade Foro Itálico de Roma, descobriu que os desportos como a esgrima melhoram a função cognitiva tanto em jovens como em idosos, o que permite reduzir problemas associados ao envelhecimento. Na esgrima é exigida a mudança de movimentos de forma constante e a tomada de decisão em frações de segundos. Estas duas características permitem estimular zonas do cérebro responsáveis pela aprendizagem, memória e tempo de reação.
Tenha a mente em forma e cuide de si por dentro e por fora! Veja ainda os melhores exercícios para trabalhar os glúteos.